Crescem os números de câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram

O tabagismo continua sendo o principal fator de risco para o câncer, mas as novas causas também começaram a afetar a vida de brasileiros, como a poluição dor ar, fumo passivo, exposição a substâncias nocivas e histórico familiar.


O tabagismo continua sendo o grande responsável pelos diagnósticos. (Reprodução/Revista News Lab)


Renato Astur, vendedor, descobriu o câncer, aos 57 anos, após de se incomodar com uma tosse seca. Depois de três meses passando por consultórios, ele recebeu o diagnóstico de câncer após uma tomografia. Além de não fumar, ele tinha uma vida saudável, com alimentação e um grande adepto de atividades físicas.

“A profissional que fez a tomografia saiu de trás daquela parede e vidro e me perguntou: “Você veio aqui por quê?”. Respondi que era porque minha tosse não passava. Questionei se tinha dado algo no exame, e ela me respondeu que minha médica falaria comigo. No mesmo dia a secretária da pneumologista me ligou dizendo que a médica queria falar naquela tarde. Fui no consultório. A médica me mostrou a tela do computador e estava tudo branco, dos dois lados. Questionei o que era aquilo e ela disse que provavelmente era câncer. Aí o meu chão abriu. Porque, até então, tudo o que você sabe sobre esse tipo de doença que é que você vai morrer rápido”, relatou Astur.

No desafio de tratar o câncer em estágio avançado, Renato decidiu escrever o livro “Eu não fumo“, com direitos do Hospital do Graac, especialista no tratamento do câncer infantojuvenil.

Em levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tabagismo é responsável por 90% dos diagnósticos desse tumor. O câncer de pulmão atinge cerca de 30 mil brasileiros por ano e é o segundo mais comum no país. A história de Astur se tornou comum, apesar da grande maioria dos casos estarem em fumantes ou ex-fumantes.

Nos Estados Unidos, entre 1990 e 1995, 8% dos casos eram de pessoas que nunca haviam fumado. Entre 2011 e 2013, esse número saltou para 14,9%. No Reino Unido, o aumento foi maior: de 13% em 2008 para 28% em 2014.

Para o oncologista William Nassib William Júnior, diretor de Oncologia Clínica e Hematologia da Beneficiência Portuguesa de São Paulo, isso se deve à redução do número de fumantes, mas que não existe uma chance maior hoje do que no passado, é de que a medicina avançou para diagnosticar rapidamente esses tumores.

 

Foto destaque: Homem segurando uma radiografia com o diagnóstico de câncer. Reprodução/Gazeta do Povo

Cientistas discutem como aumentar a longevidade com mais anos saudáveis

Uma das maiores questões sobre a longevidade é como chegar no envelhecimento com saúde sem comprometer com as doenças que chegam nessa idade? Dois cientistas conhecidos mundialmente discutiram sobre essa questão: Nir Barzilai, médico e pesquisador, diretor do Centro de Pesquisa sobre o Envelhecimento do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, e Eric Verdin, professor da faculdade de medicina da Universidade da Califórnia e CEO do Buck Institute for Research on Aging, criado em 1999 para estudar a biologia do envelhecimento.


Qual é o melhor caminho para o envelhecimento? Remédios ou hábitos saudáveis (Foto: Reprodução/Guia São Roque)


“Nos Estados Unidos, a expectativa de vida está em torno de 78 anos e as pessoas mais velhas chegam a 115. O que aprendemos com os centenários é que, nos 30 anos que vivem a mais, conseguem ter saúde por um longo período. Só ficam realmente doentes bem próximo do fim da vida, porque, geneticamente, têm algum tipo de proteção”, afirmou Barzilai, que estuda sobre pessoas centenárias.

Para Barzilai, é preciso estudar sobre o envelhecimento para não ser surpreendido com as doenças. “O envelhecimento tem que ser o alvo, é preciso aprender a modulá-lo, porque só assim poderemos prevenir doenças, em vez de tratá-las quando se manifestam. Afinal, o que queremos é aumentar o número de anos saudáveis da nossa existência”, disse o pesquisador.

O estudo sobre o envelhecimento cresceu para retardar a nossa velhice. Barzilai é um defensor da metformina, substância utilizada para controlar diabetes que produz efeitos benéficos além do controle da glicose.

