Trump proíbe transições de gênero para menores de idade

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (28), uma ordem executiva que impede o financiamento de tratamentos médicos voltados para a transição de gênero em menores de 19 anos. A medida proíbe que hospitais, seguradoras e instituições médicas que recebem verbas públicas realizem procedimentos como terapias hormonais, bloqueadores de puberdade e cirurgias de redesignação sexual em crianças e adolescentes.

Segundo o decreto, “É política dos Estados Unidos não financiar, patrocinar, promover, auxiliar ou apoiar a chamada ‘transição’ de uma criança de um sexo para outro, e aplicará rigorosamente todas as leis que proíbem ou limitam esses procedimentos destrutivos e que alteram a vida”. O presidente ainda classificou essa prática como “mancha” na história dos EUA.


Presidente Donald Trump (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


Restrição cumpre promessa de campanha

A decisão atende a uma das principais promessas da campanha republicana e reforça a postura conservadora de Trump em relação às questões de identidade de gênero. Em sua declaração oficial, o presidente enfatizou que seu governo aplicará rigorosamente todas as leis que proíbem ou limitam esses procedimentos médicos. Além disso, ordenou que o Secretário de Saúde e Serviços Humanos (HHS) revise a literatura científica sobre o tema para definir “melhores práticas” para tratar crianças com disforia de gênero.

A ordem também revoga políticas anteriores que seguiam diretrizes da World Professional Association for Transgender Health (WPATH), entidade reconhecida internacionalmente como referência no cuidado com pessoas transgêneros. O governo Trump, no entanto, alegou que essas diretrizes não possuem “credibilidade científica”.

Impacto na comunidade trans

A medida gerou forte reação de grupos de defesa dos direitos LGBTQIA+, que acusam o governo de comprometer o acesso à saúde para jovens transgêneros. A American Academy of Pediatrics e outras associações médicas afirmam que os cuidados de afirmação de gênero são baseados em evidências científicas e podem salvar vidas, especialmente devido às altas taxas de depressão e suicídio entre jovens trans.

Essa não é a primeira ação do governo Trump que impacta diretamente a população trans. Nos primeiros dias de sua administração, ele já havia proibido mulheres trans de serem colocadas em prisões femininas. Além disso, na segunda-feira (27), assinou uma ordem executiva que impede militares transgênero de servirem nas Forças Armadas.

O que esperar nos próximos passos?

A decisão deve enfrentar desafios legais, já que diversos estados americanos possuem legislações próprias que garantem assistência médica a pessoas trans, incluindo menores de idade. A oposição democrata e grupos de direitos civis prometem contestar a ordem nos tribunais, alegando que ela viola direitos constitucionais.

Enquanto isso, a Casa Branca mantém sua posição de que a proibição é necessária para “proteger crianças” e reafirma sua intenção de reverter avanços conquistados pela comunidade trans durante as administrações anteriores. A expectativa agora é acompanhar os desdobramentos judiciais e políticos dessa nova diretriz do governo Trump.

Peter Copping estreia na Lanvin com uma homenagem ao passado

A estreia de Peter Copping na Lanvin trouxe frescor e esperança à grife mais antiga da França, que busca revitalizar sua relevância no cenário global da moda. O desfile, realizado na véspera da Semana de Alta-Costura de Paris, apresentou a coleção outono-inverno 2025/2026 e marcou um momento significativo para a marca, que enfrentava dificuldades desde a saída de Alber Elbaz em 2015.


Lanvin Fall/Winter 2025-2026 Paris Men Fashion Week (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


Homenagem ao legado de Jeanne Lanvin

Copping, com uma carreira sólida que inclui passagens pela Nina Ricci, Oscar de la Renta e Balenciaga, mergulhou no rico legado de Jeanne Lanvin para criar sua coleção de estreia. Ele reinterpretou a essência da fundadora da grife, conhecida por suas silhuetas fluidas e feminilidade empoderada nas décadas de 1920 e 1930, e a combinou com propostas modernas e sofisticadas.

