Sobre Eduardo Luzan

Colunista do In Magazine

Recorde de queimadas em 2024: Brasil registra mais de 17 mil focos

O Brasil enfrenta uma crise de queimadas em 2024, com um recorde de mais de 17 mil focos de incêndio registrados até o final de abril. Esses números superam o pior quadrimestre já registrado no país, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta terça-feira (30).

Os estados mais afetados são Roraima e Mato Grosso, que lideram o ranking com 4.609 e 4.122 queimadas, respectivamente. Isso representa um aumento de 81% em relação ao mesmo período de 2023. O acúmulo de focos de incêndio de janeiro a abril deste ano supera até mesmo o registrado em 2003, que era considerado o pior quadrimestre da série histórica.

Os biomas mais atingidos são a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica. A Amazônia, em particular, registrou 8.969 queimadas, o que representa mais da metade do total de incêndios.


Agente do Prevfogo responsável por auxiliar o Corpo de Bombeiros (Foto: reprodução/Ibama/Prevfogo)

Dados do Inpe

De acordo com fontes do Inpe, a combinação de fatores climáticos e ação humana tem impulsionado esses números alarmantes. O fenômeno climático El Niño, que causa aumento de temperatura sobre o continente e redução de chuvas, tem contribuído para as condições propícias para as queimadas, especialmente na região norte da Amazônia.

O recorde que observamos está relacionado com a ocorrência do fenômeno El Niño, que é o aquecimento do Oceano Pacífico, causando aumento de temperatura em cima do continente e diminuição de chuva, especialmente na fração norte da Amazônia, ao norte do Equador”, disse.

Luiz Aragão, pesquisador do Inpe

Além disso, a ação humana, incluindo o desmatamento e o uso do fogo para manejo de áreas já desmatadas, é apontada como uma das principais causas das queimadas. Aragão ressalta que “a ação humana é a fonte de ignição para o fogo na Amazônia. A Amazônia normalmente não queima sem a ação humana“.

Intervenções locais

Apesar das medidas adotadas pelos governos estaduais, como aumento do efetivo de combate e decretação de prazos ampliados para o período proibitivo de uso do fogo, as queimadas continuam a crescer. Roraima e Mato Grosso, apesar de liderarem o número de queimadas, têm registrado uma trajetória descendente nos últimos meses.

O Governo Federal também tem sido acionado para auxiliar no combate às queimadas, especialmente em áreas de competência da União, como áreas indígenas e unidades de conservação.

Ataques russos ameaçam fornecimento de gás à União Europeia

No último sábado (27), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, emitiu um alerta sério: a Rússia havia atacado instalações energéticas cruciais para o fornecimento de gás à União Europeia. Mais de 34 mísseis foram lançados contra estas instalações, conforme relatado pelo presidente ucraniano.

O ataque teve como alvo pontos importantes para a transmissão de gás natural para países europeus, elevando preocupações sobre a segurança energética da região.

A Ucrânia é uma rota vital para o fornecimento de gás russo à UE, operando sob um acordo de trânsito com a Gazprom que está prestes a expirar em dezembro. O governo ucraniano já declarou que não tem planos de renovar esse acordo, o que significa que o fornecimento de gás para a UE poderia ser afetado se as tensões continuarem escalando.


Bombeiros ucranianos contendo incêndio em usina após ataque russo contra usinas de energia (Foto: reprodução/Serviço de Emergência Ucraniano)

Apelo por interferência internacional

Zelensky, que tem buscado apoio internacional para reforçar as defesas de seu país, destacou a urgência em receber sistemas de defesa, particularmente os sistemas de mísseis Patriot. Ele afirmou que a Ucrânia precisa de pelo menos sete desses sistemas para se proteger efetivamente contra futuros ataques.

Durante o ataque, as forças ucranianas conseguiram derrubar alguns dos mísseis russos, mas a extensão dos danos às instalações energéticas permanece desconhecida. Autoridades ucranianas relataram que 21 dos 34 mísseis foram interceptados, mas não forneceram detalhes sobre o tipo de mísseis envolvidos.

Reportes locais

O governador da região de Lviv, Maksym Kozytskyi, confirmou que o ataque atingiu duas infraestruturas críticas de energia em Stryi e Chervonohrad, causando danos significativos.

