Morte de Raquel Antunes: MP chamou atenção sobre perigo de carros alegóricos na dispersão desde 2019

Morreu, no início desta tarde de sexta-feira (22), a jovem Raquel Antunes, de 11 anos, no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro. Ela estava internada em estado grave desde quarta-feira (20), após ser esmagada por um carro alegórico no fim do desfile da escola de samba Em Cima da Hora, na Marquês de Sapucaí.

Segundo a direção do hospital, a morte ocorreu às 12h10. Raquel subiu no carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, que manobrava na saída da Praça da Apoteose, e acabou imprensada entre a estrutura e um poste quando o veículo se movimentou. Raquel, o irmão e a mãe estavam em uma lanchonete na rua onde ocorre a dispersão dos desfiles. A menina teria deixado o local sem que a mãe percebesse e teria subido em um dos carros alegóricos, que ainda estava parado e aguardava para ser retirado do entorno, após o desfile da escola.

A Liga das Escola de Samba (Lierj) emitiu nota dizendo que acompanha o caso e prestando solidariedade à família.

“As ligas das escolas de samba do Rio de Janeiro estão abaladas e se solidarizam com a família de Raquel Antunes. Equipes das ligas e da escola acompanham o caso na unidade hospitalar ao lado da família desde o primeiro instante e também colaboram com as autoridades”, diz a nota.


Carro alegórico da Em Cima da Hora, que foi apreendido pela Polícia Civil, com sinais de arranhões e amassados (Foto: Reprodução O Globo/Felipe Grinberg)


Na quinta-feira (21), a Justiça do Rio acolheu um pedido do Ministério Público (MP) estadual e determinou que os carros alegóricos de todos os desfiles na Sapucaí – grupo de acesso, ao qual a Em Cima da Hora faz parte, especial e mirim – deverão ter escolta policial até os seus barracões, evitando-se o acesso de crianças e adolescentes aos veículos.

O MP-RJ afirma que houve violações de normas de segurança no dia do acidente e que providências preventivas haviam sido determinadas pela Justiça da Infância e da Juventude com antecedência. O caso está sendo investigado.

 

Promotoria se pronuncia sobre o ocorrido

 

Em entrevista para o EXTRA, a promotora Rosana Cipriano, diz que, embora o documento seja de 2019, ele continua sendo válido. Além disso, todos os anos, o MPRJ envia ofícios, por e-mail, aos ógãos responsáveis pelo megaevento, relembrando-os sobre suas responsabilidades.

“Não é porque há novas edições dessas recomendações que são revogadas. Pelo contrário, elas se complementam. Damos ciência a todos sobre suas responsabilidades, fazendo um papel preventivo estratégico. Isso faz parte do nosso cuidado com o público infanto-juvenil. Cobramos resposta de tudo. O que aconteceu com a Raquel nos deixou consternados”, lamentou a promotora.

Ao ser perguntada sobre a alegação da Liga-RJ, em nota, de que não seria responsável pelos arredores, contestou:

“O evento tem começo, meio e fim. Não se pode alegar que ocorreu o episódio extramuros, pois está dentro da perspectiva do evento”, explicou ela, ressaltando que o carnaval é importante para a cidade e que o trabalho do MPRJ, junto com outras promotorias, é colaborar para um megavento em segurança.

 

Foto Destaque: Polícia Civil fez perícia no local do acidente.Reprodução/Agência O Globo

Prefeitura de SP promete medidas legais contra blocos que saírem às ruas

A Prefeitura de São Paulo vai fiscalizar e deve adotar medidas legais contra os blocos de rua no feriado de Tiradentes. O esquema especial de fiscalização vai responsabilizar os organizadores entre os dias 21 e 24 de abril, de acordo com um documento interno da administração municipal.

O documento diz que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) vai circular pelas ruas da capital para flagrar e fotografar os blocos, notificando os organizadores para que “medidas legais sejam adotadas posteriormente”.

Uma nova reunião será realizada nesta próxima quarta-feira (20) entre a Prefeitura e os organizadores dos blocos.


