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Divulgado um estudo pioneiro para desenvolvimento de medicamentos derivados de psicodélicos será realizado por um laboratório público no Brasil, segundo os pesquisadores do Certbio (Laboratório de Avaliação e Desenvolvimento de Biomateriais do Nordeste), da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande). O laboratório, que ganhou fama de Vale do Silício do agreste, pelo seu enorme potencial tecnológico, recebeu autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para testar a psilocibina, o princípio ativo presente nos chamados cogumelos mágicos. A pesquisa irá avaliar a quantidade e componentes psicoativos e testar a potência (nível de psilocina e psilocibina).
O intuito dos pesquisadores é que o projeto abra caminhos para o desenvolvimento de medicamentos que poderão, em um futuro breve, estar disponíveis para a população. Em um futuro proximo, eles acreditam que esses produtos derivados dos cogumelos psicodélicos possam ser indicados para condições graves ou de grande impacto na saúde pública, como depressão, ansiedade, dependência química, traumas, entre outros. “Esta autorização permite a coleta e extração da psilocibina a partir de cogumelos e a preparação de extratos para testes in vitro e em animais para depois iniciar testes clínicos“, diz a professora Suedina Silva, pesquisadora da UFCG que integra a coordenação do projeto Psilocibina.
Psilocibina, uma subistância psicodélica encontrada no cogumelo. Foto destaque: Reprodução/Getty imagens/bbc
UFCG que integra a coordenação do projeto Psilocibina, uma parceria entre a UFCG, o Certbio e a empresa Biocase Brasil, que também atua com cannabis medicinal. “É o primeiro passo para termos um laboratório especializado nessas medições mais finas e mais tecnológicas“, afirma o médico Cesar Camara, CEO da Biocase Brasil. Para ele se trata também da primeira parceria público-privada para desenvolvimento de um produto psicodélico para uso médico no país. “Essa autorização inaugura um ciclo que deverá colocar o Brasil dentro de uma onda virtuosa que já acontece ao redor do mundo e que busca um novo olhar para tratamentos ancestrais“, comenta o médico.
Foi confirmado pelo Ministério da Saúde da Argentina confirmou na manhã desta sexta-feira (27) em comunicado o primeiro caso da varíola dos macacos (monkeypox). A informação foi divulgada pelos jornais “Clarín”, “El Litoral” e “Diario Hoy”.
No último domingo (22), a pasta havia informado que um morador da província de Buenos Aires entrou em contato com o serviço de saúde com sintomas “compatíveis com o da varíola dos macacos”. O paciente apresentou pequenas feridas em distintas partes do corpo e febre. Além disso, ele acabou de retornar de uma viagem à Espanha, país que identificou um pequeno surto desta infecção.
Segundo o “Clarín”, ainda são esperados “os resultados do sequenciamento para poder apresentar mais detalhes sobre o tipo de varíola dos macacos” que foi detectado e se é o mesmo em circulação na Europa.
Varíola dos macacos. Foto destaque: Reprodução/Domínio público/via Wikipedia
Sem casos no Brasil
A informação que foi divulgada por jornais locais, é que por enquanto, não há registro da doença no Brasil. A fronteira entre o Brasil e a Bolívia, em Mato Grosso do Sul, está em alerta após um jovem boliviano, de 26 anos, ser isolado na cidade de Santa Cruz de la Sierra, nesta quinta-feira (26), com sintomas parecidos ao da varíola dos macacos.
Foi informado pela Secretária de Saúde de Corumbá, cidade que fica na linha fronteiriça com a Bolívia. “Recebemos o comunicado da vigilância de fronteira sobre o possível diagnostico de uma doença relacionada a varíola dos macacos, trata-se de um jovem boliviano, que está em Santa Cruz de la Sierra isolado“, informou o secretário Rogério Leite.
Ainda na terça-feira (24), o Ministério da Saúde do Brasil informou que “instituiu (…) uma Sala de Situação para monitorar o cenário da varíola dos macacos (monkeypox)”.
