O Dalai Lama ficou no centro de uma polêmica nos últimos dias, após circular um vídeo seu beijando uma criança na boca e a pedindo para chupar sua língua durante um evento no norte da Índia. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (10), o líder espiritual se desculpou pelo ato.
O escritório do Dalai Lama disse que lamenta o incidente ter ocorrido, pedindo perdão ao menino e a sua família pela ação.”Sua Santidade costuma provocar as pessoas que conhece de maneira inocente e divertida, mesmo em público e diante das câmeras”, disse o comunicado.
A polêmica vem de um vídeo que circulou nas redes sociais nos últimos dias, gravado durante um evento na cidade de Dharamshala, na Índia, em fevereiro. O vídeo gerou críticas ao líder espiritual,com usuários apontando que o menino, cuja identidade é desconhecida, estava claramente se sentindo desconfortável. Primeiramente o Dalai Lama pede um beijo na bochecha e um abraço, logo depois pedindo um beijo nos lábios e puxando o queixo do menino, e, depois de alguns segundos, botando a língua para fora e pedindo para o garoto chupá-la. O grupo de direitos da criança Haq. Center for Child Rights, com sede em Nova Deli, disse em comunicado que condena toda forma de abuso infantil.
<iframe width=”560″ height=”315″ src=”https://www.youtube.com/embed/FPFKgNAmHcY” title=”YouTube video player” frameborder=”0″ allow=”accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share” allowfullscreen></iframe>
O Dalai Lama é um importante líder espiritual do budismo tibetano, sendo uma das figuras religiosas mais respeitadas do mundo. Referência para milhões de pessoas, a atual encarnação já ganhou um prêmio Nobel da Paz, e tem promovido a tolerância religiosa e a compaixão pelo mundo. Essa não é a primeira polêmica envolvendo abuso sexual dele: em 2018, um ex-monge o acusou de encobrir um abuso por parte de um professor da Ordem Gelug, tal acusação que foi negada por Dalai Lama. O líder também tem um turbulento histórico político; Sendo banido do Tibete em 1959, ele reside na Índia, e costuma fazer duras críticas ao governo chinês e a forma que tibetanos supostamente são tratados.
Foto destaque: Redes Sociais/Reprodução