Praticar exercício físico pode retardar o processo de envelhecimento

Uma nova pesquisa conduzida por cientistas da Amsterdam UMC revelou descobertas promissoras sobre o papel do exercício físico na promoção da saúde e potencialmente na reversão do processo de envelhecimento.

Durante anos, os pesquisadores observaram o acúmulo de uma gordura específica, chamada bis (monoacilglicerol) e fosfato (BMPs), em vários tecidos do corpo à medida que as pessoas envelhecem. No entanto, esta pesquisa recente sugere que a prática regular de atividade física pode ser eficaz em combater esse acúmulo.

Benefício da prática de exercícios

O estudo, publicado recentemente na Nature Aging, revela que indivíduos mais velhos que se envolvem em exercícios físicos diários demonstram uma diminuição significativa nos níveis de BMPs em comparação com aqueles que levam um estilo de vida mais sedentário.


Estudo sugere que a prática regular de exercícios físicos pode reverter os efeitos do envelhecimento (Fotografia: Reprodução/Freepik/Freepik)

Essa descoberta sugere não apenas uma conexão entre o exercício e a redução do acúmulo de gordura relacionada à idade, mas também abre novas perspectivas para compreendermos melhor os mecanismos subjacentes ao processo de envelhecimento.

Riekelt Houtkooper, professor no laboratório de Doenças Genéticas Metabólicas da Amsterdam UMC, observa que, anteriormente, a ideia de reverter o envelhecimento era considerada ficção científica, mas as pesquisas estão levando a uma melhor compreensão dos complexos processos que estão por trás do envelhecimento.

O que dizem os resultados

Esses resultados não apenas destacam a importância do exercício físico na saúde geral, mas também incentivam uma exploração mais aprofundada dos mecanismos moleculares subjacentes ao envelhecimento.

Georges Janssens, professor assistente na Amsterdam UMC e autor principal do estudo, expressa que estamos apenas no início da compreensão dos mistérios do envelhecimento e suas relações com a atividade física, indicando que há uma vastidão de conhecimento a ser explorada nessa área.

Perspectivas futuras sobre a pesquisa

À medida que a pesquisa avança, será essencial continuar investigando como o acúmulo de BMPs afeta o envelhecimento e se o exercício é a única maneira de influenciar esses níveis.

Estudos de acompanhamento estão planejados para explorar mais profundamente essas questões e potencialmente abrir caminho para intervenções mais direcionadas no processo de envelhecimento.

Reino Unido dá passo rumo à proibição gradual à venda de cigarro

O Parlamento do Reino Unido tomou o primeiro passo em direção a uma legislação que proibirá a venda de cigarros para pessoas nascidas após 1º de janeiro de 2009. Se totalmente aprovada, esta medida posicionará o país como um dos mais rigorosos do mundo no controle do tabaco.

O objetivo é criar uma geração livre do vício do tabagismo. A partir de 2024, os jovens que completarem 15 anos nunca poderão legalmente adquirir cigarros ou dispositivos de vaping.

Atualmente, a compra de cigarros ou vapes é restrita a maiores de 18 anos. O projeto prevê a implementação da nova lei em 2027, aumentando a idade mínima a cada ano até que toda a população seja proibida de comprar tabaco.

No Reino Unido, aproximadamente 13% da população atualmente pratica o hábito de fumar, uma cifra que tem declinado desde os anos 1970. Apesar dessa tendência, o tabagismo continua sendo a principal causa de morte evitável, responsável por cerca de 80 mil óbitos anualmente, conforme relatórios das autoridades de saúde.

Restrições amplas e debates

Além de alterar a idade mínima para compra, o projeto também estabelece restrições ao vaping, incluindo a proibição de sabores e a venda de dispositivos de baixo custo, que são mais acessíveis.


Em 2027, a idade mínima para comprar cigarros será elevada a cada ano. (Fotografia: Reprodução/Freepik/Nensuria)

Apesar de ser uma medida proposta pelo governo, há falta de consenso dentro do partido do primeiro-ministro Rishi Sunak. Durante a votação no plenário do Parlamento, 383 deputados apoiaram a medida enquanto 67 foram contra. Alguns políticos conservadores proeminentes, como os ex-primeiros-ministros Boris Johnson e Liz Truss, argumentam que o projeto limita as liberdades individuais.