“A metformina atua em todos os marcadores do envelhecimento, aumentando a proteção contra doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e câncer. E como consegue isso? É porque, na verdade, atua no envelhecimento”, defende ele.

Para Verdin, o envelhecimento está na adoção de hábitos saudáveis, já que existe um longo caminho para a ciência aumentar efetivamente a expectativa de vida.

“Que caminhos queremos seguir para desacelerar o envelhecimento: o de mudanças no estilo de vida ou de drogas que garantam o rejuvenescimento, a reversão da velhice? São duas abordagens bem diferentes”, levantou o professor.

Verdin enfatizou que o nosso estilo de vida é responsável por 93% dos riscos dos impactos negativos na nossa saúde, e de que, uma solução viável para alterar essa situação é o investimento de governos e políticas públicas de como lidar com bem com a saúde.

Caminhar 30 minutos por dia, realizar atividade física, nutrir-se, cuidar do sono e manejar o estresse faz total diferença para dois anos de vida saudável a cada década, segundo o médico Verdin.

Foto destaque: Idosos reunidos no parque. Reprodução/Portal Dignus

Cientista afirma que não secar as mãos corretamente é pior que deixar sujas

Na pandemia, nós fomos ensinados a lavar as mãos quase todos os dias pela televisão. Especialistas afirmam que precisam de, ao menos, 20 segundos, para ensaboar os dedos e lavar entre eles, mas não aprendemos sobre secar as mãos e, segundo um cientista britânico, esse passo é tão importante quanto lavar as mãos.

Pesquisas apontam que 85% dos micróbios são espalhados por pessoas que ainda estão com as mãos úmidas. David Webber, microbiologista com 50 anos de experiência, apontou que as pessoas que não secam as mãos são consideradas “antissociais” por espalhar mais bactérias com as mãos molhadas do que se tivessem lavado as mãos.


Lavar as mãos é uma grande arma contra as doenças (Reprodução/Marcello Casal Jr./Agência Brasil)


Para o especialista, existem oito métodos de como secar a mão com perfeição. Na Inglaterra, o sistema de saúde (NHS) recomenda que lavem as mãos por 20 segundos, que seria o tempo suficiente para cantar parabéns duas vezes. A primeira forma de como secar as mãos perfeitamente é chamada de “cirurgião”, porque precisa passar os dedos por todos os cantos com um secador de mão.

“A pesquisa demonstrou que a transferência de bactérias estava diretamente relacionada ao tempo e eficácia da secagem das mãos, a transferência de bactérias diminuiu progressivamente à medida que a água foi removida”, afirma Webber.

O médico ressalta sobre a secagem com toalhas de papel ser um desperdício e ser anti-higiêncio utilizar do papel higiênico.

“A pandemia concentrou a atenção na maneira correta de lavar as mãos com orientações publicadas da OMS, CDC e NHS. No entanto, não houve tal orientação sobre os procedimentos corretos para secar as mãos que são igualmente importantes”, explicou o microbiologista.

Secar as mãos nas calças, saias e outras roupas não são recomendados, pois podem transferir as bactérias para o tecido da vestimenta. É muito importante ter o cuidado com lavar e secar as mãos, pois podem causar problemas como intoxicação alimentar, diarreira e infecções de urina.

 

Foto destaque: Mulher lavando as mãos na pia. Reprodução/iStock

Alunos relatam sintomas de ansiedade ou depressão pós-pandemia

A pandemia gerou muitos traumas para a saúde mental. Os casos de depressão e ansiedade aumentaram nesse período e o reflexo já está na sala de aula com as crianças. Segundo estudos, sete em cada 10 criança relatam sintomas de ansiedade e depressão na pós-pandemia. Professores relatam as dificuldades e a sensação de insuficiencia ao lidar com a situação.

“Temos muitas crianças com sintomas de depressão e ansiedade. Uma aluna chegou a desmaiar na escola e várias vezes a criança sai no meio da aula, no meio da prova, não conseguindo respirar, fica lá chorando, tremendo”, disse uma professora do EMEF Solano Trindade, no Jardim Boa Vista, zona oeste de São Paulo.