Kozytskyi também informou que os incêndios foram rapidamente controlados pelos serviços de emergência e que o abastecimento de gás para consumidores ucranianos e clientes externos não foi interrompido.

Enquanto a Ucrânia enfrenta esses ataques, o Ministério da Defesa russo alegou que lançou 35 ataques entre 20 e 27 de abril contra a infraestrutura energética e militar-industrial ucraniana. Segundo a Rússia, esses ataques foram uma resposta às tentativas do governo ucraniano de danificar instalações energéticas e industriais russas.

“Gladiador 2”: sequência é elogiada após exibição-teste em Las Vegas

Na última quarta-feira (24), Las Vegas foi o palco da exibição-teste de “Gladiador 2”, a sequência do filme de Ridley Scott. Com 2 horas e 40 minutos de duração, o filme recebeu uma resposta muito positiva da audiência, sendo descrito como uma trama de pura vingança e tensão.

As atuações de Denzel Washington, Paul Mescal e Connie Nielsen foram bastante elogiadas pelo público. Outros membros do elenco, como Joseph Quinn (Caracalla) e Fred Hechinger (Geta), também se destacaram.

Além das atuações, tanto o design de produção quanto os figurinos receberam elogios por recriarem fielmente o visual do filme original. O uso de animais nas cenas de ação também se mostrou um ponto forte.


Data de lançamento divulgada para 22 de Novembro de 2024, somente nos cinemas (Foto: reprodução/Paramount e Universal Pictures)

Enredo

A sequência nos traz de volta a uma Roma ainda em turbulência, 25 anos após os eventos do primeiro filme. Lucius, filho de Maximus, é o centro do enredo, iniciando em uma jornada de vingança, brutalidade e justiça.

Após a morte de sua mãe, Lucius vê isso como o estopim para sua revolta contra o Império Romano. Desafiando seu padrasto (Pedro Pascal), um leal defensor do estado, a relação entre os dois será uma fonte constante de tensão.

O elenco também é reforçado por outros talentos como Paul Mescal, Barry Keoghan, Connie Nielsen, Djimon Hounsou, Joseph Quinn e May Calamawy. Cada um terá um papel complexo, seja no meio político ou nas entranhas da arena.

Receptividade

Com um roteiro escrito por Peter Craig e David Scarpa, “Gladiador 2” promete explorar temas de poder, lealdade e redenção na Roma Antiga.

O filme também recebeu elogios por captar a atenção da audiência com cenas marcantes de ação, incluindo a luta contra os babuínos, que foi particularmente sangrenta e conseguiu manter o público bem entretido.

As performances de Quinn e Hechinger foram reconhecidas, assim como o design de produção, figurinos e a trilha sonora de Harry Gregson-Williams. Dirigido por Ridley Scott, “Gladiador 2” será lançado em 22 de novembro de 2024.

Senado dos EUA aprova pacote de US$ 95 bilhões a países parceiros

Na noite de terça-feira (23), o Senado dos Estados Unidos aprovou um pacote de ajuda externa no valor de US$ 95 bilhões, destinado principalmente à Ucrânia, Israel e Taiwan, bem como outros parceiros dos EUA no Indo-Pacífico. A medida, que teve 79 votos a favor e 18 contrários, foi encaminhada para sanção do presidente Joe Biden, que já se manifestou favorável à aprovação.

O pacote, composto por quatro projetos de lei, representa um esforço para fornecer assistência militar, ajuda humanitária e apoio econômico destinados a problemas regionais e globais. O maior componente destina-se à Ucrânia, com US$ 61 bilhões em financiamento para auxiliar o país em meio aos avanços do Exército russo e à escassez de suprimentos militares.

O pacote inclui US$ 26 bilhões para Israel, juntamente com ajuda humanitária para civis em zonas de conflito em todo o mundo. Outros US$ 8,12 bilhões são direcionados para esforços no Indo-Pacífico, com o objetivo de “combater a China comunista”, e um quarto projeto de lei aborda questões como possíveis proibições ao aplicativo TikTok e sanções adicionais ao Irã.