Controvérsias

Existe, ainda, um grupo de pressão que defende os direitos dos fumantes. Eles argumentam que a medida poderia gerar um mercado clandestino e que trata os futuros adultos como crianças. O governo assegura que não pretende criminalizar o ato de fumar e que o aumento gradual da idade mínima de compra não impedirá aqueles que já possuem permissão para comprar.

Nova terapia para hemofilia beneficia pacientes, trazendo resposta imunológica

A coagulação do sangue representa uma das defesas fundamentais do corpo humano. Ao nos ferirmos, o organismo entra em ação, interrompendo o sangramento para evitar hemorragias. Entretanto, para cerca de 14 mil pessoas no Brasil, cada pequena lesão implica um perigo iminente devido à falta dessa habilidade natural de coagulação. Esses indivíduos enfrentam a hemofilia, uma condição rara, hereditária e incurável que afeta o processo de coagulação sanguínea, tornando o corpo suscetível a sangramentos descontrolados.

A hemofilia representa uma luta constante para aqueles que vivenciam essa condição. Atividades simples, como caminhar, podem desencadear pequenos sangramentos internos que, para a maioria, são prontamente estancados pelo organismo. No entanto, para os hemofílicos, tais lesões passam despercebidas pelo sistema de coagulação, resultando em sangramentos persistentes que podem ocasionar danos significativos às articulações e até mesmo comprometer a mobilidade.

Entenda o que é a hemofilia

A falha genética nos cromossomos ligados à coagulação do sangue é responsável por essa condição, transmitida de mãe para filho. Dois tipos principais de hemofilia existem: A e B, cada uma associada à deficiência de uma proteína específica necessária para a coagulação. Geralmente, o diagnóstico ocorre na infância, quando os pacientes começam a apresentar facilmente inchaços e hematomas após pequenos traumas.

Tratamentos da doença

Ao longo dos anos, houve uma evolução no tratamento da hemofilia. No passado, os pacientes precisavam de transfusões sanguíneas para receber o fator de coagulação necessário, o que frequentemente resultava em complicações, como infecções por HIV e hepatite. Atualmente, a medicina avançou, e os pacientes podem receber o fator de coagulação de maneira mais segura, muitas vezes através de um medicamento injetável.


Hemofilia é uma condição genética rara, herdada geneticamente (Fotografia: Reprodução/Freepik/Stefamerpik)

Entretanto, alguns pacientes desenvolvem uma resposta imunológica ao tratamento, o que os torna dependentes de medicamentos mais caros e complexos. Um desses medicamentos é o emicizumabe, que age como um substituto do fator de coagulação e é administrado por injeção subcutânea semanalmente.

Embora esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com essa resposta imunológica específica, há uma demanda para que seja acessível a todos os que sofrem de hemofilia, devido à sua conveniência e menor frequência de administração em comparação com outras opções de tratamento.

Emicizumabe como forma de tratamento

Uma ampliação recente no acesso ao emicizumabe foi esclarecida pelo Ministério da Saúde, tornando-o disponível para uma gama mais ampla de pacientes com hemofilia. Entretanto, ainda é dada prioridade aos pacientes que não respondem adequadamente a outras formas de tratamento, garantindo-lhes acesso a opções eficazes e seguras para gerenciar sua condição, enquanto os recursos do sistema de saúde são alocados de forma eficiente.

Conectividade no Brasil revela profundas desigualdades regionais

O estudo “Conectividade Significativa: Avaliação e retrato da conectividade no Brasil” fornece uma visão detalhada do cenário da conectividade dentro do país. De acordo com suas descobertas, apenas 22% dos brasileiros com 10 anos ou mais desfrutam de uma conectividade considerada satisfatória.

Foram delineados nove indicadores para capturar diferentes aspectos da conectividade, que abrangem questões como acessibilidade, financeira, posse de equipamentos, qualidade da conexão e padrões de uso. Destes, quatro concentram-se em características individuais, enquanto os outros cinco examinam aspectos relacionados aos lares.