“A medida inicialmente tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença. Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no país“, afirmou a pasta.
O ministério disse que “encaminhou a todos os estados o Comunicado de Risco sobre a patologia, com orientações aos profissionais de saúde e informações disponíveis até o momento sobre a doença“.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também divulgou uma nota em que recomendou a adoção medidas de proteção em aeroportos para adiar a chegada da doença ao país.
“Considerando-se as formas de transmissão da varíola dos macacos, a Anvisa reforça a importância das medidas de proteção à saúde a serem adotadas em aeroportos e aeronaves”, disse a agência.
Ela conclui que as medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico, uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, com o intuito de proteger a populção não apenas da Covi-19, mas de outras doenças.
África alerta sobre equidade de vacinas em meio a surto de varíola dos macacos O diretor interino da principal agência de saúde pública da África JOHANESBURGO disse nesta quinta-feira, que espera que o acúmulo de vacinas, visto por nações mais ricas durante a pandemia de Covid-19, não se repita com o atual surto de varíola dos macacos.
Surto de varíola dos macacos está atingindo pessoas ao redor do mundo. (Foto destaque; Reprodução/Arquivo/Agência Brasil)
A varíola dos macacos, é infecção viral geralmente leve, é endêmica em países africanos como Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo e Nigéria. A doença vem causasndo alarme global depois que mais de 200 casos suspeitos e confirmados do vírus foram detectados em pelo menos 19 países desde o início de maio, principalmente na Europa. Até agora nenhuma morte foi relatada até o momento.
“As vacinas devem ir para onde são mais necessárias e de forma equitativa, com base no risco, e não em quem pode comprá-las”, disse Ahmed Ogwell Ouma, do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças, em entrevista coletiva.
A Organização Mundial da Saúde ja havia alertado os países ricos contra o acúmulo de vacinas contra a Covid-19 e falta de suprimentos para países mais pobres, onde as taxas de inoculação são baixas.
Os comentários de Ogwell Ouma ocorreram um dia depois que especialistas em doenças da África do Sul disseram que não achavam que havia necessidade de campanhas de vacinação em massa globalmente contra a varíola e que as vacinas deveriam ser priorizadas para outras infecções mortais.
Como ocorre o contágio
A fonte de infecção nos casos relatados ainda não foi confirmada pela OMS. No geral, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Por isso pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.
Como se prevenir
Residentes e viajantes de países endêmicos devem evitar o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas) e devem abster-se de comer ou manusear caça selvagem. Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes para evitar a exposição ao vírus, além de evitar contato com pessoas infectadas e usar objetos de pessoas contaminadas e com lesões na pele.
Foi informado pela Fiocruz que há um sinal contínuo de aumento dos casos de COVID-19 em todas as regiões do país. Chegou a 20 o número de capitais brasileiras com tendência de aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o Boletim Infogripe divulgado hoje (26) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A fundação informou que há um sinal contínuo de aumento dos casos de Covid-19 em todas as regiões do país.
A análise das últimas seis semanas segundo a Fiocruz apontou a tendência de aumento nos casos de SRAG em Aracaju, Belém, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
A causa da Síndrome Respiratória Aguda Grave pode ser causada pelo SARS-CoV-2 e vem sendo monitorada como parâmetro para acompanhar a pandemia de covid-19 no país desde 2020. Segundo a informação do boletim de hoje, 48% desses casos de SRAG e 84% dos óbitos atribuídos a casos virais da síndrome estão associados ao SARS-CoV-2, se forem consideradas as últimas quatro semanas.
Entre as unidades da federação, o sinal de crescimento foi detectado em 18: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Nas Crianças de até 4 anos, o boletim aponta que continua a predominância do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) entre as causas de SRAG. Em segundo lugar está o rinovírus, seguido pelo Sars-CoV-2 e pelo metapneumovírus.