As referências históricas eram evidentes nas peças desfiladas: vestidos de veludo bordado, cetim torcido e plissados cuidadosamente posicionados evocaram o glamour da era de ouro da Lanvin. Elementos icônicos, como lapelas marcantes e o azul característico da marca, foram trabalhados para equilibrar tradição e inovação.


Lanvin Fall/Winter 2025-2026 Paris Men Fashion Week (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


Elegância atemporal e modernidade refinada

A coleção explorou uma paleta de tons neutros, como preto, marinho e terrosos, com brilhos pontuais e transparências sutis. Destaques incluem vestidos glamorosos para o tapete vermelho, casacos estruturados e peças que transitam entre o casual e o sofisticado. Entre as novidades, Copping apresentou roupas masculinas, uma área que ainda precisa de desenvolvimento, mas que sinaliza ambições para expandir a identidade da grife.

No segmento feminino, vestidos de festa drapeados e malhas de lantejoulas destacaram a habilidade do designer em criar peças que são, ao mesmo tempo, usáveis e impactantes. “Essa coleção é profundamente pessoal, uma homenagem ao mundo de Jeanne Lanvin e seu senso íntimo de estilo. Procurei projetar a essência de seu guarda-roupa enquanto o imaginava em um elenco de personagens modernos”, escreveu Copping em uma carta entregue aos convidados.


Lanvin Fall/Winter 2025-2026 Paris Men Fashion Week (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


Desafios e oportunidades à Frente

Apesar de não ser um desfile revolucionário, a estreia de Copping foi promissora. Ele demonstrou habilidade em combinar herança e modernidade, oferecendo uma visão contemporânea que pode reposicionar a Lanvin no topo da moda de luxo. A tarefa não é simples: a marca enfrentou uma queda de 7% no volume de negócios em 2023, mas a chegada de Copping sinaliza um novo começo.

Carta de amor à Lanvin

A coleção de Copping é uma ode à exuberância de se vestir e à criatividade sem esforço, algo que Jeanne Lanvin encarnava em sua época. O desfile não foi apenas uma exibição de roupas, mas um manifesto sobre o poder da moda em conectar o passado e o futuro. Para a Lanvin, esta estreia pode muito bem ser o primeiro passo para uma era de renovação e relevância duradoura.

Schiaparelli abre a Semana de Alta- Costura 2025 

A Semana de Alta-Costura de Paris começou em grande estilo nesta segunda-feira (27), com Schiaparelli, sob a direção criativa de Daniel Roseberry, abrindo os desfiles da temporada de primavera/verão 2025.

A coleção, intitulada “Icarus”, trouxe para a passarela uma celebração das décadas de 20 a 50, combinada com o glamour e a ousadia característicos da maison.


Schiaparelli Alta-costura Verão 2025 (Foto: reprodução/Vogue Runway)

Uma declaração à Alta-Costura

Daniel Roseberry aproveitou o desfile para questionar os padrões estéticos contemporâneos. “Estou tão cansado de todo mundo igualar constantemente a modernidade com simplicidade. O novo também não pode ser barroco, ser extravagante?”, escreveu no release do evento. Suas peças demonstraram que a moda pode ser elaborada, imaginativa e grandiosa sem perder relevância no cenário atual.

Essa visão levou à criação de silhuetas que dialogam com o legado de Elsa Schiaparelli e reafirmam a maison como um ícone de inovação e fantasia. O estilista também destacou o peso de sua responsabilidade em liderar a casa de alta-costura: 

“Eu nunca me esqueço que eu tenho que comandar o que é talvez a última grande maison a ter sido ressuscitada. É minha alegria, mas também é minha responsabilidade continuar melhorando o trabalho. A alta-costura aspira a atingir grandes alturas; ela promete escapar da nossa realidade complicada. Ela também nos lembra que a perfeição tem um preço”



Referências históricas e a coleção “Icarus”

A coleção trouxe elementos do movimento art déco dos anos 1920, o glamour dos anos 1930 e as saias estruturadas dos anos 1950. Cada peça refletia o compromisso de Roseberry em honrar o passado enquanto impulsionava Schiaparelli em direção ao futuro.

