Nesta sexta-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), declarou que é essencial que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil seja equitativamente distribuído.
De acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no mesmo dia, a economia do Brasil registrou um crescimento de 0,9% no segundo trimestre de 2023 em comparação com o trimestre anterior, conforme os dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.
Durante sua participação em um evento no Ceará, o presidente expressou sua opinião, afirmando: “Não podemos aceitar passivamente o anúncio de crescimento do PIB sem que esse crescimento seja compartilhado, algo que nunca ocorreu neste país”.
Reportagem jornalística sobre o Crescimento do PIB no segundo trimestre de 2023. (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Crescimento do PIB, segundo o IBGE
“O crescimento do PIB começou a se concretizar e ser compartilhado quando decidimos aumentar o salário mínimo em 77%, durante nosso governo anterior, porque, caso contrário, isso não teria sentido”, afirmou Lula.
Ele expressou sua esperança de que “alguns economistas brasileiros e o presidente do Banco Central” estivessem acompanhando o evento.
Lula enfatizou a importância de que “o dinheiro existente no país precisa circular nas mãos de muitas pessoas”. Argumentou que, se o dinheiro ficar concentrado nas mãos de poucos, ocorre uma concentração de riqueza, mas quando é distribuído a um grande número de pessoas, como aqueles que o utilizam para comprar e produzir, esse dinheiro gera mais empregos, desenvolvimento, comércio e incentiva a criação de mais fábricas.
Importância de programas econômicos
Conforme divulgado pelo Palácio do Planalto, o programa Crediamigo celebra seu 25º aniversário com o propósito de “contribuir para o desenvolvimento socioeconômico dos empreendedores“.
O programa atualmente atende cerca de dois milhões de indivíduos em quase dois mil municípios, mantendo uma carteira ativa próxima a R$ 5 bilhões. Entre seus beneficiários, 18% possuem uma renda familiar mensal de até R$ 700, enquanto 16% têm renda familiar entre R$ 700 e R$ 1 mil.
Por outro lado, o Agroamigo, que completa 18 anos em 2023, tem como objetivo fomentar a agricultura familiar através da concessão de microcrédito rural, produtivo, orientado e acompanhado, com enfoque na sustentabilidade.
Atualmente, o programa atende 1,3 milhão de produtores rurais com microcrédito, mantendo uma carteira ativa de R$ 6,6 bilhões. O perfil dos beneficiários dessa modalidade revela que 75% estão localizados na região do semiárido e quase metade (47,5%) são mulheres.
Foto destaque: Presidente Lula. Reprodução/REUTERS/Adriano Machado.