Metade dos adolescentes já sentiu a necessidade de pedir ajuda para a saúde mental (Reprodução/Novos Alunos)


Os professores não conseguem diagnosticar os motivos, mas acreditam que é decorrente de todos os casos na pandemia. A professora, que optou pelo anonimato, falou sobre encaminhar as crianças para o psicólogo, mas que muitas vezes não passam do atendimento inicial. O que também gera preocupação é que com a pandemia, muitos pais ficaram desempregados e as famílias estão passando fome, além da falta de atendimento relatada.

“Encaminhamos uma criança que sofreu estupro quando mais nova e a UBS [Unidade Básica de Saúde] respondeu com um documento falando que ela necessita de encaminhamento à psicologia. Mas fala também que eles estão sem psicólogo no núcleo de apoio à saúde da família na unidade e que ela não se enquadra no perfil do Caps IJ [Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil].”

Em um estudo, realizado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, em abril desse ano, em parceria com o instituto Ayrton Senna, 69% dos estudantes da rede estadual paulista relataram sintomas de depressão e ansiedade. A pesquisa também detalhou que 5,7% dos estudantes presenciaram violência psicológica com muita frequência e 3,8% afirmam viver com violência física em casa com muita frequência.

“Estou com seis alunas que acham que são trans [transexuais, pessoas cuja identidade de gênero é diferente de seu sexo biológico] e temos relatos de abusos sexuais sofridos pelas crianças”, conta a professora.

A professora também se sente incomodada e frustrada por não conseguir auxiliar os seus alunos nesse período e de que pensam neles até nas férias.

“Eu me sinto bem desesperada, com uma sensação de impotência, sobrecarregada e despreparada. orque é isso: se a única coisa que eles têm sou eu, eu queria conseguir oferecer uma coisa melhor a eles, mas eu não sei como devo agir em algumas situações, então me sinto mal. É horrível uma criança te procurar com uma situação grave como violência e você não fazer nada, porque parece que a escola, enquanto instituição, está aceitando aquela situação. Isso me deixa muito mal. Nas férias, eu estava sonhando com essas crianças”, lamenta a professora.

A professora observa que a relação dos alunos mudaram nesse período. É mais difícil ter um relacionamento próximo com o amigo e são diversos motivos para esse sofrimento: mortes na família, país se separando, falta de comida em casa, violência familiar são coisas que as crianças não sabem lidar.

Um levantamento da OMS apontou que o Brasil é o país com o maior índice de ansiosos no mundo (18 milhões de pessoas) e o terceiro maior de depressivos (11 milhões), atrás de Estados Unidos e Austrália.

 

Foto destaque: Criança olhando para a janela. Reprodução/Envalto Elements

Animais estão sendo testados após novo surto de Covid na China

Depois de 40 casos de Covid-19 na cidade costeira de Xiamen, na China, cinco milhões de pessoas tiveram que ser submetidas a testes. E não foram só as pessoas que tiveram um aviso oficial: os pescadores, que estão na vida marinha, terão que levar seus peixes e frutos do mar para serem testados.

Nesse último surto, vídeos no Douyin, versão local do TikTok na China, viralizaram com profissionais de saúde fazendo testes PCR em peixes e caranguejos vivos.

Mesmo que pareça incomum, peixes vivos já foram testados para saber se foram infectados pelo vírus. Um funcionário do Departamento Municipal de Desenvolvimento Oceânico de Xiamem disse ao jornal South China Morning Post que o governo aprendeu lições com Hainan, que está passando por um surto da doença.


Diferentes animais vivos já foram testados para Covid-19 (Reprodução/iPanda)


O funcionário informou que o novo surto pode ter sido causado pela compra e venda de frutos do mar. A província de Hainan, no sul da China, registrou mais de 10 mil casos de covid-19 desde o início de agosto, e as autoridades acreditam que o surto veio da comunidade pesqueira.

A mídia chinesa fala sobre a relação que a vida marinha tem com o coronavírus, já que o primeiro surto de covid-19 foi rastreado em um mercado de animais vivos na cidade de Wuhan.

Embora seja difícil que os frutos do mar sejam hospedeiros do vírus, os casos estão ligados aos trabalhadores portuários, que lidam com os produtos congelados ou mercado de pescados. Em junho de 2020, Pequim provocou um pânico na população, porque o vírus da covid-19 foi detectado em tábuas usadas para cortar salmão importado. Como medida de segurança, os restaurantes tiraram o salmão de suas prateleiras e cortaram as importações.