O nome da coleção, “Icarus”, faz referência ao personagem da mitologia grega, simbolizando ambição e desejo de alcançar novas alturas (Plumas, pedras, pérolas e bordados em corsets, saias, vestidos e casacos estruturados de seda, veludo e couro).


A modelo brasileira Luiza Perote para Schiaparelli (Foto: reprodução/Vogue Runway)

Kendall Jenner na passarela

Kendall Jenner foi um dos destaques do desfile, desfilando criações esculturais que mesclam rigor e fantasia. Daniel Roseberry, estilista da grife, explorou volumetrias ousadas, detalhes decorativos e materiais luxuosos, como seda, veludo e couro. Plumas banhadas em glicerina, pedras preciosas, pérolas e bordados complementam as peças, trazendo um toque de extravagância que marcou a essência da coleção.


Schiaparelli Alta-costura Verão 2025 (Foto: reprodução/Vogue Runway)

A paleta de cores foi dominada por tons de bege, creme, dourado e preto, conferindo sofisticação às criações. Ao som de “Father Figure”, de George Michael, a passarela refletiu um mergulho profundo na imaginação de Roseberry, que desafiou os limites entre modernidade e tradição.

Temporada promissora

Com um desfile de tirar o fôlego, a Schiaparelli abriu a temporada de alta-costura com maestria, marcando o início de uma semana que promete destacar o melhor da moda global. As criações de Roseberry reafirmaram a importância da alta-costura como uma forma de arte, capaz de inspirar e emocionar ao mesmo tempo.

Trump abre possibilidade de compra do TikTok

O destino do TikTok nos Estados Unidos tornou-se uma questão central nas tensões entre Washington e Pequim. Recentemente, o recém eleito presidente Donald Trump sinalizou estar aberto a um acordo que envolveria Elon Musk, CEO da Tesla, ou Larry Ellison, fundador da Oracle, como possíveis compradores do aplicativo de compartilhamento de vídeos. A proposta inclui ainda a participação do governo americano como sócio na operação.

A proposta de Trump

Durante um evento na Casa Branca, Trump sugeriu que metade do valor da empresa poderia ser destinada aos Estados Unidos como parte de um acordo que garantiria a licença para o funcionamento do TikTok no país.

Apesar da abertura ao diálogo, a ByteDance, empresa controladora do TikTok, permanece relutante em vender a plataforma. A companhia enfrenta pressão para cumprir uma lei que exige desinvestimento nos Estados Unidos devido a preocupações de segurança nacional. Pequim, por sua vez, vê espaço para negociação, mas é improvável aceitar um acordo politicamente motivado.


Donald Trump (Foto: reprodução/Pool/Getty Images Embed)


Possíveis compradores

Entre os interessados na compra do TikTok estão figuras de destaque no mundo dos negócios. Além de Musk e Ellison, nomes como o empresário Frank McCourt e o investidor Kevin O’Leary já demonstraram interesse. McCourt, ex-dono do Los Angeles Dodgers, sugeriu adquirir o aplicativo sem seu mecanismo de recomendação, enquanto O’Leary afirmou que poderia fechar o negócio rapidamente, avaliando a operação em cerca de US$ 20 bilhões.

Outro grupo interessado inclui o criador de conteúdo MrBeast, que se uniu ao empresário Jesse Tinsley para fazer uma proposta pela plataforma. No entanto, questões como o acesso ao algoritmo do TikTok e preocupações antitruste podem complicar as negociações.

