Devido ao tempo chuvoso, crescem as condições de proliferação das doenças ocasionadas pelo mosquito Aedes Aegypti, entre elas a dengue. A arbovirose que é transmitida pelo vírus do mosquito, tem causado grande preocupação entre os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Estes profissionais vem alertando a população sobre a importância de obedecer certas medidas que garantem a prevenção da doença.
Foto: Após de recorde de mortes por dengue país deve investir em prevenção. Reprodução/ GETTY IMAGENS.
De acordo com o último boletim epidemiológico emitido pelo Ministério da Saúde, o país registrou um pouco mais de 900 mortes por dengue no ano de 2022. Sendo o maior número de óbito ocasionado pela doença, se comparado ao ano de 2015 um pouco antes da pandemia de covid 19. Percebe se que mesmo com o aumento do número de casos antes e durante a pandemia, a quantidade de óbitos pela arbovirose ainda permanecia em baixa proporção. Tendo em vista que pacientes naquele período eram diagnosticados de maneira mais ágil e tratados de forma mais adequada.
Conforme dados divulgados no boletim além dos 1.4 milhões de possíveis casos de dengue também foi identificado crescimento de 78,9% para chikungunya e 42% para zika.
Segundo Denise Valle, uma das responsáveis pelo laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (Ioc/ Fiocruz), acredita se que o resultado do aumento destes casos de mortes pode ter sido pela ausência de medidas e diagnostico tardio da doença. Favorecendo ai o cenário de mil mortes ano passado.
Segundo a pesquisadora uma dos maiores problemas e a confusão feira a respeito dos sintomas da doença que também podem ser muitas vezes confundidos inclusive com os da covid. Sintomas como mal estar, febre, dores no corpo e fraqueza semelhantes ao de outras doenças dificultam às vezes no diagnóstico impedindo assim um atendimento adequado.
Ela ainda reforça que o desafio para este ano, é focar no atendimento preventivo para o controle da doença. Onde a melhor estratégia a ser tomada seria impedir reprodução do mosquito de maneira desordenada, recuperando nossas ações de conscientização da população através de campanhas.
O Aedes Aegypti é um mosquito proveniente da África, encontrado atualmente em todos os estados brasileiros. Ele trata se de um vetor responsáveis por muitas doenças. De fácil adaptação urbana ele é responsável por uma serie de doenças entre elas estão dengue, zika, chikungunya e febre amarela. As altas temperaturas e a umidade favorecem para o desenvolvimento e proliferação do mosquito em nosso país.
Foto destaque: Brasil registra recordes de óbitos por dengue em todo pais. REPRODUÇÃO/ GETTY IMAGENS.
