Primeiras cédulas do real começam a ser retiradas de circulação
Banco Central inicia uma retirada discreta das primeiras cédulas do real, de 1994, em processo para renovar o papel-moeda sem impacto ao uso diário
Após 30 anos da inauguração da era da moeda do real no Brasil, as primeiras cédulas lançadas em 1994 estão sendo recolhidas de circulação pelo Banco Central. O procedimento, apesar de histórico, acontece sem alarde, pois não há campanhas públicas nem orientações oficiais para que a população realize a substituição do dinheiro antigo. A determinação é direcionada apenas às instituições bancárias.
Mudança gradual
As primeiras cédulas continuam tendo valor legal; o consumidor pode utilizá-las normalmente em compras e outras transações diárias. O que muda é apenas a retirada progressiva dessas cédulas de linha, o que não significa a extinção do dinheiro físico ou mudanças relacionadas a políticas monetárias. Segundo o Banco Central, trata-se apenas de um processo natural do ciclo de vida do papel-moeda para garantir sua qualidade e a segurança de seu uso.
Moeda real do Brasil (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Priscila Zambotto)
As notas de 1994 já apresentam sinais claros de desgaste após anos de utilização. O dinheiro é reconhecido pela estética mais simples e pelos desenhos dos animais ainda em formato horizontal. Grande parte perdeu a nitidez com o tempo ou sofreu danos que dificultam o reconhecimento de seus elementos de segurança. Marcas, desbotamento ou outras rasuras também dificultam o reconhecimento automático dessas notas em algumas máquinas.
Nova família de cédulas
Além disso, as novas cédulas que começaram a circular em 2010 possuem elementos de identificação mais avançados, que ajudam a prevenir fraudes, como novos hologramas, recursos táteis, tintas especiais e diferenças de tamanho conforme o valor.
A tendência é que com o recolhimento das notas antigas, a circulação gradualmente se torne dominada pelo padrão mais recente das cédulas. A retirada das primeiras notas é um movimento que já era esperado por alguns especialistas e por parte da população, justamente pelo tempo de vida útil do papel-moeda. O processo não indica uma mudança abrupta, mas sim a continuidade de uma renovação que ocorre há alguns anos.
Para o povo brasileiro, nada muda no dia a dia. O real segue valendo da mesma forma, sem distinção entre cédulas antigas e novas; porém, a cada dia, a versão lançada em 2010 estará mais presente no cotidiano da população.