Tensões com a China

A principal resistência à venda está na relação entre a ByteDance e o governo chinês. O Partido Comunista Chinês possui leis que permitem acesso a dados das empresas nacionais, gerando receios de espionagem. Embora a ByteDance negue que dados de usuários americanos sejam compartilhados com autoridades chinesas, a Suprema Corte dos EUA manteve recentemente a lei que exige a venda ou o banimento da plataforma.

Próximos passos

Com a ordem executiva de Trump estendendo o prazo para um possível acordo por mais 75 dias, o TikTok segue temporariamente disponível nos Estados Unidos. Analistas avaliam que, com permissão para operar, a empresa poderia alcançar um valor de mercado de até US$ 1 trilhão.

Enquanto isso, o TikTok enfrenta um futuro incerto, dependendo de como as negociações entre governo americano, potenciais compradores e a ByteDance se desenrolarão. Para os milhões de usuários da plataforma, o desfecho dessa disputa pode redefinir o panorama das redes sociais nos Estados Unidos.

Justiça do RS autoriza Nego Di a residir em Santa Catarina

A Justiça do Rio Grande do Sul autorizou Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, a transferir sua residência para Santa Catarina. Réu em um processo por estelionato e lavagem de dinheiro, o humorista e ex-BBB foi preso em julho de 2024 em Florianópolis e está em liberdade provisória desde novembro do mesmo ano. A decisão de permitir sua mudança foi tomada em dezembro de 2024 e acompanhou parecer favorável do Ministério Público gaúcho.

Mudança autorizada pela justiça

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), Nego Di solicitou autorização para residir em Santa Catarina, onde já havia se estabelecido antes de sua prisão. A decisão foi condicionada ao cumprimento de medidas cautelares, como a proibição de deixar o estado sem autorização judicial, entrega de seu passaporte e restrição ao uso de redes sociais.


humorista e ex-BBB foi preso em julho de 2024 em Florianópolis (Foto: reprodução/João Cotta/ TV Globo)

Acusação de estelionato

Nego Di é acusado de participar de um esquema que teria causado um prejuízo de R$ 5 milhões a cerca de 370 consumidores. As vítimas compraram produtos através de sua loja virtual, “Tadizuera”, mas não receberam as mercadorias. Entre os itens comercializados estavam eletrônicos, como televisores e celulares, vendidos a preços abaixo do mercado.

Prisão em Florianópolis

O humorista foi preso em Jurerê, uma área nobre de Florianópolis, durante uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Além das denúncias de estelionato, a investigação apurou suspeitas de lavagem de dinheiro envolvendo rifas virtuais promovidas por Nego Di. Sua esposa, Gabriela Sousa, também foi presa na ocasião por posse de armamento restrito, sendo liberada após pagar fiança.

Liberdade provisória e medidas cautelares

Após 130 dias detido na Penitenciária Estadual de Canoas, Nego Di obteve liberdade provisória concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão garantiu ao humorista o direito de responder ao processo em liberdade, desde que seguisse as condições impostas. Durante o depoimento, ele atribuiu a responsabilidade dos crimes ao seu sócio, Anderson Boneti, que permanece preso.

Repercussão do caso

O caso ganhou ampla repercussão nas redes sociais e na imprensa, especialmente após a divulgação de vídeos nos quais Nego Di ironizava as denúncias e sua condição financeira. Em depoimentos, algumas vítimas relataram perdas financeiras expressivas, enquanto o humorista afirmou desejar resolver a situação e ressarcir os prejudicados.

Com o processo ainda em andamento, Nego Di segue em Santa Catarina, sob o olhar atento da Justiça, enquanto tenta restabelecer sua vida pessoal e profissional.

Emporio Armani apresenta sedução e sofisticação para o inverno

Emporio Armani mais uma vez conquistou os holofotes da moda com sua coleção de inverno 2025/2026, apresentada na Milan Fashion Week. A proposta de Giorgio Armani para esta temporada é uma ode à sofisticação e à versatilidade, misturando elementos clássicos com toques modernos que exploram o charme masculino em diferentes nuances.

