Artfy abre as portas da tokenização musical

Roberta Rodrigues Por Roberta Rodrigues
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A tecnologia trouxe muitas mudanças para a indústria musical nas últimas décadas. De estúdios com equipamentos de última geração a plataformas de streaming, o setor passou de entretenimento a estilo de vida e, agora, promete entrar no setor financeiro. É neste cenário que nasce a Artfy, uma empresa pioneira na tokenização de produtos midiáticos, que transforma o potencial de receita destes ativos em frações digitais, chamadas tokens, para que se tornem mais acessíveis aos diferentes tipos de investidores.

Para o CEO da Artfy, Thiago Cassini, apesar do intenso crescimento das moedas digitais no mundo, o acesso ainda é distante do grande público e é preciso desmistificar o setor para que mais pessoas passem a investir. “Quando mencionamos os investidores em potencial, estamos falando dos que já investem grandes quantias na Bolsa de Valores e tem conhecimento de como funciona o mercado de ações. Mas agora também estamos olhando para os iniciantes ou até mesmo um fã que busca proximidade com um ídolo”, explica. “Além disso, é uma grande revolução para a indústria musical, já que apresentamos uma alternativa aos artistas, abrindo um novo caminho para a monetização de suas obras, além de liquidez para os demais players”, completa.


Thiago Cassini, CEO da Artfy. (Foto: Reprodução/ Artlfy)


De acordo com um levantamento feito pela Media Research, o número de assinaturas únicas pagas em plataformas de streaming chegou a 487 milhões no mundo. Se considerarmos planos familiares, ou seja, aqueles que possibilitam que mais de uma pessoa utilize a mesma assinatura, chegaremos a um número extremamente alto de reproduções. Com o forte crescimento do streaming nos últimos anos, plataformas como Spotify, Deezer e Youtube permitiram aos artistas a monetização de acordo com número de acessos aos álbuns e faixas, dando um novo panorama e gerando receitas escalonadas a partir do sucesso dos trabalhos.

A Artfy surge para trazer novas possibilidades financeiras nesta área. Por meio do token gerado pela empresa, o investidor compra uma fração dos direitos de recebíveis dos fonogramas do álbum do artista. Com isso, toda vez que uma música do álbum tokenizado é tocada no streaming, o artista é remunerado pela plataforma e, consequentemente, o investidor, na proporção de seu investimento. No próximo ano, a Artfy pretende investir R$ 100 milhões em direitos de royalties dos artistas para atrair diversos nomes para a plataforma.

A startup conta com duas fontes de receita: a primeira delas é na originação do ativo e na criação do token, cobrando um percentual sobre o valor total da captação. Já a segunda é a taxa de performance, uma forma de pagar custos de divulgação e gestão do ativo.

Como funciona na prática?

Na oferta inicial, o investidor compra uma fração dos direitos de recebíveis dos fonogramas do álbum do artista e toda vez que uma música do álbum tokenizado é tocada em alguma plataforma de streaming, o artista é remunerado pela plataforma e, consequentemente, o investidor também. Com o objetivo de funcionar de maneira simples, prática e com ambiente seguro, a plataforma atua em duas frentes:

  • Para o investidor: ao entrar na plataforma, é possível pesquisar as ofertas disponíveis e analisar o ativo em todos os aspectos. Após isso, o investidor preenche o formulário de cadastro, compra o token do artista na quantidade desejada e acompanha os rendimentos pela plataforma.
  • Para os artistas: A equipe Artfy avalia o potencial de receita do ativo disponibilizado pelos artistas, cria a oferta/token, faz a publicação na plataforma e divulga a oferta.

Para Lucas Lucco, cantor e um dos fundadores da Artfy, os artistas precisam de investimento para divulgar as obras e, dessa maneira, monetizar as produções. E, em um cenário tradicional, as gravadoras tomam um grande percentual nesse processo. “Estamos unindo o melhor dos dois universos. Este mercado hoje não tem muita liquidez, a transação desses recebíveis é burocrática e poucos podem participar. A Artfy possibilita que investidores ou fãs possam participar dos resultados alcançados pelas obras dos artistas”, explica.

A Artfy lança em breve a plataforma para investidores e, inicialmente, disponibilizará o novo DVD de Lucas Lucco, Rolê Diferenciado, mas já olha para outros nomes da indústria musical. Além disso, a startup pretende abrir tokenização para outras áreas, como esporte e o MMA futuramente.

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Sobre a Artfy:

A Artfy é uma startup de tokenização de ativos relacionados à música, arte e toda a indústria de entretenimento. Apresentando um novo modelo de negócio ao mercado financeiro e tornando-o mais acessível, a empresa transforma a receita de ativos em frações digitais chamadas de Tokens, abrindo caminhos para diferentes tipos de investidores. Já para os artistas, com o crescimento dos streamings, a Artfy é uma alternativa para monetização de seus trabalhos. Para mais informações clique aqui.

Foto Destaque: Artfy/ Divulgação

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