Multidão de foliões curtem o desfile do bloco Acadêmicos do Cerca Frango, na Pompéia, Zona Oeste de SP, em 2019 (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)


Em janeiro, as festas do Carnaval já haviam sido adiadas diante do aumento de casos da Covid-19 em meio à disseminação da variante Ômicron e, na época, três entidades de blocos de rua de São Paulo publicaram um manifesto público em que cancelam a participação de cerca de 250 blocos no carnaval de rua da cidade e dizem que não aceitam participar de eventos fechados no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul. No documento denominado “Te Amo São Paulo, mas não vou fazer seu Carnaval…”, as entidades do setor afirmam que “os blocos participantes dos Coletivos, em sua grande maioria, comunicam que não sairão às ruas neste Carnaval de 2022, mesmo que a festa seja autorizada”.

Depois disso, os desfiles das escolas de samba foram transferidos para o feriado de Tiradentes, mas o impasse entre a prefeitura e os organizadores da folia nas ruas seguiu.

Desde o início de abril, as principais entidades que representam os blocos de Carnaval de São Paulo tentam a liberação da administração municipal para poder fazer a festa durante o feriado, alegando haver agora condições sanitárias, além das liberações para outros eventos públicos. A Prefeitura, no entanto, se opõe e alega não ter tempo de organizar a folia com a segurança e a infraestrutura necessárias para a passagem dos blocos.

 

Foto Destaque: Carnaval de rua (Foto: Reprodução/G1) 

Níveis das águas na Islândia caem enquanto mundo vê elevação do nível dos mares

Höfn fica à sombra da maior calota de gelo da Islândia, Vatnajökull. Durante séculos, o seu peso comprimiu o solo por baixo dela. Mas o aquecimento global está fazendo com que essas calotas de gelo e geleiras derretam rapidamente – mais rápido do que em qualquer momento nos últimos 200 anos.

As medições de GPS mostram que o solo em Höfn tem aumentado em até 1,7 centímetros por ano. Quanto mais perto a terra estiver da geleira derretida, mais rápido será a subida – cerca de 20 minutos de carro ao norte, o solo está subindo até 3,8 centímetros a cada ano.

As lagoas marinhas que circundam a vila de Höfn estão se tornando cada vez mais rasas e mais difíceis de navegar. As marés entram e saem com menos força do que antes, fazendo com que o canal pelo qual passam os barcos de pesca se encha lentamente de sedimentos.

Os grandes navios, quando chegam completamente carregados de capelim ou arenque, as quilhas dos navios vão ficar bem próximas do fundo. Portanto, há um perigo maior de que eles atinjam o fundo, o que pode levar a vazamentos no casco, perdas financeiras ou um naufrágio”, disse Þorvarður Árnason, diretor do centro de pesquisa da Universidade da Islândia em Höfn.

Em Höfn, Árnason tem observado os acontecimentos com atenção. A vila está ligada à indústria pesqueira e a maioria das famílias de lá dependem dela. Se os barcos não conseguirem entrar, isso quase certamente significaria a ruína financeira.


Barcos estão atracados em Höfn, na Islândia (Foto: Temujin Doran/CNN)


Outra razão para que o nível do mar da Islândia esteja subindo é a gravidade, já que qualquer coisa que tenha massa tem sua própria gravidade. Quanto maior ela for, mais gravidade terá.

A rapidez com que as geleiras e camadas de gelo da Groelândia estão derretendo está causando a elevação do nível do mar na maior parte do mundo, puramente pela adição de enormes volumes de água no oceano. Porém, essa elevação não tem sido uniforme – os territórios ao redor, onde o derretimento está acontecendo mais rapidamente, estão na verdade experimentando uma queda no nível do mar, e não apenas devido a este fenômeno de elevação do solo.

Os cientistas da Nasa estimam que se o nível médio global do mar subir 1 metro – o que seria em parte devido ao derretimento do gelo na Groenlândia – ele na verdade cairia 20 centímetros ao redor da Islândia. Isto porque fica muito perto da Groenlândia, onde esta mudança gravitacional está ocorrendo.

 

 

Foto Destaque: Cachoeira Gullfoss (Foto: Pep Trias) 

Suspeito de ataque em metrô de NY usava máscara de gás e fugiu, diz polícia

As autoridades norte-americanas informaram que o suspeito de ser autor do tiroteio em uma estação de metrô em Nova York estava vestindo máscara de gás e colete laranja. Ele é procurado pelas forças de segurança locais. O homem teria jogado uma lata de fumaça na plataforma para distrair a multidão, que estava transitando no horário de pico, por volta das 8h30 (hora local), na estação de Sunset Park, entre a rua 36 e a Quarta Avenida, na região do Brooklyn, segundo a emissora americana NBC News.