Alfaiataria relaxada

Com sua alfaiataria reconhecida mundialmente, Armani trouxe uma abordagem mais descontraída e acessível ao conceito de elegância. Os ternos de veludo, com acabamento metálico e cortes que equilibram partes ajustadas e calças de caimento solto, são o destaque. Essa combinação harmoniosa reflete a transição entre o formal e o casual, redefinindo o traje masculino para um público contemporâneo.


Emporio Armani Milan Fashion Week Men Collection Fall Winter 2025 (Foto: reprodução/Vogue Runway)

A coleção explorou uma paleta rica e sedutora que vai do conhaque ao tabaco, complementada por clássicos como azul-marinho, cinza e preto. Além disso, o uso de texturas marcantes, como veludo cristal, malhas de lurex e couro envelhecido, enriqueceu ainda mais as peças, criando um efeito visual que reflete o luxo e a inovação.

O militarismo e o animal print

Inspirado no universo militar e nas tendências de safári, Armani trouxe casacos com maxi-bolsos, ajustes utilitários e estampas de animal print. Os motivos de onça e leopardo, populares no resort 2025, continuam em destaque, agora adaptados para o inverno com um toque sofisticado. Essa releitura confere uma pegada ousada às peças, sem perder o caráter refinado da grife.


Emporio Armani Milan Fashion Week Men Collection Fall Winter 2025 (Foto: reprodução/Vogue Runway)

Referências culturais e a elegância atemporal

A influência das culturas asiáticas também marcou presença na coleção, especialmente em jaquetas com bordados florais e estampas que remetem ao estilo chinoiserie. Esses detalhes, somados às boinas, gorros e chapéus de diversas formas, criaram uma narrativa multicultural que dialoga com a identidade global da marca.


Emporio Armani Milan Fashion Week Men Collection Fall Winter 2025 (Foto: reprodução/Vogue Runway)

No encerramento do desfile, Giorgio Armani reafirmou sua genialidade ao combinar inovação e tradição em um desfile que foi uma verdadeira celebração da moda masculina. A coleção inverno 2025/2026 da Emporio Armani não apenas reforça o DNA da marca, mas também redefine a arte da sedução, mostrando que a elegância é, acima de tudo, atemporal.

Confira como as primeiras damas representam a moda e a política

A moda é mais do que uma expressão estética; ela é uma ferramenta poderosa de comunicação, especialmente para as primeiras-damas, figuras que ocupam uma posição estratégica no cenário político global. Desde Jackie Kennedy até Melania Trump, o que essas mulheres vestem vai muito além do estilo: traduz valores, mensagens políticas e, muitas vezes, reflete o contexto histórico e cultural de suas épocas.

Moda como ferramenta de comunicação política

O vestuário das primeiras-damas carrega significados intrínsecos que transcendem as tendências. Suas escolhas são minuciosamente estudadas, desde as cores até as silhuetas, para transmitir mensagens de autoridade, acessibilidade ou tradição. Em momentos de crise, roupas austeras são escolhidas; em celebrações nacionais, tons patrióticos predominam.

Jackie Kennedy tornou-se um ícone ao usar peças modernas para sua época, transmitindo otimismo e esperança durante o mandato de John F. Kennedy. Michelle Obama, por outro lado, equilibrou o uso de marcas acessíveis e estilistas emergentes, reforçando a inclusão e a diversidade como pilares de sua passagem pela Casa Branca.

Jackie Kennedy

Os tailleurs impecáveis de Jackie Kennedy e seus óculos oversized simbolizavam um novo padrão de elegância, conectando tradição e modernidade. Cada peça usada por Jackie era cuidadosamente planejada para refletir otimismo em tempos desafiadores, consolidando seu lugar como um ícone de estilo e influência.


Jeckie Kennedy ao lado do falecido presidente John F. Kennedy (Foto: reprodução/Bettmann/Getty Images Embed)


Michelle Obama

Michelle Obama utilizou a moda para destacar jovens talentos e promover marcas acessíveis. Seu impacto não foi apenas político, mas também econômico, gerando milhões de dólares em visibilidade para os estilistas que eram escolhidos. Essa abordagem a tornou uma figura próxima e admirada por diferentes públicos.


