Anistia internacional cobra posicionamento sobre direitos humanos na Arabia Saudita a Cristiano Ronaldo

Lucas Mota Por Lucas Mota
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Cristiano Ronaldo surpreendeu o mundo do futebol logo no início de 2023 ao decidir ir para o Al-Nassr, equipe da Arábia Saudita. Aos 37 anos, o craque português decidiu enfrentar o desafio a se juntar a uma equipe de menor expressão mundial, em uma liga pouco conhecida.

O jogador foi apresentado esta semana, e sua ida ao clube, que é um dos principais clubes da Arábia Saudita, foi criticada pela Anistia internacional, ONG dedicada à defesa dos direitos humanos no mundo. Cristiano na sua apresentação no clube, fez elogios ao País, o que foi totalmente criticada pela entidade, CR7 disse que queria ‘participar no sucesso do país e sua cultura’. Segundo a ONG, CR7 “Deveria usar seu tempo no Al-Nassr para falar sobre questões de direitos humanos”


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”en” dir=”ltr”><a href=”https://twitter.com/hashtag/SaudiArabia?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#SaudiArabia</a> | <a href=”https://twitter.com/Cristiano?ref_src=twsrc%5Etfw”>@Cristiano</a> Ronaldo should not allow his fame and celebrity status to become a tool of Saudi’s sportswashing. <br><br>He should use his time at Al-Nassr to speak out about the myriad human rights issues in the country.<a href=”https://t.co/lOekqeMxmZ”>https://t.co/lOekqeMxmZ</a></p>&mdash; Amnesty MENA (@AmnestyMENA) <a href=”https://twitter.com/AmnestyMENA/status/1610652674902446082?ref_src=twsrc%5Etfw”>January 4, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>


Dana Ahmed, pesquisadora da Anistia Internacional para o Oriente Médio, chamou atenção para o que a própria chama de “lavagem esportiva” na Arábia Saudita.

“A contratação de Cristiano Ronaldo pelo Al-Nassr se encaixa em padrão mais amplo de lavagem esportiva na Arábia Saudita. É muito provável que as autoridades promovam a presença de Ronaldo no País como forma de desviar a atenção do terrível histórico de direitos humanos do país”, disse a Dana.

“Pessoas são rotineiramente executadas na Arábia Saudita, por crimes como assassinatos, estupro e tráfico de drogas. Num único dia no ano passado, 81 pessoas foram mortas, muitas condenadas em julgamentos injustos. As autoridades também continuam em sua repressão à liberdade de expressão e associação, com penas de prisões pesadas a defensores de direitos humanos, dos direitos das mulheres e outros ativistas políticos”.

“Em vez de oferecer elogios acríticos à Arábia saudita, Ronaldo deveria usar sua considerável plataforma pública para chamar atenção para questões de direitos humanos no país. Cristiano Ronaldo não pode permitir que sua fama e status de celebridade. Ele deveria usar seu tempo em Al-Nassr para falar sobre as questões de direitos humanos” encerrou.

Cristiano vai completar 38 anos no próximo dia 5 de fevereiro. O contrato do Astro português com o Al-Nassr vai até 2025, mas o vínculo prevê cinco anos adicionais como conselheiros do clube e embaixador da candidatura da Arábia Saudita à Copa do mundo de 2030.

 

Foto destaque: Cristiano em sua apresentação no Al-Nassr Divulgação:  REUTERS/Ahmed Yosri

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