Moraes multa coligação de Bolsonaro em R$ 22,9 Milhões após PL pedir anulação de votos

Franklyn Santiago Por Franklyn Santiago
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Moraes negou o pedido apresentado nessa terça-feira (22), pelo PL, partido do atual presidente, Jair Bolsonaro, de verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições.

Foi considerado por Moraes que o pedido feito pelo partido não apresenta nenhuma prova e nem embasamento para que haja a real verificação das urnas, e ainda acusou o partido de crimes eleitorais.

O presidente do TSE acusou a coligação da campanha à reeleição de Bolsonaro por litigância de má-fé (quando se aciona a justiça desnecessariamente e com irresponsabilidade), devido a isso os multou em R$22,9 milhões. Além de intenções de tumultuar o próprio regima democrático brasileiro.


Presidente do STF Alexadre de Moraes (Foto: Reprodução/Instagram)


Além disso, foi determinado por Alexandre de Moraes:

– Que fossem enviados ao STF as cópias dos inquéritos das investigações referentes a supostas milícias digitais para atacar a democracia e instituições;

– A suspensão e bloqueio dos fundos partidários às siglas até que a multa, de R$22,9 milhões, seja quitada;

– Que seja aberto um processo administrativo pela Corregedoria-Geral Eleitoral para que seja apurado “eventual desvio de finalidade na utilização da estrutura partidária, inclusive do fundo partidário”;

O partido de Bolsonaro pediu a ação se baseando emuma consultoria privada que diz que as urnas de modelos anteriores a 2020 apresentam um número de série único, deveriam apresentar um número individual que, segundo auditoria, não permitiria que esses equipamentos passassem por uma auditagem. Isso é desmentido por diversos especialistas e entidades fiscalizadoras.

Ao receber o pedido, Moraes deu um período de 24 horas parra que o PL apresentar os dados completos a consultoria, inclusive do primeiro turno, já que ambos os turnos utilizaram as mesmas urnas, e não seria possível separar os dados por turno. O partido não incluiu na auditoria o segundo turno.

Nessa quarta-feira (23), Moraes chegou à decisão de que o pedido feito pelo PL é “esdrúxulo, ilícito e foi feito de maneira inconsequente”. Ele afirma que o partido atentou contra o estado democrático de direito e usou do pedido para incentivar movimentos antidemocráticos criminosos que estão ocorrendo nas manifestações feitas por bolsonaristas nas estradas, com uso de violência, inclusive.

Moraes afirma que não tem cabimento a afirmação feita de que as urnas possuam o mesmo número de identificação, o que impediria o rastreamento. Para ele, esse argumento só pode ter sido usado por ignorância, o que não parece ser o caso, ou de má-fé mesmo. Ele afirma que todos os apelos feitos pelo PL são falos, já que todas as urnas utilizadas assinam digitalmente as chaves e essas chaves possuem certificados digitais únicos de cada urna, o que permitiria sim, rastrear os arquivos.

Foto Destaque: presidente do Tribunal Superior Eleitoral Alexandre de Moraes. Reprodução/ Instagram.

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