Ao agregar esses indicadores, foi estabelecida pelos pesquisadores uma escala de conectividade, variando de 0 a 9, para cada indivíduo na amostra. Apenas 22% da população alcançou os níveis mais elevados de conectividade (pontuações entre 7 e 9), enquanto 20% ficaram na faixa intermediária (pontuações entre 5 e 6). O maior contingente, no entanto, registrou pontuações de até 2 pontos, representando um terço (33%) da população.

Impacto da pesquisa TIC

Os dados mais recentes da pesquisa TIC Domicílios foram utilizados para melhor compreender o panorama tecnológico do país. A pesquisa, que examina anualmente o acesso às tecnologias da informação em domicílios urbanos e rurais, foi lançada em Brasília–DF nesta terça-feira (16) e conduzida pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), órgão executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Os resultados também serão apresentados durante uma reunião do G20 ainda este mês.


Um estudo adicional indicou que as regiões Norte e Nordeste têm um acesso inferior (Fotografia: Reprodução/Freepik/Freepik)

A iniciativa reconhece a necessidade de expandir a compreensão sobre a inclusão digital, dada a rápida evolução tecnológica. Alexandre Barbosa, responsável pelo Cetic.br|NIC.br, ressalta que apenas contar o número de usuários de internet não basta para avaliar a conectividade de um país. Ele sugere que é necessário analisar a qualidade da conectividade dos brasileiros por diferentes perspectivas para uma compreensão mais precisa da situação.

Disparidades regionais

A avaliação com base nesses critérios revelou que as condições mais precárias estão nas regiões Norte e nordeste, onde apenas 11% e 10% da população, respectivamente, estão na faixa de maior conectividade (entre 7 e 9 pontos), enquanto 44% e 48% (nesta ordem) estão no extremo inferior da escala (pontuações até 2).

Em contraste, a média nacional é de 33%. Por outro lado, as regiões Sul (27%) e sudeste (31%) apresentaram os melhores índices, sendo as únicas regiões do país em que o número de habitantes na faixa mais alta é superior ao da faixa mais baixa.

Crise climática desencadeia maior branqueamento de corais na história

O atual fenômeno de branqueamento em massa está representando um sério desafio para os recifes de corais em todo o mundo. Este fenômeno é impulsionado pelo aumento sem precedentes das temperaturas oceânicas devido à crise climática.

De acordo com relatórios recentes da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) e da Iniciativa Internacional do Recife de Coral (ICRI), mais de 54% dos recifes de corais foram afetados no ano passado, afetando mais de 53 países e territórios em áreas como o Oceano Atlântico, Pacífico e Índico.

Quando expostos a esse estresse térmico, os corais acabam expelindo as algas simbióticas que lhes conferem cor e energia. Se as temperaturas não retornarem ao normal, esse branqueamento pode levar a uma devastadora perda de corais, ameaçando toda uma série de espécies e cadeias alimentares dependentes deles.

Branqueamento mundial

O quarto branqueamento global registrado e o segundo nesta última década são representados por este evento. As áreas afetadas abrangem desde a Flórida até o Caribe, México, Brasil, Austrália e várias regiões do Pacífico, Mar Vermelho e Oceano Índico.


Em 2023 mais de 54% das áreas de recifes de corais ao redor do mundo experienciaram o branqueamento (Fotografia: Reprodução/Agência Bori/UFRN)

Os cientistas, como o professor Ove Hoegh-Guldberg, que previu esse evento há meses, expressam preocupação com a rapidez e a magnitude das mudanças de temperatura. O aumento contínuo das temperaturas do oceano é alarmante, especialmente considerando que os últimos 12 meses têm sido os mais quentes já registrados.

Efeitos do La Ninã

Esperava-se que o fenômeno climático La Niña, que geralmente resfria as temperaturas globais, pudesse oferecer alguma ajuda. Entretanto, os eventos de branqueamento persistiram mesmo durante períodos recentes de La Niña. A situação reveste-se de especial preocupação para o próximo verão no Caribe e na Flórida, onde um aquecimento adicional poderia ter consequências catastróficas.

A magnitude do impacto torna-se evidente na Grande Barreira de Corais da Austrália, onde um extenso branqueamento foi recentemente confirmado. Isso serve como um lembrete vívido de como as mudanças climáticas estão pressionando os limites de tolerância dos recifes de coral em todo o mundo.

