Justiça alemã concede soltura de brasileiras presas

Ágatha Pereira Por Ágatha Pereira
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A justiça da Alemanha aceitou a soltura das duas brasileiras presas acusadas de tráfico internacional de drogas, no dia 5 de março. Elas devem ser liberadas ainda nesta terça, 11, de acordo com a defesa das duas. Um representante do governo brasileiro já está no centro de detenção provisória, disse o consulado brasileiro em Frankfurt.

Jeanne Paolini, médica veterinária, e Kátyna Baía, personal trainer, tiveram suas bagagens trocadas no Aeroporto de Guarulhos, segundo a Polícia Federal, por um grupo criminoso, que trocaram as etiquetas das malas com as de uma mala com as drogas. Durante uma escala em Frankfurt, as brasileiras foram abordadas, e afirmaram não saber a origem da cocaína em suas malas, e que as bagagens não eram delas.

De acordo com a Polícia Federal, “há uma série de evidências que levam a crer, de fato, que não há envolvimento delas com o transporte da droga, pois não correspondem ao padrão usual das chamadas ‘mulas do tráfico'”.


Malas das brasileiras foram trocadas no aeroporto de Guarulhos. (Reprodução/CNN)


Em uma operação intitulada “Iraúna”, realizada na última terça, 4, a Polícia Federal conseguiu identificar o grupo de criminosos, que já enviou 40 kg de drogas para a Alemanha, por meio da troca de bagagens. Com essa operação, a polícia conseguiu identificar que Jeanne e Kátyna foram vítimas das ações do grupo. Seis pessoas foram presas por suspeitas de envolvimento no crime.

Kátyna contou em entrevista ao Fantástico que os dias presa não têm sido fáceis. Ela conta que chegou a ficar presa em uma cela com fezes nas paredes e sem janelas, durante os primeiros dias de encarceramento. As duas ficam em celas separadas, individuais, e  também só têm acesso ao café da manhã e almoço, e se quiserem jantar, devem pagar. O único momento em que conseguem ter contato, é durante as refeições, que são mais curtas nos finais de semana. A barreira linguística também tem sido um desafio, já que são poucas as pessoas que falam português. 

 

Foto destaque: brasileiras presas na Alemanha, Jeanne e Kátyna. Reprodução/UOL.

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