Março de 2024 bate recorde de calor global, revela relatório científico

Pedro Ramos Por Pedro Ramos
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Com o mês de março registrando a maior temperatura já documentada, a Terra completa seu décimo mês consecutivo com recordes de calor (Foto: reprodução/Freepik)

Em março de 2024, foi divulgado pelo observatório europeu Copernicus (C3S) um relatório alarmante, anunciando o ponto mais alto já registrado em termos de calor. Este marco sinaliza o décimo mês consecutivo em que recordes de temperatura estão sendo quebrados, uma tendência destacada pelos especialistas.

Nos últimos 10 meses, cada um foi categorizado como o mais quente já documentado para aquele período específico, em comparação com os anos anteriores. O Copernicus revelou que os 12 meses entre abril de 2023 e março de 2024 foram os mais quentes registrados globalmente, com uma temperatura média 1,58ºC acima da era pré-industrial, no século 19.

Recordes de calor


Pela primeira vez na história, o mundo testemunhou um dia em que a temperatura média global ultrapassou os 2°C (Foto: reprodução/Freepik)

O planeta testemunhou o mês de junho alcançar sua maior temperatura já registrada. A partir desse ponto, a cada novo mês, essa marca foi ultrapassada: julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e agora, março. Adicionalmente, o número de dias com temperaturas excedendo 1,5ºC (considerado o “limite seguro” das mudanças climáticas) atingiu um novo pico, muito antes do término de 2023.

Pela primeira vez, o mundo observou um dia com a temperatura média global 2°C superior à era pré-industrial. Adicionalmente, em julho de 2023, a situação se agravou consideravelmente, com registros tão elevados de temperatura que sugerem ser o mês mais quente em 120 mil anos. Além disso, as temperaturas médias de setembro excederam o recorde anterior em 0,5°C, intensificando ainda mais a preocupação com o aquecimento global.

Principal causa do aumento das temperaturas

As emissões de gases de efeito estufa foram destacadas pelos cientistas do observatório europeu como a causa primordial deste calor sem precedentes. Adicionalmente, o fenômeno El Niño teve sua contribuição no aumento das temperaturas nos últimos meses.

As repercussões das alterações climáticas têm se manifestado em diversas localidades ao redor do globo recentemente. Por exemplo, uma seca sem precedentes desencadeou uma quantidade recorde de incêndios florestais na área amazônica, sob jurisdição da Venezuela, durante os meses de janeiro a março. No sul da África, as colheitas foram dizimadas, resultando em milhares de pessoas enfrentando a escassez de alimentos.

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