Advertências da ONU

A urgência de ações para evitar um futuro desastroso é destacada pelas advertências das Nações Unidas sobre as emissões de carbono e os potenciais aumentos de temperatura. É crucial reduzir drasticamente as emissões de carbono, assim como realizar uma gestão eficaz dos recifes de corais em níveis local e regional.

Estudo revela que solidão acelera o envelhecimento biológico

A solidão está emergindo como uma preocupação cada vez maior em termos de saúde pública. Vários estudos indicam que ela tem efeitos negativos tanto na saúde física quanto mental, e pode até aumentar o risco de mortalidade. Um estudo recente realizado pela Mayo Clinic reforça essas descobertas, sugerindo que pessoas socialmente isoladas parecem envelhecer biologicamente mais rápido do que sua idade real.

Publicado em março no Journal of the American College of Cardiology: Advances, o estudo destaca a importância dos vínculos sociais para a saúde física e longevidade. Além de acelerar o envelhecimento biológico, a solidão também está associada a um aumento no risco de morte por várias causas.

Para chegar a essas conclusões, os cientistas analisaram o Índice de Rede Social em relação aos resultados de eletrocardiogramas assistidos por inteligência artificial (IA-ECG) de mais de 280 mil adultos que compareceram a consultas ambulatoriais entre junho de 2019 e março de 2022. Os participantes preencheram um questionário sobre fatores sociais determinantes para a saúde e tiveram seus registros de IA-ECG armazenados durante um período de um ano.

Modelo de estudo

Utilizando um sistema de inteligência artificial para análise de eletrocardiogramas desenvolvido pela Mayo Clinic, os cientistas avaliaram a idade biológica dos indivíduos, que foi então contrastada com suas idades cronológicas convencionais.


Nova descoberta confirma estudos anteriores que evidenciam os danos à saúde física e mental causados pela ausência de conexões sociais (Fotografia: Reprodução/Freepik)

Estudos anteriores confirmaram que a estimativa de idade feita pelo sistema reflete a idade biológica do coração. Uma diferença positiva indica um envelhecimento biológico acelerado, enquanto uma diferença negativa sugere um envelhecimento biológico mais gradual.

Os participantes responderam a um questionário que abordava diversos aspectos da interação social, como participação em atividades sociais, conversas com familiares e amigos, envolvimento em eventos religiosos e estado civil.

Resultados do estudo

Os resultados indicaram que os participantes com uma vida social mais ativa, como indicado por pontuações mais altas no Índice de Rede Social, apresentaram uma menor disparidade na idade biológica determinada pelo IA-ECG. Em contraste, aqueles com pontuações mais baixas enfrentaram um aumento no risco de mortalidade em comparação com outros grupos.

Além disso, o estudo observou diferenças de saúde entre grupos étnicos, destacando que participantes não brancos exibiram diferenças médias de idade biológica mais acentuadas, especialmente entre aqueles com menor envolvimento social. A maioria esmagadora dos participantes, cerca de 86,3%, era de origem branca não hispânica.

Os pesquisadores enfatizam a importância de abordar o isolamento social como um fator de risco significativo para o envelhecimento precoce, sugerindo que mudanças no estilo de vida, como aumentar a interação social, praticar exercícios regularmente e adotar uma alimentação saudável, podem contribuir para aprimorar a saúde de forma geral.

Brasil e Reino Unido firmam novo acordo aéreo para impulsionar fluxo bilateral

Na quarta-feira (10), a ministra interina de Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, e a embaixatriz do Reino Unido, Stephanie Al-Qaq, assinaram um acordo inovador que engloba os Serviços Aéreos entre seus países respectivos.

Este novo acordo determina que as empresas aéreas do Brasil e do Reino Unido terão liberdade para definir as ofertas de voos bilaterais, fruto de uma colaboração conjunta entre a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério de Portos (MPor).

A proposta deste novo acordo inclui que as empresas aéreas brasileiras e britânicas tenham liberdade total para estabelecer a oferta de voos bilaterais para passageiros e carga, sem restrições. Atualmente, o número máximo de voos semanais permitidos é de sete para ida e sete para volta.

