Tite revela um pouco de sua rotina às vésperas da Copa do Mundo

Lucas Bonimani Por Lucas Bonimani
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O senhor Adenor Leonardo Bachi, ou apenas Tite, ainda não saiu, mas já tem ciúme do seu sucessor. Só que ao mesmo tempo ele está leve, a seis dias da estreia contra a Sérvia, na Copa do Mundo que vai marcar a sua despedida do comando técnico da seleção brasileira, ganhando ou perdendo…

E não é apenas figura de linguagem dizer que Adenor Leonardo Bachi está leve. O campo fala, como ele costuma dizer, mas a balança também. Por questões de saúde, para cuidar e não sobrecarregar os joelhos tantas vezes operados ao longo da carreira, abreviada aos 28 anos, e também para colocar a cabeça para funcionar, a rotina antes de Turim e de Doha era de caminhadas na orla da praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde vive desde 2016.



Após a Copa, treinador espera tirar 6 meses de férias. (Reprodução/Twitter)


“Sinto falta (de jogar), mas a vaidade também pesa, né? Eu vou tentar fazer uma coisa e não consigo mais. Daí eu fico lá na bicicleta, de longe, só olhando”, brincou Tite, referindo-se à pelada da comissão que envolve ex-jogadores como Juninho e Cesar Sampaio e também todo o estafe da Seleção.

O campeão da Libertadores e mundial de 2012 recebeu a reportagem do GE um mês antes de divulgar a lista oficial de convocados para a Copa do Mundo. O papo levou pouco mais de uma hora na sede da CBF, bem próximo de onde vive um gaúcho que ganhou jeitão um tanto peculiar de carioca.

“Você conversa duas vezes com o carioca, ele já diz que é teu amigo e já está marcando churrasco e convidando para casa dele. A facilidade que o carioca tem…”, comentou Tite, que no Brasil, só trabalhou no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e em São Paulo. No condomínio onde vive, à beira da praia, a rotina é: caminhada, piscina com a Rose, sua esposa, natação, sol e volta para casa.

“Uma coisa que posso afirmar: eu não mergulhei cinco vezes no mar. Não curto muito. A caminhada eu faço. Nunca fui ao Pão de Açúcar, nunca fui ao Corcovado, nunca fui na zona sul”, declarou Tite. “Mas bonezinho da CBF, não! Boleirão não”, rebateu, ao ser perguntado se saía com boné da Seleção.

Pela Seleção, Tite tem números invejáveis e impressionantes: são 76 jogos, sendo 47 oficiais e 29 amistosos; dentre os 76 jogos, são 57 vitórias, 14 empates e apenas 5 derrotas, aproveitamento de 81,1%. Ao longo de sua passagem, foram 166 gols feitos e 27 sofridos (saldo de 139 gols), uma média de 2,18 gols por jogo. Dos 228 pontos disputados sob o comando do seu Adenor, 185 foram conquistados. Números que provam que a seleção voltou a ser temida pelos seus adversários, tanto americanos quanto europeus.

Foto Destaque: Técnico Tite, atual treinador da Seleção. Reprodução/Twitter.

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