Ao menos 13 linhas já enfrentam grandes problemas de circulação por conta da paralisação no local, que recebe três diferentes linhas do metrô nova iorquino.

Segundo a polícia, o suspeito é um homem de cerca de 1,65 m de altura e 81 kg. Ele teria agido sozinho e a motivação está sob investigação. Há também relatos de que há bombas dentro da estação, mas o Departamento de Polícia de Nova York afirmou, pelas redes sociais, que já fez uma varredura e não há explosivos ativos no local. Com isso, a polícia descarta risco de explosão.

Ao menos 13 pessoas ficaram feridas, a maioria por conta da movimentação da multidão da hora do tiroteio. De acordo com a ABC News, pelo menos cinco pessoas foram baleadas, das quais duas ficaram gravemente feridas.


Ataque em estação de metrô deixa feridos em Nova York (Foto: Reprodução/Redes Sociais/ArmenArmenian)


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi comunicado sobre o caso e entrou em contato com o prefeito da cidade e com o chefe da polícia para oferecer apoio, segundo a Casa Branca.

Um porta-voz do prefeito da cidade, Eric Adams, se recusou a comentar o ocorrido, pois os relatórios ainda são preliminares. Adams está isolado após ser diagnosticado com Covid-19. Pelas redes sociais, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse que está acompanhando a situação junto com os policiais e com a operadora das linhas de metrô.

O Procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, afirmou que está monitorando o caso e já recebeu informações prévias.

“Muita fumaça e sangue” conta o morador da cidade Sam Carcamo, para a Associated Press. Ele diz que viu muita fumaça ao chegar na estação. “A porta do meu vagão abriu no meio da calamidade. Era muita fumaça e sangue, e pessoas gritando”, relatou.

 

Foto Destaque: Polícia ainda procura o suspeito (Foto: Reprodução/Reuters)

Indígenas marcham até o Ministério de Minas e Energia em ato contra garimpo

Aproximadamente 7.000 indígenas marcharam até o Ministério de Minas e Energia no ato “Ouro de Sangue” desta 2ª feira (11) contra o aumento dos garimpos em territórios indígenas. No protesto, os manifestantes utilizaram grandes caixas para simbolizar o ouro garimpado e jogaram lama e tinta vermelha na calçada do prédio, para representar a destruição e a morte causadas pelos garimpos.

Eles defendem a demarcação de territórios e protestam contra a chamada “agenda anti-indígena”, composta pelo julgamento do Marco Temporal no Supremo Tribunal Federal (STF) e por projetos de lei que liberam a exploração de terras, o licenciamento ambiental e o uso desacelerado de agrotóxicos.

Foram exibidas, ao longo da caminhada, bandeiras do Brasil, manchadas com tinta vermelha para representar a morte dos povos indígenas e o retrocesso nas políticas ligadas ao meio ambiente. Nos vidros, o grupo escreveu, com argila, frases contrárias ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).


Protestos escritos, com lama, nos vidros do Ministério de Minas e Energia, em Brasília (Foto: Sérgio Lima)


A manifestação reivindica o PL 191/2020, em tramitação na Câmara dos Deputados, que se aprovado permitirá a mineração e a construção de hidrelétricas nas terras indígenas.

De acordo com a Abib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), a aprovação do projeto poderá aumentar o desmatamento, invasões nos territórios e a violência contra esses povos.

A manifestação faz parte da programação do ATL (Acampamento Terra Livre) em Brasília até o dia 14 de abril, com o tema “Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política”.

 

Acampamento Terra Livre

O encontro é considerado o maior do país e ocorre no mesmo período em que o Congresso Nacional deve votar textos como o do Projeto de Lei 191/2020, que autoriza a mineração em terras indígenas. No começo de março, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência para votação do PL.

Além de regras para a mineração, o texto estabelece normas para a exploração de hidrocarbonetos, como petróleo, e a geração de energia elétrica nestes territórios. O projeto está entre os alvos do Ato pela Terra, manifestação de artistas liderada pelo cantor e compositor Caetano Veloso, em Brasília, em março passado, e que denunciou o “pacote de destruição ambiental proposto pelo governo do presidente Jair Bolsonaro” (PL).