Foi mostrado ainda que no Rio Grande do Sul, há presença de casos positivos para Influenza A (gripe) em diversas faixas etárias nas semanas recentes, com sinal de possível crescimento, ainda que em volume relativamente baixo.
Foto destaque: Reprodução/Rovena Rosa/Agência Brasil
Após a rede McDonald’s anunciar o fechamento definitivo de suas 850 lojas na Rússia em 16 de maio de 2022. Rede de Fast food vai continuar remunerando seus funcionários tanto no país quanto na Ucrânia. Hoje foi anunciado que a rede reabrirá no país. O que se sabe até agora, é que hoje começou ser desmontados a rede.
A decisão do fechamento das lojas é uma resposta à invasão russa na Ucrânia. Segundo o comunicado divulgado pela empresa, “a crise humanitária causada pela guerra na Ucrânia e o ambiente operacional imprevisível resultante levaram o McDonald’s a concluir que continuar com a propriedade do negócio na Rússia não é mais sustentável, nem é conforme os valores do McDonald’s”.
Para quem não lembra no dia 14 de março de 2022 foi o último dia de funcionamento da rede no país. Chegando a causar tristeza aos clientes.
Stepan Grountov e Stanislav Logvinov, dois estudantes de uma universidade: “É muito triste, mas qual é a relação entre o McDonald’s (e o conflito na Ucrânia)?”, pergunta Stepan, um bielorrusso de 17 anos. Para ele, o fechamento deste lugar onde “todo mundo vai como uma festa” é “uma tragédia”.
O France Presse ouviu Lena Sidorova, uma estudante de dança de 18 anos que disse: “Não com muita frequência, mas uma vez por mês, para não quebrar minha dieta com muita frequência”, sorri Lena, antes de dizer que ficou “triste” ao saber do fechamento de seu “paraíso da comida ruim”. “Espero que seja uma medida temporária”, acrescentou a jovem, para quem as sanções “não são culpa da Rússia, mas do Ocidente”.
McDonald’s começam a ser desmontados nos arredores de Moscou, Rússia. (Foto destaque: Reprodução/leve Sergeev/Reuters)
O primeiro restaurante do McDonald’s na Rússia abriu há 30 anos. A empresa empregava 62 mil pessoas, mas prometeu preservar os postos de trabalho. Elena Chilingarian, uma porta-voz do McDonald’s, disse na semana passada que há planos de criar uma nova empresa de fast food, que, possivelmente, abrirá as portas ainda em junho deste ano.
A saída do grupo tem um grande peso simbólico e econômico porque o McDonald’s foi uma das primeiras marcas ocidentais que se estabeleceu em Moscou, pouco antes da desintegração da União Soviética. Então a presença do McDonald’s na Rússia acabou se tornando uma espécie de símbolo do fim da Guerra Fria.
Vale lembrar que McDonald’s não foi a única empresa a anunciar a interrupção das atividades na Rússia, a Coca-Cola e a rede de café Starbucks também paralisou as suas operações
As universidades públicas do país têm se movimentado contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 206/19, que propõe a cobrança de mensalidade para alunos das instituições públicas de ensino superior. O assunto seria votado quarta-feira (25), na Câmara dos Deputados, mas foi tirado de pauta devido à ausência do relator.
O último Censo do Ensino Superior de 2020, informou que o Brasil tinha 1,956 milhões de estudantes matriculados em instituições públicas de ensino superior. A edição de 2021 ainda não foi divulgada pelo órgão, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que faz parte do Ministério da Educação.
Nesta quinta-feira (26), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e outras oito importantes instituições de ensino de estado emitiram nota de repúdio pela movimentação de grupos políticos da Câmara dos Deputados, que tentam articular o avanço da PEC.
De acordo com a nota, “as universidades públicas não foram consultadas sobre a matéria que lhes diz respeito –o que parece básico a qualquer atividade legislativa, já que o legislar prescinde, fundamentalmente, de diálogo”.
