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Recentemente o site britânico de finanças money.co.uk, mostrou um estudo que revela uma lista dos 20 hotéis, 5 estrelas, mais citados do mundo no Instagram. Sem dúvidas, cada um desses merecem uma visita, seja para ostentar uma incrível estadia ou para aqueles poucos que estão conectados com grandes marcas de hotéis como o Hyatt, MGM Resorts International e Marriott, queiram gastar os pontos de cartão de crédito com algumas noites de luxo maravilhosas.
Para conseguir os resultados, a equipe do site utilizou pesquisas do BoldData.nl para identificar quais países tinham mais hotéis 5 estrelas e, logo, rastreou quais eram os mais bem avaliados em cada um desses destinos no site Book5star.com. Em seguida, o grupo realizou a pesquisa na rede social, Instagram, para observar a quantidade de vezes em que cada uma das hospedagens luxuosas havia sido marcada por usuários e indicar o valor e classificação da rede social de cada uma. Portanto, as propriedades foram classificadas com a finalidade de criar uma lista dos 20 melhores, em que são divididas por região no estudo original.
Com seus impressionantes 2.428.501 menções de hashtags, o vencedor, obviamente, é o Burj Al Arab Jumeirah, que fica em Dubai. O líder é seguido por vários outros hotéis nos Estados Unidos — como o Bellagio Las Vegas, The Beverly Hills Hotel, The Plaza New York, 1 Hotel South Beach e Halekulani — que também figuraram no Top 20 nas categorias mundial e América do Norte.
Veja abaixo os 20 hotéis 5 estrelas mais bonitos do mundo, segundo usuários do Instagram
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Uma curiosidade nessa lista é que alguns dos melhores hotéis, estão ligados a grandes programas de fidelidade, como o Marriott Bonvoy (W Barcelona), M Life Rewards (Bellagio Las Vegas) e World of Hyatt (Hyatt Zilara Rose Hall). Logo, não é necessária a preocupação com um possível rombo em sua conta bancária devido à algumas noites de luxo.
Então, já colocou na lista onde será sua próxima estadia?
Foto destaque: Burj Al Arab Jumeirah. Reprodução/Forbes/Getty Images
Nesta quinta, 31, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a situação ao sul do país e na região de Donbass continua muito difícil e reafirmou que a Rússia estaria reunindo suas forças perto da cidade sitiada de Mariupol.
Em um raro sinal de conflito interno, Zelensky disse em um discurso em vídeo que demitiu dois generais do serviço de segurança nacional, sob alegação de traição. Segundo o presidente, os demitidos foram o chefe do principal departamento de Segurança Interna do Serviço de Segurança da Ucrânia, Naumov Andrii Olehovich, junto ao chefe do gabinete do Serviço de Segurança da Ucrânia da região de Kherson, Krivoruchko Sergii Olekasandrovich.
“Agora não tenho tempo para lidar com todos os traidores. Mas pouco a pouco serão todos punidos”, reiterou Zelensky, que agradeceu também aos “heróis nacionais” por defenderem o Estado.
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, durante discurso em vídeo no dia 30 de março de 2022. (Foto: Reprodução/Telegram/g1/Zelensky)
O presidente ucraniano afirmou também que os russos, que por serem maus e muito ansiosos pela destruição, parecem pertencerem a outro mundo. “Monstros que queimam e saqueiam, que atacam e estão empenhados em matar”, disse.
Segundo a Rússia, a invasão faz parte de uma “operação militar” com o intuito de desarmar e “desnazificar” o país vizinho. Moscou negou as acusações de Kiev sobre forças russas estarem atacando os civis.
Zelensky disse que forças ucranianas fez os russos recuarem de Chernihiv e Kiev — duas das cidades que Moscou afirmou que não seriam o principal foco dos ataques, já que buscam assegurar as regiões de Luhansk e Donbass, no sudeste, que são separatistas.
“A situação no sul e em Donbass continua extremamente difícil. Haverá batalhas pela frente. Ainda precisamos percorrer um caminho muito difícil para conseguir tudo o que queremos”, afirmou Zelensky.
A Ucrânia foi acusada pela Rússia de realizar um ataque aéreo em um depósito de petróleo russo nesta sexta, 1°. A instalação fica na cidade de Belgorod, fazendo fronteira com a Ucrânia, a 80 quilômetros ao norte de Kharkiv.
