Malu Borges e Silvia Braz brilham em desfile da Coperni em Paris

A temporada de desfiles de verão caminha para o encerramento, mas o circuito fashion ainda reserva grandes momentos. Nesta segunda-feira (06), foi a vez da Coperni apresentar sua coleção de verão em Paris, e o evento contou com a presença de duas brasileiras que chamaram atenção na primeira fila: Malu Borges e Silvia Braz. A dupla, conhecida por seu olhar apurado para a moda, reforçou o protagonismo do Brasil nas semanas internacionais de estilo.

Dupla brasileira marca presença na fila A

Com uma estética que une modernidade e elegância, Malu Borges e Silvia Braz chegaram ao desfile exibindo produções que traduzem perfeitamente o espírito contemporâneo da Coperni. Malu apostou em uma combinação ousada de camisa branca e hot pants prateadas, acompanhadas por meia-calça preta com detalhes marcantes e botas de cano alto, um visual futurista e poderoso. Já Silvia optou por uma proposta mais clássica, mas igualmente impactante: regata branca ajustada ao corpo e saia midi preta com fenda, complementada por botas longas e uma silhueta sofisticada.


 Malu Borges em desfile Coperni (Foto: reprodução/Getty imagens embed/Edward Berthelot)

As duas influenciadoras foram clicadas lado a lado no espaço do desfile, atraindo olhares e lentes de fotógrafos. A sintonia entre os looks reforçou a versatilidade do estilo brasileiro, capaz de transitar entre o minimalismo refinado e a ousadia fashion.

Coperni encerra a temporada com inovação e estilo

O desfile da Coperni foi um dos mais aguardados da semana, e manteve a tradição da marca de unir tecnologia, arte e moda em um mesmo conceito. A nova coleção apresentou peças estruturadas, tecidos metálicos e cortes assimétricos, confirmando a estética futurista que consagrou a grife parisiense.


 Malu Borges em desfile Coperni (Foto: reprodução/Getty imagens embed/Edward Berthelot)

A presença de Malu Borges e Silvia Braz simboliza não apenas a força das fashionistas brasileiras no cenário internacional, mas também a conexão direta com as principais tendências globais que ditam o ritmo da moda contemporânea. Com elegância, autenticidade e muito carisma, elas representaram o Brasil em grande estilo na capital mundial da moda, reforçando o protagonismo das influenciadoras nacionais nas passarelas e nas primeiras filas dos desfiles mais prestigiados de Paris.

 

McQueen revisita sua rebeldia e redefine o sexy em Paris

A Alexander McQueen apresentou seu verão 2026 neste domingo (05), durante a Paris Fashion Week, e confirmou: Seán McGirr não teme o desconforto. Em seu segundo desfile à frente da grife britânica, o diretor criativo mergulhou nas raízes provocativas da marca e trouxe de volta a sensualidade áspera, quase agressiva, que sempre foi marca registrada de seu fundador.

Na passarela, corpos expostos, cinturas ultrabaixas e transparências desafiaram convenções. O couro apareceu desconstruído, o tule ganhou aspecto destruído, e as franjas, em tiras de tecido e cordas, criaram movimento e tensão. A coleção, que flerta com o erotismo e a vulnerabilidade, revisita ícones da McQueen dos anos 1990, especialmente a polêmica “Highland Rape”  sem cair na simples nostalgia.

A cintura baixa volta com nova atitude

McGirr explorou a silhueta de forma quase anatômica: saias e calças que revelam o quadril, vestidos colados ao corpo e tops que mais sugerem do que cobrem. A chamada “cintura cofrinho”, um dos temas mais comentados do desfile, se tornou metáfora de ousadia, um gesto de exposição e poder.