Foi destacado também pelos reitores que as universidades ainda contribuem para o crescimento econômico, social e científico do país, uma vez que formam profissionais qualificados. Pra eles passar a cobrar o pagamento das mensalidades seria um equívoco sem precedentes.
“A mensalidade não seria suficiente para garantir e manter o modelo de universidade que defendemos, com carreira dos servidores em dedicação exclusiva e laboratórios de pesquisa em pleno funcionamento; e o pagamento por parte dos estudantes geraria falta de isonomia nos bancos das universidades, o que seria péssimo para a democracia interna e fonte de injustiças.” No texto original é pedido que a gratuidade seja mantida apenas para os estudantes que comprovem a incapacidade de pagar mensalidade, em critérios estipulados pelas próprias instituições de ensino, a partir de parâmetros definidos pelo Executivo.
Marcus Vinícius David, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), considera a PEC precipitada. “Faculdades públicas têm um caráter social. E essa ideia precisa ser estudada com cautela e analisada com base em estudos. Como estabelecer parâmetros para dizer qual aluno será cobrado? Não acredito que cobrar os alunos seja a melhor solução. Não se pode determinar isso a partir de uma PEC com apenas um artigo. Isso exige uma análise muito mais aprofundada”, disse David, também reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Uma pesquisa feita pela Andifes, de 2018, aponta que a maior parte dos estudantes do Ensino Superior Federal é de baixa renda. Na ocasião, 70,2% dos estudantes apresentavam renda per capita mensal familiar de até um salário-mínimo e meio.
Já o economista Paulo Meyer Nascimento, estudioso de modalidades de financiamento do ensino superior, professor da Escola de Políticas Públicas e Governo Fundação Getulio Vargas (EPPG FGV) e pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), acha que a universidade pública precisa de novas modalidades de financiamento. Porém para ele, passar a cobrar a mensalidade dos alunos não seria a melhor maneira para custear as despesas das instituições.
Para ele, o melhor caminho é garantir que o estudante não pague nada durante o curso e arque com as despesas depois de formado, com alíquotas progressivas atreladas à renda do indivíduo. Dessa maneira, seria possível garantir também a proteção dos mais vulneráveis: desempregados ou pessoas em condições de renda muito baixa não pagariam enquanto estivessem nessa condição.
“A mensalidade é ruim porque cria uma barreira financeira para quem quer estudar. E o financiamento tradicional traria o problema de o estudante carregar uma dívida que não sabe se terá condições de bancar. O modelo que proponho é vinculado à renda e cobrado pela Receita Federal, retido na fonte, semelhante ao Imposto de Renda. Há experiências semelhantes a essas em países como Austrália, Hungria, Nova Zelândia e Uruguai”, pensa Meyer Nascimento.
Jesse Koz, que era conhecido nas redes sociais por viajar o mundo com seu cachorro, Shurastey, em um Fusca 1978, morreu na segunda-feira (23), em um acidente de carro na estrada Redwood Highway, perto da cidade de Selma, no estado americano do Oregon (EUA). O veículo do paranaense de 29 anos colidou contra um Ford Escape, e ele e o animal morreram na via, a US 199.
Segundo a polícia local, Jesse teria tentando desviar de um engarrafamento, mas perdido o controle do Fusquinha, mudando de pista e batendo do Ford. A motorista do outro carro, Eileen Huss, de 62 anos, precisou ser levada para um hospital, mas a criança que estava com ela não teve ferimentos. A morte de Jess foi confirmada por sua família nas redes sociais, e seus parentes tentam agora trazer seu corpo e o de Shurastey para o Brasil.
Jesse Koz e seu cachorro Redwood Highway. Foto destaque: Reprodução/Instagram
O rapaz tinha uma vida nômade desde 2017, que ele documentava em seu Instagram – Shurastey também tinha uma conta na rede social. O nome do seu projeto de viagens era Shurastey or Shuraigow, uma brincadeira com a canção Should I Stay or Should I Go (Devo Ir ou Devo Ficar, em português, da banda The Clash.
