Uma mulher morreu com uma condição rara, chamada litopédio. O litopédio ocorre quando o feto morre durante a gestação e fica preso no abdômen. O feto calcificado que estava no abdômen da mulher foi fruto de um aborto espontâneo ocorrido aproximadamente 9 anos antes.
A mulher tinha 50 anos e era refugiada do país Congo, localizado na África Central. Ela só pôde receber um atendimento adequado na cidade de Nova York, onde foi a consultas médicas frequentes por reclamação de indigestão após comer e cólicas estomacais, após realizar alguns exames, então foi descoberta a causa, que era o feto calcificado.
De acordo com o relato do caso, divulgado pela famosa revista científica BMC Women ‘s Health, a mulher não aceitou o tratamento do litopédio, por medo da cirurgia, do que poderia acontecer e escolheu prosseguir somente com o monitoramento dos sintomas que estava sentindo.
Feto calcificado no abdômen da mulher de 50 anos. (Foto: Reprodução/BMC Women’s Health)
Um trauma fez a mulher nunca mais frequentar o sistema de saúde. Quando ela estava na Tanzânia foi muito maltratada pelos médicos que a atenderam, por ter perdido o bebê em um aborto espontâneo há 9 anos atrás, este teria sido o nono filho da refugiada congolesa.
O litopédio ocorre da seguinte forma: o organismo da mãe envolve o feto do aborto espontâneo e acaba calcificando-o, como parte da reação do organismo a um corpo estranho, um fenômeno muito raro mas que infelizmente acontece e foi o caso da mulher de 50 anos.
Dessa forma, o feto pode passar muito tempo calcificado, como anos e até mesmo décadas, sem apresentar nenhum sintoma que o caracterize. Tanto que foi através de exames de imagem que pôde ser descoberto o feto calcificado.
Após 14 meses desde a mulher ter se recusado a fazer o tratamento e optar por escolher somente o monitoramento, veio a falecer por desnutrição. O corpo da mulher não absorvia mais os nutrientes vitais, devido ao litopédio.