Líder do senado retorna sinalizando decisão positiva de apoio aos países aliados (Foto: reprodução/Francis Chung/Instagram)

Conflito entre os republicanos

O líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou que “a democracia ocidental talvez tenha enfrentado sua maior ameaça desde o fim da Guerra Fria”. A aprovação do pacote, porém, não foi sem controvérsias, com parte da oposição vinda de republicanos alinhados ao ex-presidente Donald Trump, que questionam a necessidade de ajuda externa.

Mitch McConnell, líder republicano do Senado e defensor da assistência à Ucrânia, lamentou o atraso na aprovação do pacote, que em parte se deveu às objeções de alguns membros do partido em adicionar mais fundos à ajuda já concedida ao país europeu desde o início da guerra.

Um dos pontos destacados do pacote é a inclusão de US$ 10 bilhões em apoio econômico à Ucrânia na forma de um empréstimo, com a possibilidade de perdão a partir de 2026. Esse financiamento visa auxiliar a Ucrânia a evitar um avanço por parte das forças russas no leste do país.

Situação em Gaza

O financiamento para Israel também levanta interesses, mas a maneira como isso afetará o conflito na Faixa de Gaza ainda não está clara. Israel já recebe bilhões de dólares em assistência de segurança anual dos EUA, mas este novo financiamento pode ter implicações adicionais, especialmente após os recentes eventos na região.

O progresso da legislação tem sido acompanhado de perto pela indústria, com empresas de defesa dos EUA competindo por contratos para fornecer equipamentos à Ucrânia e a outros parceiros.

Corte na educação gera protestos na Argentina

Na Argentina, uma onda de protestos massivos está varrendo o país em resposta aos cortes substanciais no orçamento da educação, desencadeados pelo presidente ultraliberal Javier Milei. Na última terça-feira (23), dezenas de milhares de pessoas, entre estudantes, professores e opositores políticos, saíram às ruas em uma das maiores manifestações já vistas contra os cortes de verbas para universidades públicas.

Os protestos ganharam força em Buenos Aires, onde os manifestantes se reuniram nas sedes das 13 faculdades da Universidade de Buenos Aires (UBA), que recentemente declarou emergência orçamentária. A marcha seguiu em direção à Praça de Maio, local simbólico para protestos na capital argentina.


Manifestantes fazem escárnio da imagem do presidente argentino Javier Milei (Foto: reprodução/Instagram/Natacha Pisarenko)

Mobilizações

Empunhando livros e cartazes com mensagens como “Milei ou educação” e “a universidade lutando também está ensinando”, a mobilização não ficou restrita a Buenos Aires. Em várias cidades argentinas, alunos, ex-alunos e professores de 57 universidades nacionais convocaram marchas em defesa da educação pública e gratuita.

O protesto contou com o apoio de diversas entidades, incluindo centrais sindicais, partidos políticos, professores universitários e até mesmo universidades privadas. Figuras políticas proeminentes, como Sergio Massa, ex-ministro da Economia, marcaram presença, destacando a importância do movimento. No entanto, Massa optou por não fazer declarações, afirmando que era o momento dos reitores e dos jovens se pronunciarem.

Superávit

O motivo dos protestos é a decisão do governo de repetir o orçamento do ensino superior de 2023 para este ano, sem fazer ajustes para compensar a inflação, que atingiu quase 290% ao ano. Isso resultou em diversas universidades declarando emergência orçamentária.

Enquanto o governo afirma ter registrado superávit no primeiro trimestre, as instituições educacionais estão enfrentando cortes de funcionamento que colocam em risco suas atividades.

Os cortes afetam diretamente os salários dos professores, com alguns já abaixo da linha da pobreza. Além disso, o aumento exorbitante nas tarifas de energia tem deixado as universidades à beira da paralisia. O presidente Milei questionou a transparência no uso dos fundos e a qualidade do ensino, sugerindo que as universidades públicas são utilizadas para “negócios obscuros e doutrinação”.

Campanha de vacinação contra gripe fica a baixo da meta

Quase um mês após o início da campanha de vacinação contra a gripe no Brasil, apenas 21% do público-alvo recebeu a imunização, gerando preocupação entre as autoridades de saúde. Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde revelam que pouco mais de 14 milhões de pessoas foram vacinadas, num país que tem cuja meta é imunizar 75 milhões de brasileiros.

