Uma clínica de estética especializada em harmonização localizada na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, teve seu funcionamento interrompido pelo Procon na última quinta-feira (4). Segundo o órgão, na clínica, localizada em área nobre da cidade, foram encontrados produtos adulterados e sem o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na busca, também foram encontradas substâncias vencidas.
Alexandre Faria Luz, diretor do Procon na capital catarinense, afirmou que o local apresentava “muitas irregularidades”. No dia 19 de abril, a clínica foi alvo da Vigilância Sanitária, em que foram encontradas embalagens do produto original para harmonização facial com seringas e agulhas soltas na caixa, dentro do depósito de lixo. O artigo que sai da fábrica vem sem agulhas e com um lacre de segurança na ponta das seringas. Foram apreendidos produtos vencidos e medicamentos no local.
Descarte irregular dos materiais pela clínica em Florianópolis. (Reprodução/Vigilância Sanitária de Florianópolis)
“Após a fiscalização do dia 19 de abril, várias pessoas procuraram o Procon denunciando a clínica. Também chegou ao conhecimento do órgão processos dos Conselhos de Medicina e de Odontologia”, informou Luz. O Conselho Regional de Medicina (CRM-SC) entrou com ação judicial após tomar conhecimento de que a clínica estava atuando “em área restrita aos profissionais médicos”. Foi expedida uma liminar proibindo o profissional de realizar rinoplastias ou qualquer outro ato médico
A decisão deferida pelo Procon ainda cabe recurso. Anderson Silva, proprietário da clínica HOF, afirmou não ter tido acesso ao processo. “Vou entrar com a suspensão. Sou formado há mais de 20 anos, já atendi mais de 35 mil pacientes e nunca teve um hospitalizado. Vou pegar os documentos e enviar ao jurídico. Não tinha medicamento falsificado na clínica e não trabalho com produto ilegal”, informou o dono do estabelecimento à CBN Floripa. Por determinação judicial, o local foi fechado por tempo indeterminado e, no caso de descumprimento de ordem, poderá ser multada.
Foto destaque: Profissionais do Procon em ação. Reprodução/Tiago Ghizoni/NSC