Na última segunda-feira (25), a Unidade Disciplinar da Conmebol divulgou a punição aplicada a Gabigol pela insinuação de “roubo” na eliminação do Flamengo nas oitavas de final da Libertadores. O atacante foi multado em 20 mil dólares, aproximadamente R$ 99,4 mil na cotação atual, essa quantia é descontada da própria cota do time dos direitos de transmissão, e foi advertido para punições mais graves em caso de reincidência.
O CASO
Depois da derrota por 3 a 1 para o Olímpia no Paraguai no dia 10 de agosto, o jogador brasileiro disse que o Flamengo foi vítima de “um roubo muito grande” e ainda insinuou o favorecimento do time paraguaio ao dizer que “a Conmebol é aqui do lado”.
Gabigol. Foto: Christian Alvarenga/Getty Images/Esportes News Mundo
O jogador teria dito: “estamos acostumados à pressão, jogamos com 60 mil no Maracanã quase todo jogo. É muito fácil apontar os erros. Ruim falar quando perde do juiz, mas ele inverteu as faltas, expulsou o treinador… A Conmebol é aqui do lado, são muitas coisas que acontecem na Libertadores e vocês sabem. Falta no Wesley no terceiro gol, mas agora parece que está chorando. Foram muitos erros nossos, mas foi um roubo muito grande”.
A confederação sul-americana abriu investigação dois dias depois do jogo, e o Gabigol apresentou defesa pedindo desculpas. Ele alegou que não usou as palavras no sentido literal e que no Brasil é comum mencionar a palavra “roubo” quando há insatisfação com a arbitragem.
A INVESTIGAÇÃO
A Unidade Disciplinar da Conmebol deu início à investigação preliminar pela possível infração ao código do artigo 19 do Código Disciplinar da confederação, que trata de manipulação de jogos ou competições. Porém, a punição aplicada à Gabigol foi com base no artigo 11.2, que trata de “princípios de conduta”, nas letras “b”, “d” e “f”. Veja o que elas significam:
b. comportar-se de maneira ofensiva, insultante ou realizar manifestações difamatórias de qualquer índole;
d. insultar de qualquer maneira e por qualquer meio a CONMEBOL, suas autoridades, oficiais, etc;
f. comportar-se de maneira tal, que o futebol como esporte em geral e a CONMEBOL em particular, possam se ver desacreditados como consequência desse comportamento.
Foto destaque: Gabigol pelo Flamengo. Reprodução/André Durão