O presidente afirmou em entrevista aos canais de televisão franceses France 2 e TF1, que o processo da reforma irá prosseguir e entrará em vigor até o final do ano. E condenou os atos violentos se espalharam pelo país desde semana passada contra a reforma, chamando-os de “extrema violência”.
“Quando os Estados Unidos passaram pelo que aconteceu no Capitólio, quando o Brasil passou por isso, quando houve extrema violência na Alemanha ou na Holanda, ou conosco [na França] no passado. Devemos dizer que nós respeitamos, nós ouvimos, nós queremos fazer o país avançar – e por isso que quero discutir essa reforma –, mas não podemos aceitar facções”, falou.
O presidente francês afirmou que lamenta a impopularidade causado por seu governo não conseguir transmitir a necessidade dessa reforma de uma forma clara para o povo.
“Enquanto falo com vocês agora, vocês acham que gosto de fazer essa reforma? Não. Vocês acham que eu poderia ter feito o mesmo que muitos outros antes de mim e ter varrido a poeira para debaixo do tapete? Sim, talvez. Mas hoje, há uma coisa que lamento, que é não termos conseguido informar sobre a necessidade de fazer esta reforma.”
A reforma da Previdência tem como objetivo elevar a idade mínima para aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030, gerando uma série de atos que já levaram milhares às ruas. Devido a falta de apoio para o projeto de lei no parlamento, Macron decidiu usar um procedimento especial, o Artigo 49.3, que permite o governo aprovar o projeto de lei na Assembleia Nacional sem votação.