Após reunião com o ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, Ciro Nogueira, sobre o processo de mudança para o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), disse à imprensa que “transição já começou”.
O encontro ocorreu nesta quinta-feira (3) no Palácio do Planalto e contou também com a presença do coordenador do plano de governo de Lula, Aloizio Mercadante, e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Ciro Nogueira np Palácio do Planalto (Foto: Reprodução/Gazeta do Povo)
“A transição instalada com o objetivo da transparência, do planejamento, de continuidade dos serviços prestados à população e que a gente possa, nesse período, ter todas as informações”, disse Alckmin, escolhido, por Lula, para coordenar a equipe de transição. Gleisi e Aloizio vão ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) amanhã (sexta-feira, 4) e a mudança deve começar a partir de segunda-feira da próxima semana, segundo o vice-presidente, com Nogueira gerenciando o processo no lado do Bolsonaro.
O presidente eleito, de acordo com a legislação, tem o direito de formar uma equipe de transição, com 50 cargos, a fim de ter acesso à dados da administração pública e planejar as primeiras medidas do novo governo. Alckmin não quis expor esse nomes, mas adiantou que virão de partidos que fizeram parte da coligação de Lula nas eleição, entre eles alguns do PDT e do MDB. “A partir de segunda-feira, depois da reunião com o presidente Lula, a gente começa a divulgar os nomes da transição”, informou o vice-presidente.
Também foi comentado, à imprensa, que os bloqueios em estradas federais promovidos por apoiadores do atual presidente é grave e que pode comprometer com a saúde das pessoas, abastecimentos, alimentação, hospital e combustível. “Quem vai pagar esses prejuízos? Quem vai ser responsabilizado por esses prejuízos? Uma coisa é manifestação, outra coisa é limitar o direito de ir e vir das pessoas”, destacou Alckmin.
De manhã, o vice-presidente se reuniu, no Congresso Nacional, com o relator do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI), e o senador eleito, Wellington Dias (PT-PI), para negociar as modificações no projeto do Orçamento da União para 2023. Eles, com o objetivo de viabilizar o pagamento de R$600,00 do Auxílio Brasil e de aumentar o salário mínimo acima da inflação, anunciaram que vão propor o plano aos presidentes da Câmara e do Senado, que podem aprovar ainda este ano.
Na primeira manifestação dois dias após o resultado do segundo turno, Bolsonaro não parabenizou Lula e esclareceu que apenas cumprirá a Constituição. O ministro da Casa Civil do atual governo que informou que foi autorizado pelo presidente a seguir a lei e iniciar o processo de transição.
Foto Destaque: Alckmin em coletiva de imprensa ao lado de Gleisi Hoffmann, presidente do PT
