Nesta quinta, 31, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a situação ao sul do país e na região de Donbass continua muito difícil e reafirmou que a Rússia estaria reunindo suas forças perto da cidade sitiada de Mariupol.
Em um raro sinal de conflito interno, Zelensky disse em um discurso em vídeo que demitiu dois generais do serviço de segurança nacional, sob alegação de traição. Segundo o presidente, os demitidos foram o chefe do principal departamento de Segurança Interna do Serviço de Segurança da Ucrânia, Naumov Andrii Olehovich, junto ao chefe do gabinete do Serviço de Segurança da Ucrânia da região de Kherson, Krivoruchko Sergii Olekasandrovich.
“Agora não tenho tempo para lidar com todos os traidores. Mas pouco a pouco serão todos punidos”, reiterou Zelensky, que agradeceu também aos “heróis nacionais” por defenderem o Estado.
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, durante discurso em vídeo no dia 30 de março de 2022. (Foto: Reprodução/Telegram/g1/Zelensky)
O presidente ucraniano afirmou também que os russos, que por serem maus e muito ansiosos pela destruição, parecem pertencerem a outro mundo. “Monstros que queimam e saqueiam, que atacam e estão empenhados em matar”, disse.
Segundo a Rússia, a invasão faz parte de uma “operação militar” com o intuito de desarmar e “desnazificar” o país vizinho. Moscou negou as acusações de Kiev sobre forças russas estarem atacando os civis.
Zelensky disse que forças ucranianas fez os russos recuarem de Chernihiv e Kiev — duas das cidades que Moscou afirmou que não seriam o principal foco dos ataques, já que buscam assegurar as regiões de Luhansk e Donbass, no sudeste, que são separatistas.
“A situação no sul e em Donbass continua extremamente difícil. Haverá batalhas pela frente. Ainda precisamos percorrer um caminho muito difícil para conseguir tudo o que queremos”, afirmou Zelensky.
Foto destaque: Volodymyr Zelensky. Reprodução/infomoney/Chris McGrath/Getty Images