A antecipação da campanha, usualmente realizada entre abril e maio, foi uma medida adotada devido ao aumento da circulação de vírus respiratórios no país. No entanto, a baixa adesão se tornou um desafio, especialmente em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio de Janeiro e Distrito Federal, onde a cobertura vacinal não ultrapassa os 17%.

O público-alvo da campanha abrange uma ampla gama de pessoas, desde crianças até idosos, gestantes, profissionais da saúde, professores, entre outros grupos específicos. A vacina está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas também pode ser encontrada em clínicas particulares.


Ministra revela que epidemia de dengue e gripe comum podem trazer alta demanda ao sistema de saúde (Foto: reprodução/Marcelo Bernardes/ACS/SES)

Estratégias

Para incentivar a adesão à vacinação, diversas estratégias estão sendo adotadas em todo o país. Mutirões de vacinação foram organizados em várias cidades brasileiras. Em Belo Horizonte, por exemplo, a prefeitura estabeleceu parcerias com redes de drogarias, disponibilizando a vacina em parques e praças em várias regiões da cidade durante todo o fim de semana.

Em Salvador, esta é a segunda semana consecutiva em que postos de vacinação estão abertos aos sábados. Mais de 40 unidades de saúde na cidade estão vacinando a população até as 16h00. A capital baiana conseguiu imunizar cerca de 10% do público-alvo até o momento.

Outras ações para aumentar a cobertura vacinal estão sendo realizadas em todo o país. No Ceará e em todo o estado do Mato Grosso, por exemplo, postos de vacinação estão abertos até as 16h30.

Meta nacional

A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatizou a importância de vacinar 75 milhões de pessoas prioritárias através do SUS, incluindo idosos, gestantes, crianças e profissionais da saúde, entre outros grupos. A mudança na estratégia de vacinação desde 2023 considera as particularidades climáticas de cada região, com a vacinação ocorrendo em diferentes períodos em todo o país.

A composição da vacina deste ano visa proteger contra três cepas do vírus da gripe: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. A baixa adesão à vacinação até o momento é preocupante, salientando a importância da vacinação para prevenir casos graves de gripe e reduzir a sobrecarga nos sistemas de saúde.

“The Acolyte”: próxima série de Star Wars promete resgatar essência da primeira triologia

A próxima série de Star Wars, “The Acolyte”, está causando grande expectativa entre os fãs, prometendo combinar o passado com o presente. Protagonizada por Amandla Stenberg, ela descreveu a produção como “a prequel das prequels […]”, que traz a essência das trilogias anteriores, mas com elementos atuais.

Em uma entrevista exclusiva à Total Film, Amandla compartilhou insights sobre a série. Ela continua: “[…] e as prequels têm esse saudosismo em torno delas, essa vibe monárquica. Por isso, uma das minhas principais dúvidas quando entrei foi: nós vamos manter essa sensibilidade? Sim, de muitas formas, enquanto trazemos elementos repletos desse sentimento contemporâneo e imersivo. E depois de ver os episódios finalizados, fiquei realmente impressionada com o quão abrangente era a história.”

A trama de “The Acolyte” se passa cerca de 100 anos antes dos eventos de “Episódio I – A Ameaça Fantasma”, acompanhando os últimos dias da Alta República. Seguindo esse plot, veremos uma jovem padawan e seu mestre Jedi enquanto investigam uma série de crimes e enfrentam forças sinistras em meio a essa jornada.


Assim como Lee Jung-jae de Round 6, elenco de Acolyte traz figuras icônicas da cultura pop (Foto: reprodução/Disney Plus/Lucasfilm)

Produção e elenco

A criadora da série, Leslye Headland, revelou ao Collider que “The Acolyte” vai retratar os Jedi como antagonistas, uma decisão ousada que promete trazer uma nova perspectiva à mitologia de Star Wars. Headland explicou que a ideia surgiu da recepção controversa de “Star Wars: Os Últimos Jedi”, que polemizou a percepção dos fãs sobre os Jedi.

Além de Amandla Stenberg, o elenco também terá nomes de peso como Jodie Turner-Smith (Mistério em Paris), Lee Jung-jae (Round 6), Manny Jacinto (The Good Place), Dafne Keen (Logan), Dean Charles-Chapman (Stranger Things) e Carrie-Anne Moss (Matrix).