Modelo em desfile McQueen (Foto: reprodução/Instagram/@catwalkmodelsss)

A cartela de cores oscilou entre o vermelho intenso, o preto e o branco, com texturas que remetem à pele, ao sangue e ao metal. O contraste entre o artesanal e o industrial se fez presente: flores tridimensionais conviviam com zíperes aparentes e tecidos rasgados. Era como se cada look trouxesse uma história de resistência e reconstrução.

Entre fragilidade e força

Ao lado da provocação visual, o desfile também abordou um diálogo contemporâneo sobre identidade e corporeidade. As modelos, diversas em forma e presença, desfilavam com um ar de desafio silencioso, uma espécie de manifesto visual que coloca a vulnerabilidade como força.


Modelo em desfile McQueen (Foto: reprodução/Instagram/@catwalkmodelsss)

Seán McGirr, ao reinterpretar o legado de Lee Alexander McQueen, demonstra que entende o espírito da casa: a beleza que nasce do caos. E, nesta temporada, o caos veste franjas, couro e coragem. Sua abordagem é menos sobre provocar choque gratuito e mais sobre provocar reflexão  sobre o que o corpo pode comunicar quando é libertado das regras de proporção, pudor e forma.

Duran Lantink assume a Gaultier e redefine o que é ser provocador

Jean Paul Gaultier pode ter deixado o ateliê, mas o espírito rebelde da maison segue vivo  e agora com nova energia. Em sua estreia como diretor criativo da Gaultier, Duran Lantink não apenas honrou o legado do criador francês como o levou a um território ainda mais ousado. Com uma visão que mistura ironia, ousadia e crítica cultural, o estilista holandês apresentou uma coleção que desafia convenções e sugere um novo caminho para a moda contemporânea.

Lantink, conhecido por seu trabalho com reaproveitamento de tecidos e pela desconstrução de peças de luxo, trouxe à passarela uma reflexão sobre o próprio ato de vestir. Suas criações híbridas, sensuais e por vezes desconcertantes pareciam questionar o que é poder, prazer e identidade. O resultado foi um desfile que capturou o espírito do tempo e reposicionou a Gaultier como uma das vozes mais relevantes do presente.

Entre fetiche e liberdade: a nova provocação

A estética de Lantink não se limita à transgressão visual. Ela é política, emocional e profundamente contemporânea. As silhuetas revelam e escondem, os tecidos se sobrepõem em colagens improváveis, e o fetiche ganha contornos de liberdade. Há uma tensão entre controle e entrega,  um jogo que ecoa a dualidade da própria moda.


Desfile Lantink (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bertrand Guay)

Mais do que chocar, o estilista parece buscar um diálogo com as novas gerações, que rejeitam rótulos e exigem autenticidade. Cada look é uma declaração de independência: corpos diversos, sexualidades fluidas e narrativas que se libertam da lógica binária. É a provocação, sim, mas com propósito.

Um futuro que nasce do caos criativo

Ao assumir a Gaultier, Lantink prova que entende o poder da herança e da reinvenção. Sua estreia não é apenas uma homenagem a Jean Paul, mas um manifesto sobre o futuro da moda um futuro menos polido, mais real e radicalmente livre.


Desfile Lantink (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Victor Virgile)

Se o trono de “enfant terrible” precisava de um novo herdeiro, Duran Lantink o ocupa com coragem e sem pedir permissão. Ele não busca apenas provocar, ele propõe uma nova forma de pensar a moda, em que o desconforto vira ferramenta de expressão e o excesso se transforma em poesia visual. Sua estreia deixa claro que o futuro da Gaultier está em boas mãos: ousadas, inquietas e dispostas a questionar tudo o que parecia definitivo.

Moschino provoca ao incluir utensílios domésticos em coleção

A Moschino apresentou sua coleção primavera/verão 2026 durante a Semana de Moda de Milão e mais uma vez apostou em sua estética irreverente. Intitulado Niente (“nada”, em tradução livre), o desfile trouxe bolsas e acessórios em formatos inusitados, como panelas e objetos domésticos, reforçando a tradição da marca em transformar itens cotidianos em símbolos de moda e arte. A proposta, inspirada em movimentos artísticos italianos, acabou também reacendendo discussões sobre estigmas de gênero ao destacar elementos associados ao ambiente doméstico em uma coleção feminina.

