Nesta quinta-feira (5), o Serviço de Mudanças Climáticas do Observatório Europeu Copernicus divulgou que o Planeta Terra teve o setembro mais quente da história. Somando de janeiro a setembro de 2023, a temperatura global quebrou o recorde de mais quente já registrado desde 2016.
Samantha Burgess, vice-diretora do Observatório Copernicus, afirmou que as temperaturas inesperadas para esta época do ano quebraram recordes de forma extraordinária, e que este mês colocou 2023 em primeiro lugar no caminho de ser o ano mais quente da história.
Os termômetros marcaram quase 40ºC em São Paulo no mês de setembro. (Foto: Reprodução/Lucas Thaynan/Estadão)
Comparação ao longo dos anos
Em relação ao período pré-industrial, de 1850 a 1900, setembro foi 1,4ºC mais quente do que a média esperada. Já no século seguinte, de 1991 a 2020, o aumento foi de 0,93ºC. Em setembro deste ano, 2023, a temperatura ficou 0,5ºC mais alta do que o último recorde, registrado em 2020.
A NOAA, Agência Americana Oceânica e Atmosférica, disse que a África, Ásia, América do Norte e do Sul e a região do Ártico, viveram o agosto mais quentes da história em 2023, e Europa e Oceania registraram o segundo maior.
Possível aumento
Levando em consideração a atividade do El Niño, fenômeno meteorológico que deixa as águas do Pacífico mais quentes, a média de 2023 pode aumentar ainda mais em outubro, novembro e dezembro. Segundo cientistas, este fenômeno, que neste ano está mais forte, combinado com as alterações climáticas, colaborou para os recordes de temperatura.
O Copernicus já havia registrado outros recordes e alertado sobre a possibilidade deste ano ser o mais quente da história até o momento. No Hemisfério Norte, as temperaturas no verão, em junho, julho e agosto, foram as mais altas já registradas, e a temperatura média mundial foi de 16,77ºC.
Foto destaque: Planeta Terra viveu setembro mais quente da história. Reprodução/TVPampa