O governador da região da cidade atingida confirmou que o depósito sofreu um ataque de dois helicópteros militares ucranianos após sobrevoarem a região em baixa altitude. Ele complementou dizendo que dois trabalhadores ficaram feridos, enquanto outras áreas da cidade foram evacuados por precaução.
No entanto, a Ucrânia não se manifestou a respeito. O Kremlin divulgou uma nota dizendo que a ação pode atrapalhar as negociações de paz.
Vídeo mostra depósito em chamas. Rússia acusa a Ucrânia de ser a responsável pelo ataque. (Vídeo: Reprodução/Youtube/Band Jornalismo)
Mais de 50 ônibus iniciaram a retirada de civis da cidade de Mariupol, Ucrânia, na última quinta, 31. Cerca de 100 mil pessoas aguardam poderem sair da cidade, que está no sudoeste do país.
Na análise de Jamil Chade, correspondente do Grupo Bandeirantes: “Há uma enorme desconfiança que essa retirada seja apenas estratégica, apenas para reposicionar os soldados, as tropas, para eventualmente lançar uma nova rodada de ataques. Por isso o ataque sobre abastecimento é fundamental. Sem abastecimento não há guerra”.
Imagem do vídeo divulgado pelo ministério russo de Situações de Emergência que mostra o incêndio em depósito de petróleo, em Belgorod. (Foto: Reprodução/AFP/Ministério russo de Situações de Emergência)
A Ucrânia afirma que as forças russas já lançaram mais de 1.350 mísseis e destruíram 15 aeroportos, além de terem causado a morte de 148 crianças.
Nova reunião
Virtualmente, as delegações de ambos os países voltam a se encontrar ainda nesta sexta, 1°, para a discussão sobre o fim do conflito.
Nessa semana, na terça, 29, representantes da Ucrânia e da Rússia avançaram em alguns aspectos e teve a promessa de Moscou, que disse reduzir ‘drasticamente’ os ataques a Kiev.
Foto destaque: Depósito de combustíveis. Reprodução/Filial da Região de Belgorod do Ministério de Emergências da Rússia/TASS
A estudante mineira, da Universidade Federal de Ouro Preto, Bárbara Gosziniak Paiva, foi a final do evento sobre inovação e empreendedorismo, Red Bull Basement, realizado entre sexta, 25, e domingo, 27. O objetivo da marca de energéticos impulsiona jovens de todo o mundo a desenvolverem soluções tecnológicas que tenham um impacto significativo na sociedade.
Bárbara é mestranda na UFOP e desenvolveu uma garrafa portátil que consegue tornar a água potável, através de esterilização por radiação, com um filtro carregado a luz solar.
A estudante venceu a etapa brasileira do concurso, onde competiu com 442 inscritos, em novembro do último ano. Já na última semana, com a sua invenção, encerrou a jornada indo até Istambul, Turquia, reunindo-se com outros competidores vencedores nacionais na disputa pelo prêmio mundial.
“O projeto está sendo desenvolvido também pensando em facilitar a vida de esportistas e campistas, mas o foco principal é democratizar a água potável para pessoas que não têm acesso a saneamento básico”, explicou Bárbara, após vencer na etapa brasileira, em entrevista à organizadora, Red Bull.
Bárbara disse que a ideia desse projeto veio durante o mestrado. Ela estuda esterilização de parasitas por radiação em um programa do setor de Engenharia de Materiais da universidade.
Bárbara Paiva, estudante da Universidade Federal de Ouro Preto, desenvolveu uma garrafa capaz de limpar as impurezas da água, tornando-a potável. (Foto: Divulgação/Donatello Ferraz/Red Bul)
“Pensei em aplicar isso para ajudar as pessoas de forma simples e viável”, disse.
O nome dado ao projeto da estudante foi Aqualux. Porém, a cientista não levou o maior prêmio do evento, que acabou ficando com uma dupla americana, apelidada de “Jotted”. As americanas Sylvia Lopez e Brinlee Kidd foram campeãs com o seu projeto desenvolvido, um programa de estudos on-line. Esse projeto tem como finalidade ajudar alunos com dificuldades no mundo acadêmico através de fichamentos e provas práticas. O objetivo das estudantes americanas é transformar a ideia em um aplicativo disponível para o público geral.