Arte Povera inspira nova narrativa da marca

O diretor criativo Adrian Appiolaza buscou referências no movimento Arte Povera, que surgiu na Itália no fim da década de 1960. A corrente questionava a valorização comercial da arte por meio da utilização de materiais simples e cotidianos, como tijolos, areia e utensílios básicos. Foi nesse contexto que a Moschino estruturou sua proposta: transformar objetos comuns em acessórios de luxo.


Desfile Moschino (Foto: reprodução/Instagram/@trendtopica_)

As bolsas em formato de panela e outros elementos remetem a esse conceito de “arte humilde”, conectando a passarela ao cotidiano de forma provocativa. A estética reforça a assinatura da grife, que há décadas utiliza o humor e a ironia para dialogar com a moda e a sociedade.

Entre a provocação e o clichê

Ainda que o desfile se encaixe no espírito criativo e questionador da Moschino, a predominância de objetos domésticos como inspiração chamou a atenção por sua associação a estigmas históricos de gênero. Como a coleção foi apresentada por modelos mulheres, alguns críticos apontaram que a proposta pode ressoar como um clichê.


Desfile Moschino (Foto: reprodução/Instagram/@dazedfashion)

A grife, no entanto, mantém seu posicionamento provocador, buscando tensionar os limites entre moda, arte e crítica social. Ao revisitar um movimento artístico marcado pela contestação, a Moschino reafirma sua identidade e abre espaço para novas reflexões sobre o papel da moda como espelho de debates culturais contemporâneos.


Meryl Streep rouba a cena em filmagem de “O Diabo Veste Prada 2” no desfile da Dolce & Gabbana

O sábado (27) em Milão foi marcado por uma mistura irresistível de moda e cinema. Durante o desfile da Dolce & Gabbana, o público não estava apenas atento às peças que cruzavam a passarela, mas também à presença de Meryl Streep, Stanley Tucci e Simone Ashley. O trio esteve no evento para a gravação de uma das cenas mais aguardadas de O Diabo Veste Prada 2, sequência que promete revisitar o universo fashion com a mesma intensidade com que conquistou plateias há quase duas décadas.

A aparição de Meryl Streep no papel icônico de Miranda Priestly não poderia ser mais impactante. Reconhecida por seu olhar austero e presença magnética, a personagem encontrou na atmosfera glamourosa da Dolce & Gabbana o palco perfeito para um retorno triunfal. O encontro entre a ficção e a realidade transformou o desfile em um momento histórico, reforçando o quanto a moda e o cinema caminham lado a lado na construção de narrativas inesquecíveis.

Looks que traduzem poder e estilo

Para a cena, Meryl Streep vestiu um trench coat de vinil da coleção verão 2025 da grife, peça que por si só já transmite força e sofisticação. O casaco foi combinado a uma camisa animal print em lamé, calça slim fit e acessórios igualmente marcantes: cinto de estampa de leopardo, clutch Marlene em pele sintética com padrão felino e scarpins em tom de verde intenso.


Meryl Streep, Stanley Tucci e Simone Ashley no desfile Dolce & Gabbana (Foto: reprodução/Instagram/@filmupdatesmain)


Stanley Tucci, que interpreta Nigel no longa, surgiu em um terno de lã Galles desconstruído, camisa preta de algodão e foulard de chiffon com estampa de leopardo. Já Simone Ashley, conhecida por seu papel em Bridgerton, apostou em um corpete de tule com taças de cetim, acompanhado de saia de tela de cristal da coleção outono/inverno 2024. O trio exibiu visuais que refletiam com perfeição a personalidade de seus personagens e o DNA ousado da marca italiana.

