Iniciou nesta segunda-feira, 29, a investigação sobre o ataque que culminou na morte de civis na Síria, em 2019, após uma publicação de uma reportagem do jornal The New York Times mostrando e indicando que o Exército dos Estados Unidos da América teria escondido a presença de vítimas não combatentes. Quem deu início a essa investigação foi o Pentágono, em Washington.
Lloyd Austin, secretário de Defesa dos Estados Unidos da América, pediu a Michael Garret, general do Exército americano, para “revisar os relatórios da investigação já conduzida sobre este incidente”, que aconteceu no dia 18 de março de 2019 na Síria, em Baguz, segundo John Kirby, porta-voz do Pentágono.
Registro do atentado em 2019. (Foto: Reprodução/Giuseppe Cacace/Agence France-Presse/Getty Images)
Segundo o New York Times, uma força especial americana que estava e operava na Síria, em alguns momentos sob grande sigilo, bombardeou um grupo de civis naquele dia três vezes, perto de Baguz, um antigo reduto do Estado Islâmico (EI), matando mais de 60 pessoas, entre essas mulheres e crianças.
Quem liderava as forças terrestres no Oriente Médio dias antes do ocorrido fatal era o general Garrett, que terá 90 dias para realizar a revisão não apenas do ataque, como também o modo com que a investigação inicial foi realizada, e como toda a hierarquia militar foi informada a respeito disso, detalhou o porta-voz.
Agora, essa nova investigação vai precisar mostrar e determinar se as leis de guerra foram respeitadas ou não e se as medidas de proteção civil foram aplicadas, conforme diz Kirby. Junto a isso, deve estabelecer se as sanções devem ou não ser aplicadas e se os procedimentos existentes devem ser alterados.
Conduzidas pelos curdos, as Forças Democráticas Sírias em conjunto com os aliados da coalizão liderada pelos Estados Unidos anunciaram a derrota do ”califado” do Estado Islâmico, no final de março de 2019, logo após derrotar o último reduto jihadista de Baguz.
Foto destaque: Reprodução/Isto é/AFP