Reunião do Conselho Técnico na sede da CBF pode ter sido o pontapé para a implementação de duas ideias para a transformação do futebol brasileiro. As equipes que formarão a próxima gestão do Conselho Nacional de Clubes estudarão mudanças no regulamento do Brasileirão a partir de 2027. Assim, propostas que podem mudar o número de times rebaixados e o limite de jogadores estrangeiros por partida serão analisadas nos próximos meses.
O CNC terá como presidente o Marcelo Paz, atual CEO do Fortaleza. Assim sendo, também terá como integrantes representantes de outros cinco clubes: internacional, Vasco, Flamengo, São Paulo e Palmeiras, que integra o grupo como membro convidado.
Desta forma, a missão destes representantes é definir os caminhos acerca de discussões estruturais do futebol no Brasil. Poderão deliberar sobre assuntos que envolvem desde possível regulamentação sobre os gramados sintéticos até o número de equipes rebaixadas por temporada. Esta última afetaria não tão somente a Série A do Brasileirão, mas sim todas as divisões do futebol nacional.
Entenda mais sobre as propostas de mudanças no regulamento do Brasileirão
A ideia é estudar a viabilidade de reduzir o número de rebaixamentos de quatro para três equipes. Também será objeto de análise a redução do número de jogadores estrangeiros por partida de nove para seis. Entretanto, o que já é certo é de que qualquer mudança só seria possível a partir da edição de 2027.
O Brasileirão é uma das ligas que mais descende equipes no mundo. No regulamento atual, todos os anos quatro equipes descem de divisão. Isso significa rotatividade de pelo menos 20% dos clubes participantes a cada ano.
Visando fortalecer formação de jogadores na base
A discussão que envolve redução de número de atletas estrangeiros por partida visa estimular investimento na formação de base nacionalmente. Recentemente, o técnico da Seleção Brasileira Dorival Junior se manifestou sobre o tema. Anteriormente, em entrevista, o treinador alertou que levantamento recente que 60% das equipes do Brasileirão tinham centro-avante estrangeiros. Em suma, a presença de estrangeiros, aliados a ida em baixa idade de nossos jogadores para clubes no exterior, poderiam ter efeitos na formação de nossa seleção.
“Só para vocês terem uma ideia, um levantamento nosso interno (mostrou que) de 20 clubes da Série A, 12 tinham centroavantes estrangeiros. Daqui a um ano e meio, dois anos, vamos pagar um preço muito alto, porque não teremos quem vender, porque nossa iniciativa de lançar (novos jogadores) vai se concentrar exclusivamente nos fora de série.”
Times da Série B também terão representantes no CNC
Os times da segunda divisão do Brasil também indicarão times que participarão das discussões no Conselho Nacional de Clubes. No entanto, a expectativa é que a definição dos representantes da Série B sejam conhecidos durante o Conselho Técnico da próxima sexta-feira (14).