Expectativas para a sequência

A gravação em pleno desfile elevou ainda mais a expectativa para a estreia de O Diabo Veste Prada 2. A sequência chega com a promessa de revisitar os bastidores do universo editorial e da alta-costura, mergulhando em novas tramas que refletem tanto a evolução da moda quanto as transformações do mercado midiático. O longa deve explorar dilemas inéditos, trazer tensões atualizadas e aprofundar o impacto que a moda exerce sobre quem a consome e quem a cria.


Simone Ashley no desfile Dolce & Gabbana (Foto: reprodução/Instagram/@editsbridgerton)


Mais do que uma simples continuação, a produção parece disposta a dialogar com os novos tempos, discutindo relevância, poder e os bastidores de uma indústria em constante mudança. Ao unir ícones da moda real a personagens já eternizados pelo cinema, a obra promete equilibrar nostalgia e frescor, reforçando sua capacidade de atrair tanto antigos fãs quanto uma nova geração de espectadores.

Camila Alves aposta em vestido de franjas e conquista os holofotes em Londres

A atriz Camila Alves roubou a cena no tapete vermelho da pré-estreia de “O Ônibus Perdido”, em Londres, ao surgir com um look que misturava sofisticação, frescor e ousadia na medida certa. A modelo e empresária brasileira de 42 anos escolheu um vestido branco de franjas longas que se moviam a cada passo, criando um efeito fluido e elegante. O visual destacou-se pela forma como unia romantismo e modernidade, chamando a atenção da imprensa e dos fotógrafos presentes.

A peça, de comprimento longo, trazia alcinhas finas que caíam suavemente pelos ombros, revelando o colo e reforçando a leveza da produção. As franjas conferiam textura e movimento, tornando o look vibrante sem perder o tom sofisticado. Nos pés, Camila optou por sapatos de bico fino em tom neutro, mantendo a harmonia do branco total. Para completar, deixou os cabelos soltos em ondas naturais e apostou em uma beleza discreta, com maquiagem iluminada e de acabamento suave.

Detalhes que traduzem elegância e personalidade

O vestido escolhido por Camila não era apenas uma aposta segura, mas também um reflexo de sua identidade fashion. Conhecida por preferir looks que combinam elegância com conforto, a brasileira mostrou que é possível brilhar no red carpet sem recorrer a excessos. O caimento reto alongava a silhueta, enquanto os ombros à mostra reforçavam o ar feminino e delicado da produção.


Camila Alves na estreia de “O Ônibus Perdido” (Foto: reprodução/Dave Benett/Getty Images embed)


O detalhe das franjas foi um dos pontos mais comentados, por trazer dinamismo e destacar a movimentação da modelo diante dos flashes. O efeito também dialogava com a tendência de texturas e acabamentos artesanais que têm dominado a moda internacional.

Camila se firma como ícone de estilo no exterior

Mais do que acompanhar o marido, Matthew McConaughey, que estrela o filme, Camila Alves reafirmou sua força como referência de estilo em eventos internacionais. Sua escolha equilibrada entre sofisticação e frescor reforçou sua imagem de elegância atemporal.


Atriz chama atenção no evento (Foto: reprodução/Gareth Cattermole/Getty Images embed)


Ao surgir com esse vestido branco de franjas, Camila não apenas conquistou os holofotes da noite, como também mostrou que domina a arte de transformar moda em expressão pessoal. A escolha da peça reforçou sua capacidade de unir elegância clássica a um olhar contemporâneo, valorizando o corpo de forma natural e sem exageros.

O equilíbrio entre delicadeza e ousadia evidenciou a confiança da brasileira, que consegue transitar entre diferentes estilos sem perder sua identidade. Sua presença no red carpet londrino consolidou-a como um dos nomes brasileiros mais influentes no universo fashion global.