A mancha de “Os Últimos Jedi”

“Eu acho difícil, em Star Wars, fazer algo que critique de qualquer forma os Jedi”, disse Headland. “Vimos isso no filme de Rian Johnson (Os Últimos Jedi). Principalmente naquela época, quando pessoas ficavam muito irritadas pela mera sugestão de que a Ordem Jedi não era uma instituição feita de heróis brilhantes e perfeitos que sempre agiam com nobres intenções.”

Apesar das preocupações dos fãs, Katheleen Kennedy, chefe da Lucasfilm, apoiou a abordagem da trama. “Quando conversamos pela primeira vez sobre a série, eu não senti que estava competindo por um trabalho”, disse Headland. “Ela só queria saber o que eu planejava fazer sobre algumas questões da mitologia, e eu sinto que consegui incluir as coisas que sei sobre Star Wars, e as coisas que amo sobre Star Wars, dentro da linha narrativa emocional que queríamos seguir.”

“The Acolyte” está previsto para estrear no dia 4 de junho no Disney+, com a grande promessa de trazer uma visão clássica e ao mesmo tempo atual do universo de Star Wars.

Força Espacial dos EUA anuncia exercício de perseguição aérea

A Força Espacial dos Estados Unidos revelou uma iniciativa pioneira destinada a garantir a segurança e a soberania no espaço, anunciando o primeiro exercício militar em órbita da potência americana.

Sob o nome de Victus Haze, esta missão representa uma colaboração sem precedentes entre a Força Espacial e empresas do setor aeroespacial, com o objetivo de demonstrar a capacidade de contra-ataque diante de possíveis “agressões em órbita”.

Segundo o comunicado oficial da Força Espacial, a Rocket Lab e a True Anomaly serão as principais colaboradoras neste exercício histórico. A Rocket Lab ficará encarregada de lançar uma espaçonave que perseguirá um satélite construído pela True Anomaly, em um cenário elaborado para simular ameaças reais no espaço.


Ilustração de dois satélites realizando operações de encontro e proximidade em órbita baixa da Terra (Foto: reprodução/True Anomaly)

Detalhes da operação

O exercício, supervisionado pelo Comando de Sistemas Espaciais da Força Espacial, visa fornecer insights valiosos sobre como as forças militares podem responder a situações de potencial perigo em órbita terrestre. Identificam-se como possíveis ameaças satélites que se aproximam indevidamente de espaçonaves americanas ou exibem comportamentos suspeitos e incomuns.

O General Michael Guetlein, vice-chefe de operações espaciais da Força Espacial, ressaltou a importância de investigar e compreender os ativos espaciais de outras nações para avaliar suas intenções e capacidades. Este exercício inovador está programado para ocorrer em duas fases distintas.

Etapas da operação

Na primeira fase, a espaçonave da True Anomaly será lançada para simular um satélite adversário, enquanto a Rocket Lab lançará sua espaçonave para inspecioná-la. Posteriormente, as espaçonaves trocarão de papéis, com a True Anomaly manobrando ao redor da espaçonave da Rocket Lab.

A conclusão do exercício está prevista para o outono de 2025, quando ambas as empresas entregarão suas espaçonaves à Força Espacial.

Corrida espacial

Operações militares em órbita não são completamente novas na história espacial. Nos anos mais recentes, diversos países têm demonstrado interesse em desenvolver capacidades militares no espaço, levando a uma série de operações semelhantes.

A China, por exemplo, realizou em 2007 um teste anti-satélite que destruiu um de seus próprios satélites em órbita baixa da Terra, gerando preocupações internacionais sobre a militarização do espaço.

Além disso, os Estados Unidos já realizaram operações de vigilância e manobra de satélites em órbita, como parte de exercícios para testar suas capacidades e salvaguardar seus interesses estratégicos.

Netanyahu arrisca confronto com o Irã após interceptar toneladas de explosivos

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está diante de uma encruzilhada política após Israel ter interceptado 60 toneladas de explosivos e mais de 350 projéteis iranianos destinados ao país no último domingo (14).

A interceptação, que contou com a ajuda de aliados, aumentou a tensão crescente entre Israel e o Irã, com ambos os lados trocando ameaças.

Esses eventos surgiram em um momento delicado para Netanyahu, que enfrenta pressões internas e externas para determinar a resposta de Israel ao ataque iraniano.