Vídeo de inscrição de Bárbara. (Vídeo: Reprodução/Youtube/Babi Gosziniak)
Mesmo não conquistando o principal prêmio, Bárbara teve destaque ao vencer e ser campeã nos “desafios de storytelling” — onde os participantes contavam histórias relacionadas às suas missões — uma entre as atividades propostas, que contou com 44 finalistas de 43 países.
Nesta terça-feira, 29, o vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin, anunciou que as tropas russas recuarão e reduzirão drasticamente os ataques em Kiev e Chernihiv, norte do país.
“No sentido de fortalecer a confiança mútua e criar condições necessárias para negociações futuras e alcançar o objetivo final de assinar um acordo, tomamos a decisão de reduzir radicalmente e por uma ampla margem as atividades militares nas direções de Kiev e Chernihiv”, afirmou Alexander Fomin.
Fomin ainda disse que, Moscou revelará mais detalhes sobre a decisão e das negociações, após a delegação russa retornar ao país. O anúncio logo após o final da rodada de negociações que Ucrânia e Rússia realizaram pela manhã em Istambul, Turquia, de modo a finalizar os ataques russos ao território ucraniano depois de um mês.
Reunião realizada entre Rússia e Ucrânia, na Turquia. (Foto: Reprodução/Governo da Ucrânia/Reuters/g1)
Segundo informações de membros da delegação, na saída da reunião, a Ucrânia propôs uma postura de neutralidade. Esse estado neutro significa que o país não poderá mais fazer parte de alianças militares, como a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), nem servir como base militar em seu território.
Kiev em troca, pediu por garantias de segurança, segundo o que disseram negociadores ucranianos. Entre as propostas, também está a inclusão de um período de consulta de 15 anos sobre o estado da Crimeia anexada e poderiam entrar em vigor apenas no caso de um cessar-fogo completo.
Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, abrindo a nova sessão de negociação entre Ucrânia e Rússia nesta terça. (Foto: Reprodução/g1/AFP)
Negociadores afirmaram que vão divulgar nesta terça um documento com as conclusões da reunião. Vladimir Medinsky, negociador russo, afirmou que essa redução dos ataques não implica em um cessar-fogo.
Discussões sobre cessar-fogo e segurança
Recep Tayyip Erdogan, presidente turco, recebeu os negociadores, que pediram o fim imediato da guerra. Na última semana, a conversa terminou entre ambos os países sem alguma concordância nos principais pontos. No domingo, 27, o presidente ucraniano afirmou que seu país estava pronto para a neutralidade.
“As conversas que acontecem agora focam em questões importantes. Uma delas são as garantias internacionais de segurança para a Ucrânia e a segunda é o cessar-fogo para que possamos resolver problemas humanitários que se acumularam no país”, explicou Mykhailo Podolyak, conselheiro político do governo da Ucrânia. “Com esse acordo seremos capazes de dar um fim à guerra”, concluiu.
O presidente turco, ao iniciar a sessão, pediu a colaboração mútua. Segundo ele: “As partes têm preocupações legítimas, é possível chegar a uma solução que seja aceitável para a comunidade internacional. A prorrogação do conflito não interessa a ninguém”, afirmou Erdogan, pedindo pressa para as delegações.
Foto destaque: Manifestantes em Lisboa, Portugal. Reprodução/Manuel Romano/NurPhoto/Getty Images
Sob supervisão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, um novo míssil balístico intercontinental foi testado e lançado. Kim afirmou que o país está preparado para um confronto a longo prazo contra os Estados Unidos. As informações foram divulgadas pela imprensa estatal nesta sexta.
Pyongyang lançou, na quinta, pela primeira vez desde 2017 um míssil intercontinental com pleno alcance, chegando mais longe e mais alto do que qualquer outro projétil previamente testado pelo país, e tem capacidade nuclear.
O teste do Hwasong-17, nome dado ao míssil, foi feito sob orientação do líder Kim, informou a agência KCNA.
Segundo as declarações colhidas pela agência, ele diz que a nova arma “desempenhará sua missão como uma poderosa dissuasão ante uma guerra nuclear e tornará o mundo claramente consciente do poder das forças armadas estratégicas do país”.