Mas não foram só os peixes testados nos últimos dois anos, hipopótamos, galinhas, cachorros, gatos e pandas foram flagrados fazendo testes do tipo PCR. O motivo dado é para garantir a segurança dos animais e dos visitantes.

 

Foto destaque: Peixe vivo sendo testado para covid-19. Reprodução/TV Cultura

Barcelona lança o terceiro uniforme com a Cruz de São Jorge

O Barcelona lançou, nessa quarta-feira (24), o terceiro uniforme para a temporada de 2022/23. Inspirado na Cruz de São Jorge, que está no escudo do clube, ao lado da bandeira da Catalunha, tem a cor cinza claro como base e uma cruz com azul e grená no centro.

A camisa será utilizada oficialmente pela primeira vez nesta quarta-feira (24), contra o Manchester City, em amistoso beneficente às pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), ideia de Juan Carlos Unzué, ex-goleiro e assistente técnico, que sofre com a doença.

Toda a renda arrecada no Camp Nou será revertida para a Fundação Luzón que trabalha em pesquisas para a cura e na melhora da vida das pessoas com a esclerose.


O projeto social Fundação Barça foi destaque na apresentação do novo uniforme (Reprodução/Twitter)


Segundo o clube, a intenção da camisa é valorizar “o compromisso social, a diversidade e a inclusão”, intensificando o lema “Mais que um clube”. No anúncio, atletas dos times masculinos e femininos se juntaram com jogadores da equipe da Fundação Barça.

A Cruz de São Jorge aparece no uniforme porque em 2022 completará 30 anos que o clube foi presenteado pelo governo da Catalunha com a Ordem da Cruz de São Jorge, reconhecimento público pelo aspecto social que o Barcelona tem no esporte local.

São Jorge é o santo padroeiro da Catalunha e a sua história, além da religião, é bem conhecida no Brasil. O “santo guerreiro” também é padroeiro do Sport Club Corinthians Paulista.

Em 1926, o clube paulista comprou um terreno às margens da Marginal Tietê que pertencia a Rua São Jorge, assim a rua batizou o centro esportivo e se tornou o padroeiro do Timão. Existe outra versão de que o São Jorge era padroeiro do Corinthian Football Club, que excursionou pelo Brasil em 1910 e foi a inspiração da fundação do Corinthians em setembro daquele ano.

 

Foto destaque: A Cruz de São Jorge homenageada no novo uniforme do Barcelona. Reprodução/Twitter

Barcelona e Manchester City se enfrentam em duelo beneficente

Nessa quarta-feira (24), a bola vai rolar, às 16h30 (horário de Brasília), para Barcelona e Manchester City, em um duelo beneficiente em apoio aos pacientes de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), que provoca a paralisia motora irreversível.

Realizado no Camp Nou, o jogo terá a transmissão da ESPN (TV fechada) e do Star+ (streaming). A renda da partida será revertida para a Fundação Luzón, organização independente e sem fins lucrativos, que trabalha para obter fundos para a pesquisa e melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem com a ELA. O embaixador do evento é Juan Carlos Unzué, ex-goleiro e assistente técnico do Barcelona, que foi diagnosticado com a doença há pouco mais de dois anos.


Laporta, presidente do Barcelona, e Guardiola divulgaram a partida no Camp Nou (Reprodução/Twitter)


O amistoso marcará o reencontro de Pep Guardiola ao Camp Nou, depois de seis anos. Além disso, enfrentará o seu ex-jogador Xavi Hernández, atual comandante do Barcelona. O treinador espanhol disputou contra o seu primeiro clube por quatro vezes na sua carreira, mas não tem boas lembranças: foi eliminado na semi-final da Champions League de 2014/15 por 5×3 no agregado, e na fase de grupos da Champions League de 2017, o treinador também perdeu pelo mesmo placar no agregado.

Na Premier League, o City é o vice-líder com sete pontos em três jogos disputados. No Campeonato Espanhol, o Barcelona está em quinto com quatro pontos em dois jogos. Por já ter iniciado o calendário oficial, as duas equipes devem mesclar os times para o duelo:

Manchester City: Stefan Ortega; Sergio Gómez, John Stones, Rúben Dias e Rico Lewis; Cole Palmer, Kalvin Phillips e Jack Grealish; Phil Foden, Julián Álvarez e Riyad Mahrez.