Sunnei transforma desfile em leilão performático e anuncia saída dos fundadores

O evento, em formato de performance, foi conduzido pelo diretor-geral da Christie’s italiana, que “leiloou” a própria marca e seus criadores por milhões de “fashion dollars”.
“Isto não é um desfile de moda”, foi com essa frase provocativa que a Sunnei abriu sua apresentação em Milão, durante a temporada de verão 2026. A ação transformou modelos em agentes do espetáculo: além de exibirem a coleção, eles participavam dos lances, assim como parte do público, munido de carteiras virtuais com a moeda criada para a ocasião.

O resultado foi uma metáfora teatral sobre o funcionamento da indústria. “Moda é financeira e a criatividade está à venda”, explicaram os fundadores Simone Rizzo e Loris Messina, responsáveis pela concepção da cena. Segundo eles, não se tratava de uma crítica literal, mas de uma representação exagerada e carregada de humor sobre como o mercado se relaciona com as marcas e seus criadores.

Fundadores deixam a marca após dez anos

Ao final da performance, veio a grande reviravolta: os próprios fundadores foram simbolicamente arrematados no leilão. Logo depois, confirmaram em comunicado oficial que deixariam a direção da Sunnei. “Achamos que era o momento certo para virar a página. Após dez anos, sabíamos que precisávamos de novas aventuras”, declararam em entrevista ao Business of Fashion.


Leilão Sunnei (Foto: reprodução/Instagram/@sunnei)


A dupla enfatizou que a decisão foi tomada em harmonia e de forma planejada, ressaltando que a marca segue independente e com uma equipe consolidada. “Sunnei é o organismo que criamos, mas pode crescer por conta própria. Sentimos que o time tem capacidade para continuar levando o projeto adiante.”

A irreverência que marcou a trajetória

Fundada em 2014, a Sunnei conquistou espaço no calendário de Milão com apresentações inusitadas, quase sempre satíricas. Em 2020, parte da marca foi adquirida pelo grupo húngaro Vanguards, que deu novo fôlego à expansão internacional. Desde então, a etiqueta ficou conhecida por performances que extrapolavam a passarela, como desfiles avaliados pelo público em formato de show de talentos ou até com funcionários se jogando na plateia, como em um concerto musical.


Leilão Sunnei (Foto: reprodução/Instagram/@sunnei)


Agora, com a saída dos criadores originais, a Sunnei inicia um novo capítulo, mantendo viva a essência irônica que a transformou em uma das marcas mais comentadas de Milão. O futuro do projeto passa a ser conduzido por uma equipe já reconhecida pela criatividade e pelo domínio da linguagem performática que sempre caracterizou a grife. A expectativa é que a Sunnei continue explorando formatos ousados, misturando moda, arte e crítica social em apresentações que desafiam o espectador a repensar o próprio consumo.

Dolce & Gabbana transforma pijama em tendência de verão

O verão 2026 da Dolce & Gabbana chega com uma proposta ousada e divertida: transformar o pijama em peça-chave da estação. A grife italiana, conhecida por unir tradição e inovação, aposta em uma estética que celebra o conforto, mas não abre mão da sofisticação. A passarela ganha vida com referências que transitam entre a intimidade do lar e a energia das ruas, criando um repertório que redefine o significado de vestir-se bem.

Conjuntos clássicos ganham releitura sofisticada

A Dolce & Gabbana apresenta, para o verão 2026, uma coleção que revisita o universo dos pijamas com olhar renovado e sofisticado. Conhecida por ter popularizado há uma década os palazzo pijamas de seda, a marca italiana aposta agora nos conjuntos de algodão listrado como protagonistas da estação. Essas peças, que antes estavam restritas ao ambiente doméstico, surgem tanto em versões tradicionais quanto enriquecidas por bordados de flores e aplicações de pedrarias, trazendo charme e frescor.