 

Foto Destaque: Manifestantes empilham caixas que simbolizam o ouro garimpado (Foto: Reprodução/G1)

ONU: 2025 é o limite para sustar alta de emissões e evitar catástrofe climática

Nesta segunda-feira (04), foi divulgado um novo relatório do Painel Intergovernamental sobre o Clima (IPCC), das Nações Unidas. Ele mostra que o ano de 2025 é o limite para que a média anual global das emissões de gases do efeito estufa atinja seu ponto de inflexão e passe a cair. Segundo os cientistas do grupo, medidas como incentivar energias renováveis, novas tecnologias e preservar florestas para retirar da atmosfera o carbono resultante da queima de combustíveis fósseis serão cruciais.

O documento aponta também, no entanto, que é possível passarmos raspando pelos desafios de manter o planeta mais seguro para a vida humana. Apesar dos recordes de emissões da década passada, o ritmo de crescimento foi mais baixo em relação às décadas anteriores. E, segundo o relatório do IPCC, há evidências crescentes de ações climáticas que já surtem efeitos positivos.

Entre 2010 e 2019, essa média anual de emissões atingiu seus níveis mais altos da história. Manter a mesma rota coloca a meta de limitar o aumento de temperatura a 1,5ºC fora de alcance. Ficar dentro da meta significa que nos próximos três anos as emissões precisam passar a cair de forma sustentada e chegar a 2030 com uma redução de 43% em relação a 2019.


Fábricas soltando fumaças poluentes no ar (Foto: Pexels/Pixabay)


Mesmo se a meta considerada for limitar o aumento a 2ºC, 2025 continua sendo a data-limite, com redução de um quarto do volume de emissões ante os patamares de 2019.

Ao mesmo tempo, as emissões de metano também precisam ser reduzidas em cerca de um terço. Ainda que essa receita seja seguida, é quase certo, diz o IPCC, que esse limite de temperatura (1,5ºC) será ultrapassado temporariamente, retornando a nível mais baixo até o final do século.

O documento diz que, para limitar o aquecimento global, será necessário enfrentar uma grande transição no setor de energia, deixando para trás o consumo de combustíveis fósseis, aumento da eletrificação das frotas e desenvolvimento e melhoria da eficiência energética de combustíveis alternativos, como o hidrogênio.

 

Foto Destaque: Pexels/Pixabay 

Rock in Rio 2022: venda de ingressos começa nesta terça-feira

A venda de ingressos para o Rock in Rio 2022 começa na noite desta terça-feira (5), às 19h. Já que clientes Itaú e do Rock in Rio Club puderam comprar os ingressos em uma pré-venda especial. Para o festival, que ocorrerá nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro, no Parque Olímpico, zona oeste do Rio, os bilhetes serão vendidos a R$ 312,50 (meia-entrada) e a R$ 625 (inteira).

O Rock in Rio Card poderá ser adquirido no site oficial do evento https://rockinrio.ingresso.com, e dividido em até 6 vezes no cartão de crédito.

Entre as atrações confirmadas, estão nomes consagrados da música, como Iron Maiden, Justin Bieber, Coldplay, Guns N’Roses, Gilberto Gil, Avril Lavigne, Post Malone, Green Day e Dua Lipa. A 9ª edição do Rock in Rio, cancelada por conta da pandemia, no ano passado, foi adiada para setembro deste ano.

Para a compra da entrada é preciso se programar: em setembro do ano passado, a organização do Rock in Rio vendeu 200 mil ingressos antecipados em tempo recorde, 1h28.


Vídeo de divulgação do Rock In Rio 2022 (Reprodução/YouTube)


Confira as atrações do Rock in Rio 2022

2 de setembro: 

– Palco Mundo: Iron Maiden, Megadeth, Dream Theater e Sepultura

– Palco Sunset: Living Colour + Steve Vai, Bullet For My Valentine, Metal Allegiance, Black Pantera + Devotos

 

3 de setembro:

– Palco Mundo: Post Malone, Jason Derulo, Marshmello e Alok

– Palco Sunset: Racionais MC’s, Criolo + Mayra Andrade, Xamã + Brô MC’s, Papatinho e L7nnon + MC Hariel e MC Carol