Netanyahu e Biden se corresponderam por telefone no último sábado (13) após o ataque do Irã a Israel (Foto: reprodução/Gabinete do Primeiro-Ministro de Israel)

Diplomacia americana

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, instou Netanyahu à contenção, recusando-se a apoiar qualquer ação ofensiva de Israel contra o Irã. Biden enfatizou a sua intenção de evitar um atrito que poderia desencadear uma guerra regional com sérias consequências.

Enquanto isso, o Irã continua desafiando Israel, prometendo retaliar contra qualquer ação agressiva. A estratégia iraniana busca minar a dissuasão israelense e aumentar a pressão sobre o governo de Netanyahu.

Diplomacia britânica

A visita iminente do diplomata britânico Lord David Cameron em Israel, na intenção de oferecer assistência humanitária em Gaza, também surgiu como um apelo para que o conflito seja respondido com moderação.

Rishi Sunak, ministro das Finanças do Reino Unido, em conversas com Netanyahu, destacou a importância de uma resposta diplomática coordenada do G7 ao ataque do Irã. Sunak enfatizou que uma escalada adicional só agravaria a situação na região, destacando a necessidade de calma e negociações diplomáticas.

Netanyahu sob pressão

Netanyahu, que agora enfrenta pressões internas devido à sua gestão da crise em Gaza e ao tratamento dos palestinos, está diante de uma posição crítica que oscila entre sua imagem política e a estabilidade regional diplomática entre outros países.

Enquanto isso, o Irã mantém um posicionamento hostil, prometendo retaliar contra qualquer ação israelense. Atualmente essa estratégia visa a minar a dissuasão de Israel e aumentar a pressão sobre Netanyahu.

Operação contra garimpo na Amazônia apreende antenas Starlink de Elon Musk

Em uma megaoperação realizada pela Polícia Federal na Terra Indígena Yanomâmi, foram apreendidas 24 antenas produzidas pela Starlink, empresa de Elon Musk. Essas antenas estavam sendo utilizadas por garimpeiros ilegais para comunicação em meio às atividades ilícitas na região. A ação faz parte de um esforço do governo para combater o garimpo ilegal na Amazônia e proteger as terras indígenas.

A presença da Starlink, fornecendo internet via satélite para áreas remotas, tem sido controversa. Embora a empresa tenha prometido conectar escolas rurais e auxiliar no monitoramento ambiental da Amazônia, líderes políticos, como o governador do Amazonas, Wilson Lima, questionam se os investimentos de Musk na região estão alinhados com políticas públicas.

Lima destacou que enquanto criminosos têm acesso às antenas da Starlink, muitas comunidades locais continuam sem acesso à internet.


O garimpo ilegal ocorre quando feito sem licença ambiental, em áreas com mais de 50 hectares ou em locais habitados por povos indígenas (Foto: reprodução/Gustavo Basso/National Geographic)

Detalhes sobre a operação

A operação da Polícia Federal não se limitou apenas à apreensão das antenas Starlink. Foram realizadas ações de grande escala para desmantelar as atividades ilegais dos garimpeiros na região. Ao todo, 38 mil litros de diesel, 114kg de mercúrio, 6,6 mil litros de gasolina de aviação, 36 geradores, 49 acampamentos e 200 motores foram inutilizados durante a operação.

O governo destacou que os garimpeiros ilegais visam não apenas o ouro, mas também a cassiterita, um produto valioso no mercado internacional. A força-tarefa federal apreendeu 7,3 mil quilos de cassiterita durante a operação. A comunicação entre os criminosos também foi dificultada com a apreensão das antenas Starlink, que são usadas em locais isolados, como a Terra Indígena Yanomâmi.

Ações de Musk no Brasil

Essa não é a primeira vez que os investimentos de Musk na Amazônia geram controvérsias. Desde que a Starlink entrou no mercado brasileiro, tem havido debates sobre os impactos de suas operações na região.

A empresa se tornou a segunda maior provedora de internet via satélite no país, dominando especialmente o mercado na Amazônia Legal (formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão).

Enquanto isso, o bilionário Elon Musk tem sido alvo de críticas por suas ações e declarações recentes. Sua disputa pública com o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e seus ataques ao governo brasileiro têm gerado repercussões significativas.