Autoridades egípcias noticiaram, nesse sábado (27), terem descoberto a existência de itens arqueológicos na cidade de Guizé, depois de um período de um ano de escavações realizadas na necrópole de Saqqara. A descoberta estaria relacionada a antigas oficinas de mumificação de seres humanos e animais sagrados, além de túmulos descobertos recentemente na necrópole faraônica.
Segundo o Diretor do Conselho de Antiguidades do Egito, Mostafa Waziry, os espaços localizados datam da 30ª dinastia faraônica (380 a.C. a 343 a.C.) e do período ptolomaico (305 a.C. a 30 a.C.). Foram localizados, dentro das oficinas, potes de barro, vasos rituais e outros itens, que analisados no local no momento da descoberta, eram usados em processos de mumificação.
Pintura colorida que mostra uma oferta de sacrifício (Foto: Reprodução/The Times of Israel)
Conforme publicação da NBC News, repostado pelo portal Poder 360°, uma das tumbas pertencia a Ne Hesut Ba, sacerdote de Hórus e Maat durante a 5ª dinastia, por volta de 2.400 a.C. A respeito da segunda tumba, segundo o chefe do sítio arqueológico de Saqqara, Sabri Farag, era do sacerdote Men Kheber da 18ª dinastia (cerca de 1.400 a.C).
Nos últimos anos, o governo do Egito passou a intensificar os investimentos para promover fortemente novos achados arqueológicos, visando abastecer a mídia internacional e diplomatas e trazendo, assim, maior visibilidade para o país africano da parte norte do continente. Ele espera que essas descobertas ajudem também a atrair mais turistas ao país para reviver uma indústria bastante forte e intensa, mas que sofreu com a turbulência política após as revoltas de 2011, no contexto da Primavera Árabe. O Egito pretende atrair 30 milhões de turistas por ano até 2028 , contra 13 milhões antes da pandemia de Covid.
Foto destaque: Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, exibe um antigo sarcófago de madeira. Reprodução/AP Photo/Amr Nabil