Ele continuou dizendo que o país “uma formidável capacidade militar e técnica, imperturbável diante de qualquer ameaça militar ou chantagem”, estando “totalmente preparado para um confronto de longo prazo com os imperialistas americanos”, completou.
O míssil Hwasong-17 é um míssil balístico intercontinental (ICBM) muito grande exibido em um desfile em outubro de 2020 pela primeira vez. Segundo analistas, o míssil é definido como um “míssil monstro”.
O primeiro teste causou indignação entre países vizinhos e o governo americano, que anunciou novas sanções contra entidades e indivíduos na Coreia do Norte e Rússia, acusadas de transferir artigos sensíveis para o programa de mísseis de Pyongyang.
O alcance do míssil
Segundo o relatório da Agência central de Notícias da Coreia, o míssil atingiu uma altitude máxima de 6.248 km, sobrevoou uma distância de 1000 km com um tempo de voo de 68 minutos antes de pousar entre a Península Coreana e o Japão.
Isso foi conforme as estimativas de monitores japoneses, que afirmaram que o míssil caiu na zona econômica exclusiva do Japão, 150 km a oeste da Península de Oshima, Hokkaido, principal ilha ao norte do Japão. Foi o teste de míssil norte-coreano com maior altitude e duração já registrado.
Registro dos testes de mísseis da Coreia do Norte. (Foto: Reprodução/KRT/Reuters)
Analistas dizem que o projétil foi disparado a uma trajetória elevada, o que permitiu que evitasse sobrevoar outro país até seu destino, no mar. Porém, eles atentaram ao fato de que, se fosse disparado a uma trajetória normal e mais plana de um míssil intercontinental, teria todo o território dos Estados Unidos ao seu alcance.
“Este é o míssil de maior alcance que a Coreia do Norte já testou”, afirmou Jeffrey Lewis, professor do Middlebury Institute of International Studies e especialista em armas.
Foto destaque: Kim Jong Un. Reprodução/KCNA/Reuters/CNN
Hoje, 25, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou em discurso que o Ocidente tenta “cancelar” o país. O termo é muito usado na internet visando um boicote de pessoas, famosas ou anônimas, devido a um comportamento considerado inadequado. Putin afirmou existir uma “descriminação” contra a cultura russa em países ocidentais e comparou essa situação à queima de livros na Alemanha e Áustria por parte dos nazistas durante a década de 1930.
“Eles estão tentando cancelar nosso país, estou falando da discriminação progressiva de tudo que tem a ver com a Rússia”, disse.
O presidente russo citou também a escritora J.K. Rowling, da saga Harry Potter, como argumento de que o Ocidente gosta de cancelar as pessoas. Segundo ele, “Ela foi ‘cancelada’ só porque não satisfez as demandas dos direitos de gênero”.
J.K. Rowling é comumente rotulada de transfóbica e acusada de transfobia devido a uma série de publicações polêmicas nas redes sociais. Ela escreveu um livro policial onde um homem cisgênero se veste de mulher com o intuito de enganá-las. logo depois que a sinopse foi divulgada, a hashtag #RIPJKRowling (descanse em paz, J.K. Rowling) era uma das mais comentadas no Twitter.
Escritora famosa pela saga Harry Potter é frequentemente julgada pelas suas postagens consideradas preconceituosas. (Foto: Reprodução/Facebook/J.K. Rowling/Galileu)
Putin também complementou dizendo que o cancelamento do Ocidente à cultura russa se estende à cultura russa, incluindo obras de grandes compositores como Pyotr Tchaikovsky, Dymitry Shostakovich e Sergei Rachmaninov.
Desde o início do conflito, a Rússia sofre com diversas sanções dos países ocidentais. A importação de petróleo e gás, e as restrições sobre empresários bilionários apoiadores do governo de Putin, são alguns dos exemplos.
Presidente Putin critica o Ocidente pelo boicote à cultura Russa. (Foto: Reprodução/Infomoney/ANSA)
A invasão à Ucrânia gerou também uma onda mundial de solidariedade, junto às sanções realizadas pelos governos. Federações esportivas, centros culturais que são grandes referências excluíram, de seus programas, artistas e atletas da Rússia. Um dos exemplos, em Paris, vem do maestro russo Valery Gergiev e a orquestra de Bolshoi, excluídos da programação; em Londres, ficou fora da Royal Opera House o maestro Pavel Sorokin.