Michelle Obama e Barack Obama (Foto: reprodução/Taylor Hill/Getty Images Embed)


Melania Trump

Por outro lado, Melania Trump usou a moda de maneira mais distante. Durante seu primeiro mandato como primeira-dama, optou por estilistas europeus e peças de luxo, muitas vezes vistas como desconectadas do público. Contudo, em 2025, suas escolhas refletem uma mensagem mais austera e alinhada ao discurso conservador de seu marido, Donald Trump. 


Melania Trump durante cerimônia de posse do presidente Donald Trump (Foto: reprodução/Scott Olson/Getty Images Embed)


A primeira-dama surgiu usando um conjunto de saia, blusa e casaco sob medida em azul-marinho e marfim, complementado por um chapéu, assinado pelo designer Adam Lippes. Vale destacar a concordância com o discurso do marido na escolha do designer nova-iorquino, quando falamos sobre o crescimento da indústria local. O traje militar que usou na posse de Trump foi interpretado como um símbolo de tempos difíceis e de submissão à agenda política.

A diplomacia no guarda-roupa

Visitas internacionais demandam atenção especial ao vestuário, que deve respeitar a cultura e as tradições locais. Desde Jill Biden, que homenageou a França usando um vestido da maison Schiaparelli, até Michelle Bolsonaro, que optou por peças clássicas e conservadoras, a moda diplomática é cuidadosamente planejada.

Valorização da cultura nacional

No Brasil, primeiras-damas como Janja Lula da Silva priorizam estilistas nacionais, exaltando a cultura e a produção local. Essa escolha reforça a identidade nacional e destaca a importância de valorizar o trabalho doméstico em uma plataforma global.


Janja durante posse do presidente Lula (Foto: reprodução/Evaristo Sa/Getty Images Embed)


A moda, para além de uma simples escolha estética, é um poderoso instrumento político e diplomático. Das mensagens sutis de Jackie Kennedy à ousadia de Michelle Obama e à postura enigmática de Melania Trump, o estilo das primeiras-damas continua a desempenhar um papel crucial na comunicação de valores e narrativas, moldando percepções e inspirando gerações.

Prada apresenta o country desconstruído em seu inverno 2025

No último domingo (19), a Prada apresentou sua coleção masculina de inverno 2025 durante a Semana de Moda de Milão, trazendo uma proposta que alia nostalgia, exuberância e um olhar para o futuro. Sob a direção criativa de Miuccia Prada e Raf Simons, a marca entregou uma coleção que dialoga com os instintos humanos, explorando a proteção, desejo e memória em cada peça.

O cenário, projetado pela premiada diretora de arte Catherine Martin, criou uma atmosfera intimista e labiríntica. Andaimes metálicos, carpete azul com estampas art nouveau e uma iluminação em tons de vermelho e azul simulavam a energia das boates – espaços de troca e expressão emocional.


Prada Fall/Winter 2025-2026 Milan Men Fashion Week (Foto: reprodução/Victor Vigile/Getty Images Embed)


Homem Prada: entre o nostálgico e o futurista

A coleção revelou um homem introspectivo, mas repleto de desejos e vontade de se expressar. Ele veste baby tees florais combinadas com jeans de cintura baixa, camisas desabotoadas, coletes de pele falsa e calças encurtadas que deixam as canelas à mostra. Elementos do universo cowboy, como botas pontudas e estampas florais 70s, são reinterpretados com uma pegada urbana e descolada.

Mesmo com a mistura de referências, a alfaiataria permanece como um pilar da coleção, incorporando cortes tradicionais e detalhes inesperados, como lapelas arredondadas e broches florais. Há também espaço para peças mais pesadas, como jaquetas puffer extravagantes, doudounes envernizados e pijamas de seda.


