Zelensky afirma que aliados não apoiarão Ucrânia em ataque à Rússia

Stéphanye Sales Por Stéphanye Sales
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Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, alegou no último domingo (27) que as coligações que auxiliam o país na guerra contra a invasão da Rússia não ofereceriam apoio caso o país atacasse a superfície russa. Ao ser perguntado se era o momento de avançar contra o território russo, Zelensky afirmou: “Acredito que este é um grande risco. Com certeza seríamos deixados sozinhos”. 

O presidente da Ucrânia disse que os esforços em tentar a recuperação de seu próprio território conta com a importante ajuda de seus aliados. Zelensky ainda acrescentou que o avanço e responsabilidade de seu país em campo não são unilaterais, sendo os aliados internacionais parte das vitórias, derrotas, atrasos e fraquezas. 

Ucrânia não assume autoria de ataques

A entrevista à imprensa nacional ocorreu após um grande aumento de ataques realizados contra o território russo nos últimos meses. Autoridades do país alegam que os bombardeios são de responsabilidade da Ucrânia, e que estes estão ferindo e matando civis. Zelensky nega as acusações, afirmando apenas que a guerra está “retornando à Rússia“.

Em contrapartida, a Ucrânia declarou ser responsável pelos ataques marítimos feitos por drones na Crimeia, território que, em 2014, foi ocupado e incorporado à Rússia, ação considerada ilegal pela Ucrânia e diversas organizações internacionais.


Ataques de mísseis na ponta da Crimeia. (Foto: reprodução/Telegram/sotaproject)


Guerra Rússia x Ucrânia

A guerra entre Rússia e Ucrânia teve início em 24 de fevereiro de 2022, porém cada lado do confronto tem respostas diferentes quando a pergunta é o motivo do começo da invasão. 

Vladimir Putin, presidente da Rússia, alega querer impedir “um cerco à sua fronteira“, pois havia uma chance da Ucrânia aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança de 30 países liderada pelos Estados Unidos.

A Ucrânia, por outro lado, enxerga na guerra a investida russa de conseguir o controle da extinta União Soviética, ação vista pelo país como um desrespeito ao poderio ucraniano, que deveria ter autonomia para decidir seus próximos passos e tratados.

 

Foto destaque: Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Reprodução/Instagram/@zelenskyy.stan

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