Uma raia-jamanta cuja espécie que segundo o Projeto Mantas do Brasil está em ameaça de extinção, foi vista por um grupo de mergulhadores nas águas do mar de Santos. A raia em questão tem tamanho aproximado a quatro metros de comprimento e foi encontrada no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, no litoral de São Paulo.
Esse incrível animal marinho foi visto pela última vez nas águas paulistanas em 2019. E na última segunda-feira (01) presenteou o grupo de cinco mergulhadores com uma aparição inesperada. O Projeto Mantas do Brasil registrou aproximadamente 90 raias-jamanta nas águas paulistanas nos últimos 10 anos, mas afirmou que por falta de conservação a aparição dessas raias se tornou menos frequente.
“Apesar de ser biólogo é ter mergulhado com raias-jamanta, toda vez que encontro um animal desse porte a emoção é muito grande. Eu não estava esperando, mas sempre olho para cima”, explicou o biólogo Francini, que ainda falou como foi o momento “Passou por cima da gente, ficou alguns segundos, e então foi embora”, completou o mesmo.
Raia-jamanta ao lado de mergulhador. (Foto: Léo Francini/Projeto Mantas Brasil)
Segundo o Projeto Mantas do Brasil, raias-jamanta costumam visitar o litoral paulistano nessa época por conta das temperaturas mais baixas das águas, segundo a instituição, essa espécie de raia pode passar de sete metros de comprimento e pesar até duas toneladas, a fêmea vista pelo grupo de mergulhadores tem aproximadamente 4 metros de comprimento.
Por se tratar de raias que procuram sempre uma temperatura mais baixa, elas conseguem chegar a profundezas extremas, batendo na casa de mais de 10 mil metros de profundidade.
“Essas arraias não possuem ferrão como a maioria das arraias de água doce, seu principal mecanismo de defesa é seu tamanho e velocidade, informa a instituição”. O Projeto Mantas do Brasil tem como objetivo conhecer e preservar as maiores arraias do mundo por meio de pesquisa e educação ambiental. Além disso, esse projeto vem figurando no cenário há 10 anos.
Foto Destaque: Raia-jamanta no oceano. (Léo Francini/Projeto Mantas Brasil)