Nessa semana, o estado do Amapá registrou 162 crianças internadas na rede pública. Segundo o Setor de Epidemiologia do Hospital da Criança e Adolescente (HCA) e Pronto Atendimento Infantil (PAI), 138 pacientes estão com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os pacientes possuem entre 7 meses e 4 anos. O governador Clécio Luís, decretou situação de emergência em saúde pública do Estado, no dia 13 de maio.
O governador e a secretária de Saúde, Silvana Vedovelli, desta quinta-feira (18), entregaram 94 novos leitos para o Hospital da Criança e do Adolescente (HCA). “São 94 leitos novos e queríamos estar entregando com festa, especialmente pelas famílias que utilizam o hospital, mas devido a atual situação, medidas como estas se tornam necessárias para atender da melhor maneira nossas crianças”, informou Clécio Luís.
Leitos do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA). Reprodução/ Portal Governo do Amapá
A SRAG
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma doença respiratória, capaz de ser fatal, com diferentes causas envolvendo vírus, bactérias e fungos. Os principais agentes virais são os da Influenza do tipo A e B, Vírus Sincicial Respiratório e SARS-COV-2. Os pacientes com SRAG podem apresentar sintomas de febre, tosse seca, irritabilidade, desconforto respiratório, dor de cabeça, dor muscular e obstrução nasal.
As crianças menores de 4 anos e pessoas com comorbidades como asma, doenças cardiopatias e neurológicas estão mais propensos a ser atingidos pela doença. A transmissão viral é feita por inalação de gotículas respiratórias e de saliva infectada, também ocorre por contato direto com superfícies, ou objetos contaminados.
O tratamento depende do quadro do paciente e do agente etiológico. No geral, com sintomas mais leves são prescritos isolamento, repouso, alimentação balanceada e hidratação. Nos casos mais graves, quando a doença ataca o pulmão, é necessário internação e pode haver a necessidade de oxigênio e de auxílio de aparelhos, como o ventilador pulmonar.
Para se prevenir da doença é recomendado distanciamento físico, higiene das mãos, desinfecção de superfícies, objetos e ambientes, além de evitar ambientes aglomerados e fechados.
Foto Destaque: Menino doente com inalador. Reprodução/Pexels