Recentemente, o bailarino brasileiro David Motta Soares e o italiano Jacopo Tissi, ambos do Bolshoi, pediram demissão.
Resposta de J.K. Rowling às declarações
Rowling de uma resposta à declaração de Putin nas redes sociais, afirmando que seria melhor que as críticas sobre a “cultura do cancelamento” não viessem de pessoas que assassinam civis pelo crime de resistência, ou que envenenam seus críticos, se referindo ao Alexei Navalny.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”en” dir=”ltr”>Critiques of Western cancel culture are possibly not best made by those currently slaughtering civilians for the crime of resistance, or who jail and poison their critics. <a href=”https://twitter.com/hashtag/IStandWithUkraine?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw”>#IStandWithUkraine</a> <a href=”https://t.co/aNItgc5aiW”>https://t.co/aNItgc5aiW</a></p>— J.K. Rowling (@jk_rowling) <a href=”https://twitter.com/jk_rowling/status/1507364792834666511?ref_src=twsrc%5Etfw”>March 25, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Tweet de J.K. Rowling (Mídia: Reprodução/Twitter)
Alexei Navalny é opositor de Putin e foi condenado, nesta semana, a nove anos de prisão por fraude e desacato, em um processo que dura quase dois anos. Em agosto de 2020, ele foi gravemente ferido na Sibéria devido a um envenenamento de um agente neurotóxico. Segundo Navalny, o ataque teria sido planejado pelo próprio presidente russo. O Kremlin nega a versão dele, porém as autoridades russas nunca investigaram a suposta tentativa de assassinato.
Foto destaque: Vladimir Putin. Reprodução/HOST PHOTO AGENCY/via REUTERS
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou estar preparado para discutir uma saída para a guerra com o presidente russo, Vladimir Putin. Prestes a completar um mês do início da invasão, Zelensky disse, pela primeira vez, que está aberto a tentar abordar tudo o que incomoda e desagrada à Rússia.
Zelensky se disse pronto para discutir com Putin, se o russo concordar em negociar diretamente com ele, como as questões ligadas à Criméia, anexada em 2014 e sobre Donbass — região separatista reconhecida apenas por Moscou —, desde contenha garantias de segurança.
“A questão da Crimeia e do Donbass é uma história muito difícil para todos. Precisamos de garantias de segurança e o fim das hostilidades”, disse o presidente ucraniano em uma entrevista realizada na noite de segunda-feira (21). Zelensky ainda afirmou que não queria que “a história os tornasse heróis” e tratasse de “uma nação que não existe mais”, insistindo que a Ucrânia seria “destruída antes de se render”.
Muitas tentativas de diálogo entre Kiev e Moscou foram realizadas tanto pessoalmente quanto por videoconferência, desde o início do conflito, mas sem nenhum resultado até o momento.
Presidente Volodymyr Zelensky diz estar pronto para discutir uma saída para a guerra com Putin (Foto: Reprodução/Presidência da Ucrânia/AFP)
Nesta terça, 22, autoridades ucranianas acusaram forças russas de dispararem contra manifestantes desarmados na cidade ocupada de Kherson, sul do país, tendo ao menos um ferido.
Vídeos divulgados em redes sociais mostram moradores de Kherson fugindo de bombas de efeito moral. “Os invasores dispararam contra as pessoas que foram às ruas pacificamente, sem armas, protestar pela liberdade, a nossa liberdade”, declarou o presidente Zelensky.
Vários homens e mulheres envolvidos na bandeira ucraniana gritavam “voltem para casa” e “glória à Ucrânia”, até que forças de segurança disparassem bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Soldados russos foram flagrados disparando para o ar, sem sinais de que as armas tenham sido direcionadas diretamente às pessoas.
Contudo, imagens divulgadas mostraram um grupo prestando socorro a um homem atordoado e sangrando. Uma das testemunhas afirmou que a perna da vítima estava gravemente ferida e que ele perdeu muito sangue, complementando que os médicos estavam tratando dos feridos e que não tinham risco de morte.
Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, postou um vídeo do incidente no Twitter. “Em Kherson, criminosos de guerra russos atiraram em pessoas desarmadas que protestavam pacificamente contra os invasores”, escreveu.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”en” dir=”ltr”>Brave Ukrainians in Kherson keep protesting against Russian invaders. Peacefully and fearlessly. They literally forced two huge Russian trucks to retreat simply by their peaceful pressure. These people are Ukraine. Their spirit of freedom is truly unbreakable. <a href=”https://twitter.com/hashtag/CourageousKherson?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw”>#CourageousKherson</a> <a href=”https://t.co/a4O90xs6Q5″>pic.twitter.com/a4O90xs6Q5</a></p>— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) <a href=”https://twitter.com/DmytroKuleba/status/1505596769106808836?ref_src=twsrc%5Etfw”>March 20, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Post do ministro de Relações Exteriores (Mídia: Twitter/Dmytro Kuleba)
Kherson foi a primeira grande cidade ucraniana a ser invadida pelas tropas russas. A população mobilizou várias manifestações contra o domínio russo, contradizendo a versão russa de que a cidade havia sido “libertada”.
A capital ucraniana Kiev acordou comum novo toque de recolher que entrou em vigor às 20h de segunda-feira e segue até as 7h de quarta, 23. O número de perdas foi atualizado pelo prefeito: “65 moradores pacíficos de Kiev, incluindo quatro crianças, morreram e cerca de 300 pessoas, incluindo 16 crianças, foram feridas em bombardeio militar russo”, disse Vitali Klitschko.
Joe Biden teme sobre uso de armas químicas
O presidente americano, Joe Biden, afirmou na segunda-feira que está “claro” sobre a Rússia considerar o uso das armas químicas e biológicas na Ucrânia, e alertou que essa medida levaria o Ocidente dar uma resposta “difícil”.
Esta semana será marcada por intensas atividades diplomáticas. Na quinta, 24, Biden participa de uma cúpula extraordinária da Otan, em Bruxelas, de uma reunião do G7 e uma cúpula da União Europeia, antes de embarcar na sexta, 25, para a Polônia, principal país de chegada de refugiados ucranianos.
Joe Biden participará de reuniões com outros líderes mundiais para discutir a situação na Ucrânia. (Foto: Reprodução/InfoMoney)
Nesta segunda-feira (21), o presidente da França, Emmanuel Macron, Joe Biden, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o chanceler alemão, Olaf Scholtz e o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, debateram por videoconferência. Falaram sobre a situação em Mariupol e a urgência de ter acesso sem obstrução de ajuda humanitária.
O Ministério das Relações Exteriores da França anunciou o envio de 55 toneladas de equipamentos médicos, leite para crianças, geradores para a Ucrânia, via Polônia, além de computadores.
No Brasil, ainda é custoso acessar à internet, pois as condições são bem desiguais. Foi o que um estudo do Instituto Locomotivas e da empresa de consultoria PwC identificou que 33,9 milhões de pessoas ainda não possuem conexão enquanto 86,6 milhões não tem conexão diariamente.
Há o grupo dos “parcialmente conectados”, aqueles que não tem um acesso garantido à internet, que conta com 44,8 milhões de pessoas, tendo em média 25 dias por mês de acesso à rede. Já outro grupo, os “subconectados”, que utilizam o serviço em 19 dias por mês, em média, tem mais de 40 milhões de pessoas.
O estudo mostrou que o grupo dos “desconectados” representa 20% da população brasileira maior de 16 anos, enquanto os “subconectados” junto aos “parcialmente conectados” representam 25% e 26% da população, respectivamente.
O levantamento também mostrou que esses grupos são formados por pessoas nas classes C, D e E, e também possuem menos escolaridade.
Enquanto isso, o grupo dos “plenamente conectados”, aqueles que usam a internet 29 dias por mês, em média, representa 49,4 milhões de brasileiros. O número representa 29% da população com mais de 16 anos, composto por pessoas das classes A e B, e são mais escolarizadas.
Mesmo com a tecnologia 3g e 4g tendo uma cobertura nacional, junto a chegada do 5g, pelas operadoras, o acesso à tecnologia é uma carência grande no país (Foto: Reprodução/hardware.com.br)
“Apenas 8% dos internautas ‘plenamente conectados’ pertencem às classes D e E, enquanto entre os ‘desconectados’, eles representam 60%”, segundo mostra o estudo.
Conforme diz Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotivas, a pesquisa contraria o senso popular de que todos no Brasil estão conectados.