No ano de 2020, Jesse fez um post com Shurastey, em Bombinhas, Santa Catarina, celebrando o aniversário do cão. “5 anos de vida pro amigo mais perfeito que eu poderia ter!”, escreveu. Ele falou sobre o animal em outros momentos. “É difícil pra quem está de fora entender que tudo que estamos fazendo juntos tem um significado muito além do que eles podem ver através de minutos compartilhados nos Stories!“, disse ele.
“Tudo que vivemos juntos nos últimos anos é baseado no amor, dedicação respeito e confiança. As pessoas sempre falam ‘a conexão de vocês é incrível’ ,SIM e isso só é possível porque muito além do Shurastey ser o meu cachorro de companhia ele é meu parceiro da vida, está sempre comigo em tudo que eu faço, mas principalmente nos lugares aonde de alguma maneira ele va se sentir bem. O meu bem-estar em te levar comigo pAra todos os roles, tem que ser equivalente ao seu bem-estar de estar nesse lugar“, contou ele quando os dois passaram por Nova York.
Mesmo que a plataforma do Instagram tenha se esforçado para conter hashtags relacionadas a drogas, que continuam sendo um elemento central da arquitetura do aplicativo, a pesquisa do grupo descobriu ser possível encontrar conteúdo de drogas simplesmente soltando a hashtag nas pesquisas. A pesquisa por “mdma à venda”, não “#mdma”, resultou em várias contas vendendo a droga, dizem os pesquisadores. Isso também funcionou ao procurar por “oxy” – gíria abreviada para o opióide oxycontin – e “Xanax”, o medicamento anti-ansiedade.
Mesmo com algumas mudanças de segurança também coma crescente pressão política, os jovens usuários do Instagram ainda conseguem ter acesso rápido a conteúdo relacionado a drogas, é o que revelou uma nova pesquisa. Algumas dessas contas, na verdade, parecem estar vendendo ativamente substâncias ilegais como MDMA, a droga também conhecida como ecstasy, de acordo com um relatório do Tech Transparency Project, um grupo liberal de vigilância tecnológica.
O uso de drogas entre os jovens tem crescido. Foto destaque: Reprodução/Divulgação
A pesquisa mais recente que saiu do Tech Transparency Project segue um estudo do grupo publicado em dezembro que detalhou como os adolescentes podem acessar o conteúdo de drogas e, em alguns casos, comprar drogas pelo Instagram. Oficialmente, é claro, a venda de drogas não é permitida no Instagram, e o chefe do Instagram, Adam Mosseri, reiterou a política durante o depoimento no Congresso em dezembro. Além de remover hashtags relacionadas a drogas, o Instagram adicionou avisos de alerta a pesquisas relacionadas a drogas que fornecem um link para sites independentes de abuso de substâncias.
Esses esforços não são suficientes, diz Katie Paul, diretora do Tech Transparency Project. “O Instagram se opõe a realmente fazer algo que resolva materialmente esses danos em sua plataforma porque eles não querem cortar seus resultados”, reduzindo a quantidade de tempo que um usuário pode gastar no Instagram com maiores controles de conteúdo, diz ela.
Além de coletar e de distribuir leite humano, o Instituto Fernandes Figueira desenvolve diversos projetos ensinando a maneira correta de amamentar, com isso evita que o aleitamento materno seja interrompido de forma prematura. Atualmente, a unidade integra a rede de atendimento médico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tratando doenças infecciosas como aids, tuberculose, dengue, zika e chikungunya. A diretora do Instituto Valdiléa Veloso diz que a atenção principal é para as chamadas doenças negligenciadas que atingem uma população mais pobre.
“A rede privada investe poucos recursos para tratar estas doenças por isso o trabalho do Instituto é fundamental para oferecer um tratamento gratuito e de qualidade para uma população que enfrenta dificuldades financeiras.” A coordenadora do banco de leite humano, Danielle Silva, conta que, somente no primeiro trimestre deste ano, foram coletados mais de 54 mil litros de leite que beneficiaram cerca de 56,4 mil bebês. “O leite é o melhor alimento que existe para um recém-nascido. Quando o bebê está na UTI neonatal, a mãe não pode amamentar e por isso é muito importante a doação porque os médicos usam este leite para alimentar as crianças.”