Desfile Dolce & Gabbana (Foto: reprodução/Vittorio Zunino Celotto/Getty Images Embed)


A proposta vai além da simplicidade e resgata a aura de conforto como símbolo de estilo. Ao unir praticidade e refinamento, a grife reforça a ideia de que roupas inspiradas no loungewear podem se tornar protagonistas em produções urbanas. Slip dresses, saias e tops de seda com detalhes de renda também aparecem com força, evocando a sensualidade da lingerie adaptada para o dia a dia, em um movimento que equilibra delicadeza e ousadia.

Lingerie e alfaiataria se encontram na passarela

O desfile não se limita aos conjuntos de dormir reinterpretados. Em uma narrativa que mistura intimidade e sofisticação, a Dolce & Gabbana incorpora peças que atravessam fronteiras do guarda-roupa. Paletós, blazers de alfaiataria e trench coats dialogam com a leveza dos pijamas, criando composições híbridas que transitam do casual ao elegante. A jaqueta de couro aparece como contraponto de atitude, enquanto jeans e corsets reforçam a versatilidade da coleção.


Desfile Dolce & Gabbana (Foto: reprodução/Vittorio Zunino Celotto/Getty Images Embed)


Esse encontro de estilos sugere que o verão será marcado pela liberdade de combinações: peças leves ganham força quando misturadas a elementos mais estruturados, evidenciando o jogo de contrastes que a marca domina com maestria. O resultado é uma proposta contemporânea, que dialoga com a necessidade de praticidade sem abrir mão da sofisticação.

Ao transformar o pijama em protagonista da temporada, a Dolce & Gabbana reafirma seu talento em ressignificar símbolos da moda e oferecer ao público um repertório que mistura conforto, glamour e ousadia. O que antes era reservado às horas de descanso agora ganha status de tendência global, pronta para desfilar pelas ruas sob o sol do próximo verão.

Fendi celebra legado e reforça diversidade em desfile histórico

A Fendi abre mais um capítulo de sua história centenária com a apresentação da nova coleção feminina assinada por Silvia Venturini Fendi, que permanece à frente das criações enquanto o sucessor de Kim Jones ainda não é anunciado. Fiel à tradição de reunir nomes consagrados e revelações em ascensão, a maison italiana reuniu na passarela um casting de impacto, capaz de traduzir tanto a força de sua herança quanto a relevância contemporânea da marca.

Entre os destaques, a pluralidade de gerações foi evidente: modelos como Bethany Nagy e Chantall McCann dividiram espaço com rostos que conquistaram o público jovem nas redes sociais, como Alex Consani, Amelia Gray e Gabbriette. Ao mesmo tempo, ícones que marcaram décadas da moda, entre eles Karen Elson, Mariacarla Boscono, Natasha Poly, Edie Campbell e Adwoa Aboah, reforçaram a conexão da Fendi com sua própria trajetória de vanguarda.

Passarela promove representatividade

Em um momento em que o mercado da moda ainda apresenta sinais de retrocesso na representatividade, a Fendi caminhou em sentido oposto ao incluir modelos que ampliam a narrativa da diversidade. Paloma Elsesser e Devyn Garcia foram presenças marcantes, lembrando que a pluralidade de corpos não deve ser exceção, mas parte essencial da construção estética atual. Essa decisão, mais do que simbólica, aponta para um esforço consciente da maison em abraçar identidades variadas, reforçando que a beleza não está em padrões únicos, mas na multiplicidade de formas, histórias e experiências.


Desfile Fendi (Foto: reprodução/Daniele Venturelli/Getty Images Embed)


Ao abrir espaço para essa representatividade, a grife italiana envia uma mensagem clara ao setor: a moda deve refletir a sociedade em sua totalidade, e não apenas reproduzir estereótipos. Nesse sentido, o desfile da Fendi se destaca como um manifesto visual de inclusão, sem perder o refinamento característico de sua identidade.