“Por mais que a democratização do acesso tenha crescido numa velocidade muito rápida, no Brasil, esse acesso se dá de forma muito desigual”, afirmou, em entrevista ao g1.
O mercado de trabalho
O relatório apontou a desigualdade nas condições de acesso à internet que dificultam o cotidiano de uma parte de usuários que trabalham em casa.
Dentre os principais obstáculos apontados, estão a instabilidade do sinal da internet (48%), a velocidade da rede (44%) e a qualidade do sinal (44%). Para 28%, a falta de conhecimento para utilizar a internet atrapalha a rotina também.
Esse último fator concorda com a percepção de 85% dos entrevistados, que consideram importante saber usar bem a internet atualmente. Já 91% dos entrevistados concordam que saber usar bem a rede será importante no futuro.
Para Marco Castro, presidente da PwC Brasil, é necessário investir mais em temas que contemplem o acesso à tecnologia e a educação digital para que evitar a ampliação da desigualdade. Ele pontua que o Brasil não atende a demanda por profissionais qualificados na área de tecnologia.
“A gente tem uma carência de mão de obra. Hoje em dia, você não encontra profissionais de tecnologia para suprir total necessidade que o mercado tem e, cada vez mais, a gente tem a crença de que toda empresa, no futuro, será uma empresa de tecnologia”, explica.
Foto destaque: Reprodução/Getty Images/iStockphoto/Agência Brasil
O presidente russo, Vladimir Putin, discursou para uma multidão que lotou um estádio em Moscou, Rússia, nesta sexta-feira, 18. Putin lembrou e parabenizou os soldados que estão lutando na Ucrânia e afirmou que a guerra seria uma ação para livrar a Ucrânia de “forças neonazistas”.
“A Rússia já tinha feito todo o possível para levantar a Crimeia. Sebastopol criou uma barreira contra os neonazistas, e as pessoas em Donbass também não concordaram com esse governo”, disse em discurso o presidente russo, em Moscou. O intuito do evento era para lembrar a anexação da Crimeia pela Rússia, que completou oito anos.
Putin durante discurso em um estádio em Moscou. Evento lembrou da anexação da Crimeia, há oito anos (Foto: Reprodução/Sputnik/Ramil Sitdikov/Kremlin)
Intensamente aplaudido pelos apoiadores com várias bandeiras russas e cores do país pintadas no rosto, Putin afirmou ainda que estaria “salvando a Ucrânia de todo o sofrimento” que o país, segundo ele, vinha passando. O discurso do presidente teve shows ao vivo no estádio.
Lviv atacada pela primeira vez
A cidade de Lviv, que fica ao oeste da Ucrânia, foi bombardeada por mísseis pela primeira vez desde o início da invasão. Durante a manhã desta sexta, 18, russos atacaram locais a cerca de 6 quilômetros e meio do centro da cidade.
Segundo o prefeito, Andriy Sadovy, os mísseis atingiram uma oficina mecânica de aviões que fica no complexo do aeroporto da cidade. Não houve registro de mortos ou feridos, e a oficina não estava em funcionamento. Lviv fica próxima à fronteira com a Polônia. Muitos cidadãos ucranianos foram para lá quando começou a invasão do país pelas tropas russas.
Relatório da ONU registra mais de 700 mortes de civis na Ucrânia
Mais de 700 civis, dentre esses, 52 crianças, foram mortos na Ucrânia desde o início da invasão da Rússia, três semanas atrás. Para a subsecretária-geral da ONU para assuntos políticos, Rosemary DiCarlo, ao Conselho de Segurança da organização, o número real é, provavelmente, bem maior.
“A maioria dessas vítimas foi causada pelo uso em áreas povoadas de armas explosivas com ampla área de impacto. Centenas de prédios residenciais foram danificados ou destruídos, assim como hospitais e escolas”, disse DiCarlo.
Rosemary DiCarlo, subsecretária da ONU (Foto: Reprodução/unowas.unmissions.org)
Ela afirmou ao conselho de 15 membros que a agência de direitos humanos da ONU registrou 726 mortos, entre esses estão 52 crianças, mais de 1.000 pessoas feridas, 63 crianças, entre os dias 24 de fevereiro e 15 de março. DiCarlo não entrou em detalhes sobre o culpado.
Foto destaque: Putin em discurso. Reprodução/Sputnik/Ramil Sitdikov/Kremlin