O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está diante de uma encruzilhada política após Israel ter interceptado 60 toneladas de explosivos e mais de 350 projéteis iranianos destinados ao país no último domingo (14).
A interceptação, que contou com a ajuda de aliados, aumentou a tensão crescente entre Israel e o Irã, com ambos os lados trocando ameaças.
Esses eventos surgiram em um momento delicado para Netanyahu, que enfrenta pressões internas e externas para determinar a resposta de Israel ao ataque iraniano.
Diplomacia americana
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, instou Netanyahu à contenção, recusando-se a apoiar qualquer ação ofensiva de Israel contra o Irã. Biden enfatizou a sua intenção de evitar um atrito que poderia desencadear uma guerra regional com sérias consequências.
Enquanto isso, o Irã continua desafiando Israel, prometendo retaliar contra qualquer ação agressiva. A estratégia iraniana busca minar a dissuasão israelense e aumentar a pressão sobre o governo de Netanyahu.
Diplomacia britânica
A visita iminente do diplomata britânico Lord David Cameron em Israel, na intenção de oferecer assistência humanitária em Gaza, também surgiu como um apelo para que o conflito seja respondido com moderação.
Rishi Sunak, ministro das Finanças do Reino Unido, em conversas com Netanyahu, destacou a importância de uma resposta diplomática coordenada do G7 ao ataque do Irã. Sunak enfatizou que uma escalada adicional só agravaria a situação na região, destacando a necessidade de calma e negociações diplomáticas.
Netanyahu sob pressão
Netanyahu, que agora enfrenta pressões internas devido à sua gestão da crise em Gaza e ao tratamento dos palestinos, está diante de uma posição crítica que oscila entre sua imagem política e a estabilidade regional diplomática entre outros países.
Enquanto isso, o Irã mantém um posicionamento hostil, prometendo retaliar contra qualquer ação israelense. Atualmente essa estratégia visa a minar a dissuasão de Israel e aumentar a pressão sobre Netanyahu.