Uma reportagem do fantástico revelou, neste domingo (13), tudo sobre o golpe das criptomoedas, em que Gustavo Scarpa foi vítima da empresa em que Wiliam Bigode, jogador do fluminense é sócio.
Gustavo Scarpa, ex-jogador do Palmeiras, investiu mais de R$6 milhões em criptomoedas no ano de 2020. A promessa era um retorno de 5% ao mês. Scarpa afirmou que o investimento foi indicado por Wiliam Bigode, ex-companheiro de Palmeiras, que hoje é sócio da empresa.
A desconfiança surgiu em agosto, quando o jogador decidiu fazer o resgate de parte de seu dinheiro, foi quando o investidor da empresa Jean Ribeiro começou a dar desculpas.
Fala de Jean Ribeiro divulgada pelo Fantástico. (Reprodução/TV Globo)
Meses depois, em novembro, Gustavo Scarpa registrou um boletim de ocorrência acusando a empresa de estelionato.
Gustavo Scarpa em conversa com Wiliam Bigode, disse em áudio antes de ir a delegacia: “Pelo respeito, amizade, consideração e amor que eu tenho por você, queria te dar um toque antes. Infelizmente vou ter que falar da sua empresa“.
Conversa entre William Bigode e Gustavo Scarpa divulgada pelo Fantástico (Reprodução/TV Globo)
Sem registro em nenhum órgão regulatório do mercado financeiro, a empresa em que Wiliam Bigode é dos sócios, WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, foi fundada em 2019, onde um dos sócios chamado Jean Ribeiro, responde por 3 processos judiciais. A acusação é de calote nos investidores de mais de R$2 milhões.
Questionado por Scarpa para tentar ajudar em seu problema, Wiliam Bigode disse que também havia perdido dinheiro. “Metade do meu patrimônio, você tá doido. To aqui desesperado. Já não tem mais o que fazer.“
Em entrevista, o advogado de Wiliam Bigode disse que repassava todas as informações que eles recebiam para as pessoas em que confiavam. “E tanto confiavam que investiram capital próprio. Não havia dúvida, naquele momento, sobre a licitude, sobre a legalidade do objeto tratado com a Xland.“
Gabriel Nascimento, um dos donos da Xland, usava o argumento para tentar convencer futuros investidores dizendo que a empresa possuía reservas milionárias de pedras preciosas. Ao Fantástico, Gabriel se diz vítima da FTX, a segunda maior corretora de criptomoedas do mundo. FTX faliu em Novembro do ano passado, deixando diversos investidores no prejuízo.
“Operávamos todos os recursos dos clientes dentro da FTX. Nós tínhamos uma totalidade 600 e poucos clientes. […] A gente está se organizando juridicamente para entrar com nosso recurso dentro da fila, que agora tem uma fila de recuperação judicial“, disse Gabriel.
Jean Ribeiro não retornou o contato ao fantástico.
Foto Destaque: Gustavo Scarpa e William Bigode (Reprodução/Cesar Grego)