Prada Fall/Winter 2025-2026 Milan Men Fashion Week (Foto: reprodução/Victor Vigile/Getty Images Embed)


Diálogo criativo sem limites

Segundo Raf Simons, o processo criativo por trás da coleção foi uma troca inconsciente de ideias, resultando em peças que evocam emoções e memórias. A aparência envelhecida de algumas roupas reflete o apreço por histórias vividas, enquanto as combinações inesperadas de tecidos e modelagens trazem frescor e inovação.

Miuccia Prada destacou que a coleção é um convite à interpretação pessoal, permitindo que cada espectador projete suas próprias emoções e instintos nas peças. Esse caráter misterioso reforça a proposta de uma moda conectada com o humano e suas complexidades.


Prada Fall/Winter 2025-2026 Milan Men Fashion Week (Foto: reprodução/Victor Vigile/Getty Images Embed)


Futuro com um toque de passado

A coleção masculina de inverno 2025 da Prada é um exemplo de como a moda pode ser tanto um reflexo quanto uma provocação ao que significa ser humano. Combinando o ontem, o hoje e o amanhã, Miuccia Prada e Raf Simons entregaram uma narrativa poderosa que transcende tendências e celebra a individualidade em todas as suas formas.

Lewis Hamilton celebra primeiro dia na Ferrari com estilo e emoção

O início de 2025 trouxe uma grande mudança para o universo da Fórmula 1: Lewis Hamilton, heptacampeão mundial, deu início ao seu capítulo mais aguardado, tornando-se oficialmente piloto da Ferrari. O britânico, que passou 12 temporadas na Mercedes, viveu seu primeiro dia na sede da escuderia italiana, em Maranello, um momento que descreveu como “a realização de um sonho”. O piloto comemorou nas redes sociais: 

“Há alguns dias que você sabe que vai lembrar para sempre e hoje, meu primeiro como piloto da Ferrari, é um desses dias. Tive a sorte de ter alcançado coisas na minha carreira que nunca pensei serem possíveis, mas parte de mim sempre se agarrou ao sonho de correr de vermelho. Eu não poderia estar mais feliz por realizar esse sonho hoje.”

Elegância e sofisticação no anúncio 

Lewis Hamilton, além de seu legado nas pistas, também se destaca como um ícone da moda, utilizando roupas como uma extensão de sua identidade e criatividade. Frequentador assíduo de eventos de alta-costura, o heptacampeão mundial é conhecido por suas escolhas ousadas e colaborações com marcas renomadas, como a Dior Homme, da qual é embaixador e criador de uma coleção cápsula. Para Hamilton, a moda vai além do estilo, funcionando como uma forma de expressão pessoal que reflete sua personalidade autêntica e visão inovadora. 

Durante o anúncio, o piloto escolheu look clássico, composto por um terno risca de giz e um sobretudo, ambos na cor preta.


Lewis Hamilton (Foto: reprodução/Clive Rose/Getty Images Embed)


Preparação para uma temporada promissora

Logo em sua chegada, Hamilton começou os preparativos para a temporada de 2025. O piloto de 40 anos conheceu o carro número 44, que pilotará ao longo do ano, e aproveitou a visita para realizar o molde do assento, essencial para garantir seu conforto e desempenho durante as corridas.

O britânico também participou de reuniões técnicas com engenheiros da equipe, mostrando que está totalmente comprometido em contribuir com sua experiência para a evolução da Ferrari. A expectativa agora recai sobre os primeiros testes oficiais, marcados para o dia 22 de janeiro, onde Hamilton terá a oportunidade de pilotar o modelo F1-75, usado na temporada de 2022.

Parceria com Charles Leclerc

Na Ferrari, Hamilton terá como companheiro o jovem Charles Leclerc, de 26 anos, vice-campeão mundial em 2022. A dupla promete formar uma das parcerias mais fortes da Fórmula 1, unindo a experiência e o legado de Hamilton com o talento e a agressividade de Leclerc.