“A informação é fundamental porque muitas vezes a mulher deixa de amamentar por falta de conhecimento. Aqui no instituto nós ensinamos a maneira correta de amamentar e, com isso, as mães não interrompem precocemente este processo, que é fundamental para o desenvolvimento da criança” diz Danielle.
No primero trimestre de 2022, instituto coletou mais de 54 mil litros de leite. Foto destaque: Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil
Há pouco menos de um ano, Rafaele Ribeiro é uma das doadoras do banco de leite. Ela coleta o material em casa e uma vez por semana e entrega o leite para o instituto. “Eu me sinto muito bem porque estou ajudando a alimentar e a salvar a vida de outra criança. A doação é simples e não prejudica a alimentação do meu filho”.
A unidade de saúde teve um papel estratégico para tratar pacientes com diversas doenças infecciosas. Inicialmente, recebeu pessoas com doença de Chagas e foi um centro de referência durante a gripe espanhola.
Em 1925, o médico Evandro Chagas começou a trabalhar no Hospital de Doenças Tropicais. Ele desenvolveu diversos estudos para descobrir a cura para a doença de Chagas e também atuou em pesquisas voltadas a reduzir as doenças transmitidas por insetos principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. O médico morreu em um acidente aéreo em 1940, e o hospital recebeu o nome de Evandro Chagas para homenagear o profissional. O hospital do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas foi inaugurado em 1918. Na época, era chamado Hospital de Doenças Tropicais. Sua construção fez parte do projeto de reformulação da saúde pública brasileira elaborado por Oswaldo Cruz.
Foto destaque: Reprodução/ Fernando Frazão/Agência Brasil
As autoridades até o momento sabem que se trata de um vírus que é transmitido via secreções respiratórias que pode causar sintomas como febre, mal-estar, dores no corpo e lesões que geralmente começam a se manifestar na cavidade oral. É o que relata Giliane Trindade, membro do comitê do Ministério da Ciência e Tecnologia que monitora a doença, até agora sem casos no Brasil De acordo com cientista responsável por monitorar a doença, o vírus da varíola do macaco tem uma taxa de transmissão insuficiente para causar uma pandemia. A pesquisadora avalia: ‘Epidemia não decola‘
Já a OMS e as autoridades de saúde vêm expandindo a vigilância aos casos de varíola dos macacos que já são confirmados em 17 países. Segundo a pesquisadora de microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais, a taxa de reprodução do vírus e insuficiente para fazer uma epidemia decolar.
“Esse vírus não é de transmissão facilitada. Ele não viaja pelos aerossóis como o Sars-Cov-2 viaja“, explica Giliane. A pesquisadora ainda pontua algumas semelhanças e diferenças entre a varíola dos macacos e a humana. A última tinha letalidade de até 30% e foi uma das doenças que “mais impactou a humanidade”, lembra. O vírus de agora pode provocar a morte de 1% a 10% dos infectados, explica ela.
Apresentação artística do vírus da varíola. Foto destaque: Reprodução/Roger Harris/Science Photo Library/Getty Images
O professor Brian Ferguson, do Departamento de Patologia da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC) chegou a dizer também que “É bastante improvável”. A transmissão da varíola dos macacos ocorre quando uma pessoa entra em contato com o vírus através de um animal, humano ou materiais contaminados.
Não sabemos qual animal é o hospedeiro reservatório (principal portador da doença) da varíola dos macacos, embora se suspeite que roedores africanos estejam envolvidos na transmissão, segundo as diretrizes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Pelo que parece existe um entendimento na comunidade científica de que a varíola dos macacos não chegue a virar uma pandemia.
Foto destaque: Reprodução/ Domínio público(via Wikipedia