– Palco Supernova: Teto

 

4 de setembro:

– Palco Mundo: Justin Bieber, Demi Lovato, Iza e Migos

– Palco Sunset: Gilberto Gil com família, Luísa Sonza com Marina Sena, Emicida e Matuê

– Palco Supernova: Lil Whind (Whindersson Nunes)

 

8 de setembro:

– Palco Mundo: Guns N’ Roses, Måneskin, Offspring e CPM 22

– Palco Sunset: Jessie J, Corinne Bailey Rae, Gloria Groove e Duda Beat

– Palco Supernova: Francisco, el Hombre

 

9 de setembro:

– Palco Mundo: Green Day, Fall Out Boy, Billy Idol e Capital Inicial

– Palco Sunset: Avril Lavigne, 1985: A homenagem, Jão + convidado, Di Ferrero + Vitor Kley

 

10 de setembro:

– Palco Mundo: Coldplay, Camila Cabello, Bastille e Djavan

– Palco Sunset: CeeLo Green, Maria Rita + convidado, Gilsons + convidado, Bala Desejo + convidado

 

11 de setembro:

– Palco Mundo: Dua Lipa, Megan Thee Stallion, Rita Ora e Ivete Sangalo

– Palco Sunset: Ludmilla, Macy Gray. homenagem a Elza Soares, Liniker + Luedji Luna

– Palco Supernova: Priscilla Alcântara

Foto Destaque: Divulgação/Rock in Rio

UNESCO afirma que invasão Russa na Ucrânia destruiu 53 sítios culturais

Nesta sexta-feira (01) A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) informou que pelo menos 53 sítios culturais e monumentos da Ucrânia ficaram danificados em consequência da invasão militar russa no país, que teve seu início em 24 de fevereiro. 

“As autoridades ucranianas apontaram os fatos, que, em seguida, foram verificados por nossas imagens de satélite e pelos nossos agentes no local”, disse o porta-voz da organização.

Esses 53 sítios incluem  29 lugares de caráter religioso, 16 edifícios históricos, quatro museus e quatro monumentos. 
“Nossos especialistas continuam registrando um certo número de indicações”, acrescentou o porta-voz. 

O maior número de locais danificados fica em Kharkiv. O Teatro Acadêmico Nacional de Ópera e Ballet de Kharkiv, o Museu de Arte de Kharkiv e o Memorial do Holocausto Drobytskyi Yar encontra-se entre os 18 edifícios culturais atingidos. 


Membro das forças ucranianas checa a artilharia em sua base em Kiev (Foto: Gleb Garanich/Reuters)


Em Mariupol, foi registrado um bombardeamento ao Drama Theatre, numa altura em que albergava centenas de pessoas. Já em Chernihiv, registam-se danos na Igreja de Santa Catarina, construída no século XVIII. Segundo a agência France-Presse, a UNESCO ainda não tem informações sobre o nível de destruição em Mariupol e Kherson, que estão sendo ocupadas pelas forças russas.

No mês passado, a organização disse que reforçou medidas de proteção para o patrimônio cultural ameaçado, como o uso de um emblema “Escudo Azul” para marcar seus locais e monumentos culturais.

“Estamos muito preocupados com a situação tanto no nível humanitário quanto do patrimônio (cultural). O patrimônio da humanidade está em perigo (na Ucrânia)”, disse Ernesto Ottone, diretor-geral assistente de cultura da Unesco, em entrevista coletiva.

A Rússia assinou, em 1954, na convenção das Nações Unidas, um acordo sobre protecção de bens culturais em caso de conflito armado. Numa carta enviada em Março ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, a directora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, lembrou que “qualquer violação dessas normas implicará uma responsabilização internacional de seus autores”.

 

Foto Destaque: Voluntários cobrem estátua de Santo André em Kiev com sacos de areia para proteger o monumento de ataques russo (Foto: Vladyslav Musiienko/Reuters)

Bolsonaro demite presidente da Petrobras; economista Adriano Pires assume o cargo

Nesta segunda-feira (28), o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), decide demitir o então presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, em meio às pressões por conta do grande aumento do preço dos combustíveis e depois de diversas críticas feitas pelo governo e pelo Congresso à estatal.