Barcelona: Iñaki Peña; Eric García, Gerard Piqué e Jordi Alba; Franck Kessié e Pablo Gavi; Sergi Roberto, Ferrán Torres, Miralem Pjanic e Ousmane Dembélé; Martin Braithwaite.

 

Foto destaque: Sergi Roberto, Unzué, Xavi e Lewandowski segurando um cachecol da partida. Reprodução/Instagram

Cólica: por que dói e quando deve se preocupar?

Grande parte das mulheres sentem dores durante o ciclo menstrual. Normalmente, são cólicas abdominais, que podem ser espalhadas pelas costas, coxas, pernas e outras partes do corpo. As mulheres podem sentir dores moderadas ou constantes, além de náuses, diarreia e dores de cabeça, mas na verdade, pode variar muito, tanto no local da dor como na intensidade.


As cólicas menstruais ocorrem entre 16 a 91% das mulheres em idade reprodutiva (Reprodução/IstoÉ)


“Entre 30 e 50% das mulheres têm menstruações dolorosas, e algumas são tão fortes que afetam suas vidas”, disse Katy Vincent, pesquisadora de dor do Departamento de Saúde Feminina e Reprodutiva de Nuffield, à BBC.

“Entre 30 e 50% das mulheres têm menstruações dolorosas, e algumas são tão fortes que afetam suas vidas. E essa sensação de tontura e mal-estar que você sente está associada à expulsão do coágulo. É provavelmente o colo do útero se abrindo um pouco para deixar o coágulo passar e isso é acompanhado por uma contração”, explicou a pesquisadora.

Durante o período menstrual, existe a chance de ter muita inflamação. Os tecidos do útero liberam substâncias que causam dor e ,ao mesmo tempo, o corpo produz as prostaglandinas, que aumentam as dores no período menstrual.

“Nós definitivamente achamos que as prostaglandinas são um dos fatores que contribuem para o aumento da inflamação e dor durante o período menstrual”, afirma a médica.

Mas por que essa inflamação?

É um processo que o corpo precisa passar para se reparar. Durante a menstruação, as dores e as cólicas são resultado das prostaglandinas, que agem ajudando no revestimento do útero para se curar adequadamente.

“A inflamação tem muitas funções positivas. Quando você se machuca, ocorre uma inflamação que realiza um processo que ajuda o tecido a se curar e faz com que você perceba que a lesão dói para proteger o tecido enquanto está cicatrizando”, diz Vincent.

Quando se preocupar com as dores?

Muitas mulheres usam de analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar o quadro, mas existem outros momentos que a dor pode ser causada por uma condição médica subjacente.

Uma dessas dores podem ser os miomas uterinos, que são tumores não cancerosos que podem crescer dentro ou ao redor do útero e o período menstrual pode ser mais intenso e doloroso.

Existem outras possíveis causas de períodos menstruais mais dolorosos: miomas, dispositivo intrauterino (DIU) feito de cobre, doença inflamatória pélvica (DIP), síndrome pré-menstrual (TPM) e infecção sexualmente transmissível.

Foto Destaque: Mulher com uma bolsa na região abdominal. Reprodução/Hipolabor

Saiba como eliminar a gordura visceral com dieta e treino

A gordura visceral, que é um tipo de gordura localizada na cavidade abdominal próximo a órgãos vitais, pode gerar complicações para a saúde. Uma vida sedentária, não dormir bem e alimentação desgregrada são fatores para aumentar o peso. Com isso, as calorias que não são utilizadas pelo organismo, tornam-se gordura dentro do corpo e começa a afetar a saúde.


A maneira mais saudável de evitar a gordura são com treinos e uma boa dieta. Reprodução: Tom Foldes/Getty Images


São dois tipos de gorduras no corpo. Uma está entre a pele e o tecido muscular, que pode aparecer em qualquer lugar do corpo, e a mais perigosa, que é a presente nas vísceras, a gordura visceral, que está na região abdominal e é responsável por deixar a barriga grande.

