Na semana passada, o número de estadunidenses que solicitaram o auxílio-desemprego cresceu moderadamente, podendo indicar que o mercado de trabalho manteve-se estável. Todavia, o país vem passando por uma época difícil desde que Donald Trump tomou posse do poder, por conta das tensões comerciais que vem causando, além dos profundos cortes nos gastos do governo.
Segundo dados desta quinta-feira (20) do Departamento do Trabalho, os pedidos iniciais do auxílio aumentaram em 2 mil, totalizando 223 mil em dado com ajuste sazonal, considerando a semana que se encerrou no sábado, dia 15. A Reuters consultou alguns economistas, os quais previam 224 mil pedidos para a mesma semana.
Com as demissões ainda em baixa escala, e diversas contratações ocorrendo, os pedidos variam, neste ano, na faixa de 203 a 242 mil.
Auxílio-desemprego e programa de apoio ao desempregado
Segundo o UFCE, programa de apoio ao desemprego para funcionários federais, houve pouco impacto na demissão de funcionários públicos pelo governo de Trump. Os dados do programa foram informados com uma semana de atraso.
Analistas confirmaram que determinadas decisões do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), do bilionário Elon Musk, dificultam a solicitação de seguro-desemprego para alguns dos trabalhadores demitidos.
O governo admitiu em um processo judicial que 25 mil trabalhadores recém-contratados perderam os seus empregos. Foi determinado por um juiz que tais demissões eram ilegais, o que fez com que eles fossem reintegrados, tendo sido inseridos em uma licença administrativa, num primeiro momento, temporariamente.
Empresas prejudicadas pelo governo Trump
Diversas empresas tiveram a confiança abalada devido à ação de tarifas de Trump, dificultando o planejamento por conta da instabilidade desta política, comentam especialistas.
Ainda na incerteza que cerca a economia estadunidense, nesta quarta-feira (19), o Federal Reserve conversou a sua taxa de juros de referência na faixa de 4,25% a 4,50%. Entretanto, as autoridades do banco central dos Estados Unidos apontaram uma redução de custos de empréstimos, até o final do ano, em meio ponto percentual.