Herança de cem anos inspira futuro

Completando cem anos em 2025, a Fendi não apenas celebrou sua tradição como também lançou sinais de continuidade e renovação. O desfile deixou claro que a marca enxerga sua herança como base sólida para experimentar novas linguagens, equilibrando códigos clássicos com olhares frescos. Sob a direção de Silvia Venturini Fendi, o espírito da maison se mantém vibrante, sem abrir mão da sofisticação que a tornou referência no cenário global.


Desfile Fendi (Foto: reprodução/Estrop/Getty Images Embed)


Assim, o mais recente desfile reafirma a relevância da Fendi no presente e projeta sua permanência no futuro, em sintonia com os movimentos culturais e sociais que moldam a moda. Mais do que uma simples celebração estética, a apresentação se consolidou como uma vitrine de intenções: valorizar a tradição, dialogar com a atualidade e, sobretudo, propor caminhos para os próximos anos. Ao investir em diversidade, em múltiplas gerações de modelos e em uma narrativa que une inovação e memória, a maison demonstra que não se limita a acompanhar tendências, mas busca antecipá-las.

Celebridades prestigiam desfile da Burberry e exibem produções marcantes em Londres

A Burberry encerra a semana de moda de Londres com um desfile que reafirma sua força cultural e estética. Realizado em uma tenda montada nos Kensington Gardens, em Hyde Park, o evento reuniu personalidades da moda, da música e do cinema, transformando a última noite da temporada em um verdadeiro espetáculo de estilo. Entre os convidados mais comentados estiveram Naomi Campbell, Elton John, Twiggy, a cantora Raye e os irmãos Lennon e Gene Gallagher, filhos de Liam Gallagher. As brasileiras Silvia e Maria Braz também marcaram presença e ajudaram a reforçar a representatividade nacional em um evento de escala global.

Rosie Huntington-Whiteley aposta em visual poderoso

Rosie Huntington-Whiteley chamou a atenção ao surgir com uma proposta ousada e sofisticada. A modelo e atriz britânica escolheu um sobretudo longo em couro preto, peça de impacto que transmite imponência e elegância. O cinto marcando a cintura trouxe estrutura ao visual, equilibrando o caimento volumoso do trench coat. Para completar, Rosie optou por sapatos de bico fino e óculos escuros de armação ampla, reforçando a estética de atitude que dialoga com o DNA contemporâneo da Burberry.


Rosie Huntington-Whiteley (Foto: reprodução/Neil Mockford/Getty Images Embed)


O look da estrela demonstra como a marca britânica ressignifica clássicos da alfaiataria e elementos urbanos em peças de luxo. Com styling refinado e atmosfera quase cinematográfica, Rosie consolidou uma das aparições mais comentadas da noite, provando mais uma vez sua influência como referência de moda.

Iris Law investe em leveza e contrapõe sobriedade

Em contraste, Iris Law trouxe frescor e leveza à apresentação. A atriz e modelo surgiu com um vestido curto verde-claro, de modelagem fluida, combinado a um trench coat oversized em camurça marrom. A paleta terrosa e a textura do casaco criaram um contraponto sofisticado ao tom suave da peça principal. Nos pés, sandálias delicadas completaram a produção, enquanto a bolsa em miniatura reforçou a ideia de modernidade prática e jovem.


 Iris Law assiste ao desfile da Burberry durante a London Fashion Week (Foto: reprodução/Jeff Spicer/Getty Images Embed)


Com styling natural e beleza discreta, Iris mostrou como o trench pode ser interpretado de maneira versátil, transitando do urbano ao casual com elegância. Sua escolha destacou a proposta da Burberry de revisitar códigos clássicos da moda britânica, mas com foco em narrativas individuais e atuais.

No conjunto, o desfile não apenas encerrou a semana de moda de Londres com estilo, mas também reafirmou a Burberry como uma das casas de moda mais influentes do mundo, capaz de unir tradição e inovação em um mesmo palco.