A troca de comando foi confirmada no início da noite pelo Ministério de Minas e Energia. O economista Adriano Pires, especialista do setor de óleo de gás e com interlocução com políticos em Brasília, irá assumir o cargo, também confirmou o MME.

No domingo (27/03), o GLOBO mostrou que o centrão (grupo de partidos que apoia o presidente Bolsonaro) já mirava cargos no Ministério da Educação e na Petrobras.

Silva e Luna foi avisado que seria demitido nesta segunda. Para isso, o governo encaminhará à Petrobras uma lista de nomes que podem fazer parte do Conselho de Administração da Petrobras. Dessa lista não constará o nome de Silva e Luna.


Presidente Jair Bolsonaro cumprimenta Joaquim Silva e Luna (Foto: Alan Santos/Presidência da República)


Os acionistas da Petrobras se reúnem no próximo dia 13 para confirmar os novos nomes ao Conselho, incluindo o seu novo presidente, Rodolfo Landim (presidente do Flamengo). Até essa data, ele continua no cargo. A União tem a maioria das ações com direito a voto na Petrobras.

“O Ministério de Minas e Energia participa que consolidou a relação de indicados do Acionista Controlador para compor o Conselho de Administração da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, a ter efeito a partir da confirmação pela Assembleia Geral Ordinária, que ocorrerá em 13 de abril de 2022. A relação apresenta o Sr. Rodolfo Landim para o exercício da Presidência do Conselho de Administração e o Sr. Adriano Pires para o exercício da Presidência da Empresa. O Governo renova o seu compromisso de respeito a sólida governança da Petrobras, mantendo a observância dos preceitos normativos e legais que regem a Empresa”, diz a nota do MME.

A nota do ministério não fala da saída de Silva e Luna e lista os demais conselheiros da Petrobras.

Desde 2015, a Petrobras registra forte participação de acionistas minoritários na Assembleia e o conselho atual, com 11 membros, possui três representantes indicados por investidores de mercado.

 

Foto Destaque: Adriano Pires será o novo presidente da Petrobras (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Aquecimento Global: animação da Nasa mostra aumento da temperatura nos últimos séculos

A Nasa divulgou, nessa semana, uma animação que mostra em imagens, as consequências da crise climática que estamos enfrentando: o nosso planeta está ficando cada vez mais quente, e se não tomarmos uma atitude drástica, a situação será irreversível.

A animação foi inspirada na espiral climática produzida pelo cientista climático Ed Hawkins, da Universidade de Reading, conhecido por elaborar gráficos que ilustram o cenário alarmante. Ela mostra as anomalias mensais da temperatura global entre os anos 1880 e 2021, em uma visualização de linhas circulares ao redor de três círculos que indicam o aumento ou a diminuição de 1ºC. A visualização é baseada no índice GISS Surface Temperature Analysis (GISTEMP v4), que compila dados de temperatura da superfície global. Ela foi usada durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas no Rio de Janeiro, em 2016.

A ciência indica que o limite mais seguro para o aquecimento global, dentro daquilo que ainda é possível fazer para limitá-lo, é de 1.5ºC até o final deste século. Já passamos de 1ºC e as consequências são eventos climáticos extremos mais fortes e mais frequentes, como as chuvas em Petrópolis, que provocaram centenas de mortes, os furacões devastadores na América Central, ou secas dramáticas em países muito pobres do chifre da África, só para citar alguns exemplos“, diz Carlos Ritll, ambientalista e especialista em políticas públicas da Rainforest Foundation da Noruega.

Ritll acredita que a espiral ajuda a mostrar que, o planeta está muito próximo de ultrapassar um limite que deveria ser atingido só daqui a quase 80 anos, e, que é preciso ter urgência para reverter esse quadro.

Conforme os meses passam no calendário circular, uma linha giratória de dados de temperatura global da superfície é acrescentada. Nos primeiros anos, a espiral avança de maneira tímida, mas em meados do século XIX ela parece um tornado. 


Espiral com dados de temperatura global (Imagem: Reprodução/NASA SVS)


Já na virada do século, a espiral avança a uma velocidade assustadora, especialmente entre os anos 2016 e 2021, onde a linha ultrapassa diversas vezes a fronteira amarela que indica um grau de aquecimento da temperatura média global.

 

Foto Destaque: Frame da animação para o ano de 2021. (Foto: NASA’s Scientific Visualization Studio)