Atualização do acordo de 1946

De acordo com o marco legal bilateral estabelecido em 1946, a revisão deste acordo também irá autorizar operações de serviços de carga, permitindo que as companhias aéreas dos países em questão transportem cargas internacionais sem a necessidade de iniciar ou concluir a operação dentro do território da empresa de origem.


Brasileiros e britânicos atualizaram acordo aéreo de 1946 (Fotografia: Reprodução/Ministério das Relações Exteriores)

Este novo acordo está atualmente sujeito à análise e aprovação do Congresso Nacional. O Ministério das Relações Exteriores destaca que essa medida oferecerá maior segurança jurídica às empresas que operam rotas entre o Brasil e o Reino Unido, incentivando, assim, o aumento do fluxo bilateral, tanto no comércio quanto no turismo.

Avanços nas relações diplomáticas

A Embaixadora Al-Qaq expressou sua satisfação ao oficializar o primeiro Acordo de Serviços Aéreos entre o Reino Unido e o Brasil desde 1946. Ela enfatizou a importância da conectividade aérea para ambos os países e destacou que o acordo amplia os direitos das companhias aéreas para operarem entre eles.

Além disso, ressaltou os benefícios em termos de segurança e sustentabilidade dos voos. A Embaixadora manifestou sua expectativa de que mais brasileiros visitem o Reino Unido e mais britânicos visitem o Brasil como resultado desse acordo.

Recurso contra a liberdade condicional de Daniel Alves é negado pela justiça

Hoje, foi anunciada pela Justiça catalã, na Espanha, a decisão de negar os recursos que contestavam a concessão de liberdade condicional a Daniel Alves, ex-jogador, que deixou a prisão após completar 14 meses de uma sentença de quatro anos e meio por estupro.

Um comunicado do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha declarou a rejeição dos recursos contra a decisão que autorizou a liberdade sob fiança ao condenado Daniel Alves. Alves, que tem 40 anos, saiu da prisão em 25 de março, após pagar uma fiança de um milhão de euros (equivalente a 5,4 milhões de reais), enquanto os recursos contra sua condenação estão pendentes de julgamento.

Contestação da liberdade de Daniel Alves


Daniel Alves ao deixar a prisão (Foto: reprodução/ David Zorrakino/Europa Press)

Tanto o Ministério Público quanto a defesa da vítima levantaram objeções à sua liberdade, alegando risco de fuga. Contudo, os magistrados não compartilharam dessa visão, confiscando o passaporte de Alves e determinando que ele se apresentasse semanalmente ao tribunal.

Em fevereiro, o ex-jogador do Barcelona, PSG e da Seleção foi sentenciado a quatro anos e meio de prisão por ter cometido estupro contra uma mulher em uma boate em Barcelona no final de 2022, após a Copa do Mundo do Catar.

Além da pena de prisão, ele foi submetido a um período de cinco anos de liberdade condicional, ficou proibido de se aproximar da vítima por nove anos e meio e foi condenado a pagar uma indenização de 150 mil euros (aproximadamente 815 mil reais).

Impasse judicial do ex-jogador

Tanto a defesa de Alves, que pleiteou sua inocência durante o julgamento, quanto o Ministério Público, que busca uma punição mais severa, interpuseram recursos contra a decisão. A resolução desses recursos pode se estender por meses.

Após sua detenção em janeiro de 2023, o clube de Alves na época, o Pumas do México, rescindiu seu contrato, e seu retorno ao mundo do futebol permanece em suspenso.

A previsão é que os recursos contra a condenação de Daniel Alves sejam examinados nos próximos meses pela sala de apelação do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.

Todas as partes apelaram da sentença: a defesa de Daniel Alves pleiteia a absolvição; o Ministério Público e os representantes legais da vítima insistem na aplicação da pena máxima de 12 anos. O caso ainda poderá ser levado ao Tribunal Supremo, a instância jurídica mais alta na Espanha.

Vacina oral apresenta eficácia duradoura na prevenção de infecções urinárias

Uma inovação no enfrentamento das infecções urinárias recorrentes surge por meio de uma vacina oral, de acordo com as descobertas iniciais de uma pesquisa realizada pelo Royal Berkshire Foundation Trust, no Reino Unido. Conforme revelado pelo estudo, 54% dos participantes que receberam a vacina permaneceram livres da doença por até nove anos após a imunização, sem relatos de quaisquer efeitos colaterais adversos.