Para Renato Cariani, químico, educador físico e atleta IFBB Pro, o excesso de carboidratos na alimentação, distúrbios metabólicos e sedentarismo são as principais causas do aumento da gordura visceral, mas listou algumas atitudes para diminuir a barriga e mudar essa questão.

Aumentar a ingestão de frutas: “Comece a incluir frutas na sua dieta e você vai perceber sua barriga reduzindo, em especial, abacaxi, maçã e frutas vermelhas.”

Consumir legumes e vegetais: “Você precisa de grandes fontes de fibra, para que seu processo enzimático digestivo funcione melhor. E através de um déficit calórico você consiga eliminar essa gordura.”

Não ter medo de carboidratos: Zerar carboidratos é um dos principais erros para quem quer eliminar a gordura abdominal. “Os carboidratos são fundamentais para dar energia muscular”, disse Cariani.

Realizar exercícios aeróbicos: “Além de correr, nadar, pedalar ou qualquer atividade física, as pessoas com pouca massa muscular precisam tomar cuidados para não definhar e permanecer com a barriga.”

Praticar exercícios de força e musculação: “Construir músculos é elevar o gasto calórico”, afirma Cariani. Carregar peso ajuda no metabolismo, potencializa a queima de gordura e ajuda não definhar.

Foto destaque: Pessoa apertando a barriga. Reprodução: Minha Vida/Getty Images

Como os aromas influenciam as nossas emoções

Os cheiros são capazes de influenciar e julgar corretamente as emoções das pessoas. Na pesquisa de mestrado de Matheus Henrique Ferreira, publicado na revista Plos One, pesquisadores detalham sobre como o odor consegue mudar a nossa emoção.


Os cheiros são capazes de influenciar no nosso dia a dia. (Reprodução: Oficina de Ervas)


“Se estou submetida a um cheiro agradável, minha percepção da emoção agradável melhora. O mesmo acontece com os odores desagradáveis, que aprimoram o discernimento de medo e nojo”, explica Mirella Gualtieri, doutora em neurociências e comportamento e professora de psicologia experimental do IP-USP.

A professora também fala sobre como a gente consegue detectar que o cheiro é bom ou ruim ao contrário de cenas que vivenciamos no dia a dia.

“Podemos ser confrontados com muitas cenas visuais e não necessariamente vamos classificá-las como algo que gostamos ou não de ver, mas frequentemente a única coisa que um indivíduo consegue descrever sobre um determinado cheiro é se é gostoso ou ruim”, afirma Gualtieri, que foi orientadora de Matheus Henrique Ferreira.

Na pesquisa de Matheus, ele fez um experimento para avaliar as expressões emocionais em um ambiente com cheiro agradável ou desagradável, mas tem um porém, os participantes não foram informados que o experimento era sobre olfato para não ser uma qualificação simples de cheiro bom ou ruim. 35 pessoas, sendo 20 mulheres e 15 homens foram informados que seria mensurada a rapidez de detectar emoções nas expressões faciais indicadas.

“Não sabiam que tinha um cheiro. Sentavam na frente da tela e, na espuminha do headset que utilizavam, a gente colocava uma quantidade bem mínima de alguma substância [ácido butírico, com odor de manteiga rançosa; acetato de isoamila, odor forte similar ao de banana; ou capim-limão]. O participante fazia toda a sessão experimental, identificava as emoções, a gente via a taxa de acerto e os tempos de reação”, diz Gualtieri.

Depois de concluído o experimento, a equipe explicava que o objetivo era verificar se o cheiro estava chegando ao nariz junto com o julgamento da emoção e se afetava na opinião dos participantes, que em seguida, mostrava se gostaram ou não do cheiro.

“Embora estudos anteriores tenham destacado o papel da valência hedônica dos cheiros no processamento emocional de estímulos visuais, existem vários outros fatores que possivelmente estão envolvidos. Este estudo demonstra que há um efeito bilateral importante envolvido entre os estímulos olfativos e visuais. Foi possível verificar que os cheiros influenciam na identificação de expressões faciais, assim como elas influenciam a reação emocional ao odor também”, comentou Patricia Renovato Tobo, gerente científica da Natura Inovação e Tecnologia de Produtos e coautora do artigo.

Foto destaque: Mulher sentindo o cheiro das flores. Reprodução: Depositphotos