Futuro promissor em vermelho

Com a temporada começando em 16 de março, no Grande Prêmio da Austrália, os fãs da Ferrari e do automobilismo aguardam ansiosamente para ver como Hamilton se adaptará à nova equipe e ao desafio de guiar pela escuderia mais icônica do esporte.

Vestir o vermelho da Ferrari é mais do que uma mudança de equipe; é um marco na carreira de um dos maiores pilotos da história. Para Hamilton, trata-se de uma nova era, um sonho realizado e a chance de escrever um novo capítulo na história da Fórmula 1.

Governo brasileiro celebra cessar-fogo em Gaza

O governo brasileiro comemorou nesta quarta-feira (15) o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e Hamas, mediado pelos governos do Catar, Egito e Estados Unidos. A medida interrompe um conflito de 15 meses, que já vitimou mais de 46 mil palestinos e 1.200 israelenses, além de causar grande destruição e deslocamento na região. O Ministério das Relações Exteriores emitiu nota destacando a importância do acordo e solicitando o cumprimento integral de suas cláusulas.

Se confirmado oficialmente pelas partes envolvidas, o acordo interrompe o conflito que, em 15 meses, vitimou fatalmente mais de 46 mil palestinos, com grande proporção de mulheres e crianças, e mais de 1.200 israelenses, além de mais de 160 jornalistas e 265 funcionários das Nações Unidas. O conflito causou ainda o deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas e a destruição da infraestrutura do território palestino, incluindo hospitais e escolas, gerando danos indiretos incalculáveis para gerações atuais e futuras. O Brasil exorta as partes envolvidas a respeitarem os termos do acordo e a garantirem a cessação permanente das hostilidades, a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária a Gaza, assim como a assegurarem as condições necessárias para o início do urgente processo de reconstrução de sua infraestrutura civil“.

Prioridade à ajuda humanitária


Presidente Lula (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Um dos pontos ressaltados pelo governo brasileiro foi a entrada desimpedida de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A região enfrenta uma crise humanitária severa, com infraestrutura devastada, incluindo hospitais e escolas. O Itamaraty enfatizou que o fim das hostilidades é essencial para permitir o início urgente do processo de reconstrução e para aliviar o sofrimento da população civil.

Além disso, o Brasil pediu a libertação imediata de todos os reféns, um dos aspectos centrais do acordo. Segundo o comunicado oficial, essas ações são fundamentais para estabelecer a confiança entre as partes e evitar o retorno das hostilidades.

Solução de dois estados

O governo brasileiro reafirmou seu compromisso histórico com a solução de dois Estados, defendendo a criação de um Estado palestino independente, viável e coexistente pacificamente com Israel, dentro das fronteiras de 1967. Para o Brasil, esse é o único caminho sustentável para resolver o conflito de forma duradoura. A nota também apela pela retomada do processo de paz, com Jerusalém Oriental como capital do futuro Estado palestino.

Papel da mediação internacional

O anúncio do cessar-fogo foi possível graças à mediação conjunta de Catar, Egito e Estados Unidos, destacando a relevância da diplomacia multilateral na resolução de conflitos. O acordo prevê um cessar-fogo inicial de seis semanas, com a retirada gradual das forças israelenses e a libertação de reféns em troca de prisioneiros mantidos por Israel.


Celebração pelo acordo de cessar-fogo (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Esperança e desafios

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o anúncio em suas redes sociais, destacando a esperança trazida pela suspensão dos combates. “Que a interrupção dos conflitos e a libertação dos reféns ajudem a construir uma solução duradoura que traga paz e estabilidade a todo Oriente Médio”, afirmou.

Ainda assim, o sucesso do acordo depende de sua implementação rigorosa e da boa-fé das partes envolvidas. O Brasil e outros países continuarão acompanhando de perto o desenrolar da situação, reafirmando a importância de garantir a paz, a segurança e os direitos humanos na região.