A infecção urinária é uma condição prevalente, especialmente entre as mulheres, embora também possa afetar os homens. Existem dois tipos principais: cistite, que afeta o trato urinário inferior, e pielonefrite, que compromete o trato urinário superior.

A administração oral da MV140 é realizada por meio de duas pulverizações diárias sob a língua, durante um período de três meses. Este estudo é o primeiro a acompanhar a eficácia e segurança da vacina a longo prazo, sendo conduzido com 89 pacientes.

Resultados parciais da vacina


A descoberta resultou de um estudo pioneiro que avaliou pela primeira vez a segurança e eficácia da vacina MV140 (Foto: reprodução/Freepik)

Os resultados apontam para a segurança a longo prazo da vacina, com menos ocorrências de infecções graves e, em alguns casos, infecções resolvidas com um simples aumento na ingestão de água. Houve uma notável melhora na qualidade de vida conforme relatado pelos participantes após terem sido vacinados.

Além disso, foi constatado no estudo que 48 participantes permaneceram livres de infecção por nove anos, com uma média de mais de quatro anos sem infecções entre todos os participantes. Cerca de 40% dos pacientes receberam doses adicionais da vacina após um ou dois anos.

Vacina como alternativa segura

O potencial da MV140 como alternativa segura e eficaz aos tratamentos convencionais para infecções urinárias recorrentes é destacado por esses resultados promissores.

Entretanto, é necessário realizar mais pesquisas para compreender o seu impacto em diferentes grupos de pacientes e aprimorar a sua utilização. A vacina já está sendo disponibilizada sem licença em vários países e prevê-se que os resultados completos do estudo sejam divulgados até o final de 2024.

Março de 2024 bate recorde de calor global, revela relatório científico

Em março de 2024, foi divulgado pelo observatório europeu Copernicus (C3S) um relatório alarmante, anunciando o ponto mais alto já registrado em termos de calor. Este marco sinaliza o décimo mês consecutivo em que recordes de temperatura estão sendo quebrados, uma tendência destacada pelos especialistas.

Nos últimos 10 meses, cada um foi categorizado como o mais quente já documentado para aquele período específico, em comparação com os anos anteriores. O Copernicus revelou que os 12 meses entre abril de 2023 e março de 2024 foram os mais quentes registrados globalmente, com uma temperatura média 1,58ºC acima da era pré-industrial, no século 19.

Recordes de calor


Pela primeira vez na história, o mundo testemunhou um dia em que a temperatura média global ultrapassou os 2°C (Foto: reprodução/Freepik)

O planeta testemunhou o mês de junho alcançar sua maior temperatura já registrada. A partir desse ponto, a cada novo mês, essa marca foi ultrapassada: julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e agora, março. Adicionalmente, o número de dias com temperaturas excedendo 1,5ºC (considerado o “limite seguro” das mudanças climáticas) atingiu um novo pico, muito antes do término de 2023.

Pela primeira vez, o mundo observou um dia com a temperatura média global 2°C superior à era pré-industrial. Adicionalmente, em julho de 2023, a situação se agravou consideravelmente, com registros tão elevados de temperatura que sugerem ser o mês mais quente em 120 mil anos. Além disso, as temperaturas médias de setembro excederam o recorde anterior em 0,5°C, intensificando ainda mais a preocupação com o aquecimento global.

Principal causa do aumento das temperaturas

As emissões de gases de efeito estufa foram destacadas pelos cientistas do observatório europeu como a causa primordial deste calor sem precedentes. Adicionalmente, o fenômeno El Niño teve sua contribuição no aumento das temperaturas nos últimos meses.

As repercussões das alterações climáticas têm se manifestado em diversas localidades ao redor do globo recentemente. Por exemplo, uma seca sem precedentes desencadeou uma quantidade recorde de incêndios florestais na área amazônica, sob jurisdição da Venezuela, durante os meses de janeiro a março. No sul da África, as colheitas foram dizimadas, resultando em milhares de pessoas enfrentando a escassez de alimentos.