Uma onda de novas variantes pode causar novo pico de COVID-19

Desde o início da pandemia do vírus da COVID-19, cientistas no mundo inteiro correram contra o tempo para conseguir o imunizante mais eficaz para exterminar o vírus. Entretanto, com o passar dos anos, a população começou a lidar com as variantes. A mais famosa é conhecida como Ômicron e agora tem companhia de várias outras. 

Dessa forma, existe uma crescente de novas variantes e pode estar ganhando força em níveis globais. O aumento significativo e preocupante está acontecendo no Hemisfério Norte, devido ao inverno que se aproxima. 

A lista é extensa, só nos Estados Unidos, aparecem as variantes BQ.1, BQ.1.1, BF.7, BA.4.6, BA.2.75 e BA.2.75.2. Além disso, em outros países recombinante XBB tem crescido e se espalhado rápido e, pelo que tudo indica, é a responsável por uma nova onda de casos em Singapura. Existem, no momento, números crescentes também na Europa, especificamente no Reino Unido, onde esses tipos de variantes já estão fixas. 


Reprodução ilustrada de variantes (Foto: Reprodução/PAHO)


Não é possível saber com certeza se essas novas variantes continuarão perpetuando em conjunto pelo mundo e poderão superar surtos anteriores. Já que, cada uma é responsável por uma porcentagem de casos de COVID-19. Esse fenômeno de mutações é chamado de evolução convergente e suas consequências são a evolução e vírus atingindo a população ao mesmo tempo. 

“Com uma evolução convergente, talvez várias linhagens diferentes possam obter de forma independente níveis de transmissibilidade semelhantes, contra uma única nova variante assumindo o controle”, explicou Nathan Grubaugh, professor associado de epidemiologia na Escola de Saúde Pública de Yale.


Pessoas andando juntas, algumas com ou sem máscara. (Foto: Reprodução/Amanda Perobelli/Reuters) 


“É o que acontece predominantemente na maioria dos agentes patogênicos, como a gripe e o VRS (vírus sincicial respiratório)”, escreveu Nathan Grubaugh em um email. “Agora que o vírus se adaptou muito bem à transmissão humana, a maior parte do que circula está em boa forma”. 

Além disso, é preciso entender sobre essas novas variantes e saber ao certo como se preparar para combatê-las. Foi o que explicou a líder técnica da resposta à Covid-19 na Organização Mundial de Saúde, Maria Van Kerkhove, em sua fala: 

“Acho que precisamos estar preparados para isso. Os países precisam estar em condições de fazer vigilância, lidar com aumentos nos casos e talvez com ondas e hospitalizações. Ainda não vemos uma mudança de gravidade. E nossas vacinas permanecem eficazes, mas temos de permanecer vigilantes.”

Cientistas estão trabalhando para desenvolver vacinas que combatam essas variantes. Tudo está sendo analisado e estão pesquisando as melhores formas de extinguirem ao máximo esses resquícios de COVID-19 que não param de aparecer. 

 

Foto Destaque: Reprodução/Fundação Getúlio Vargas

62% dos homens não buscam médico para diagnóstico

Segundo dados coletados, durante uma pesquisa realizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida ouviu 1.800,00 homens com idade entre 18 e 65 anos que moram no Brasil, México, Colômbia e Argentina revelou que 73% só procuram orientação médica quando apresentam sintomas intoleráveis.

No Brasil, 62% dos homens que responderam a pesquisa, informaram ter esse hábito. Essas informações foram levantadas em 2021 onde também ficou explícito que ao invés de irem ao médico, os homens buscam diagnósticos na internet além de praticar a automedicação para tratar os sintomas. E 43% dos homens fazem parte do grupo de risco e precisam redobrar a atenção e os cuidados com a saúde.


Foto: Medico participante da campanha Novembro Azul, um mês voltado para o cuidado com a saúde masculina (Reprodução/nucleodiagnostico)


E, para a conscientização da saúde masculina, é realizada uma campanha no mês de novembro em prol dos homens para ampliar a prevenção e a percepção da importância de buscar ajuda médica mesmo nos menores sintomas. Além de buscar quebrar o paradigma cultural, onde o medo de diagnóstico de uma doença pode comprometer a sua masculinidade. Outros fatores que implicam na busca de orientação médica, pode ser o foco nas atividades trabalhistas e os horários de atendimento das clínicas que coincidem com o horário de trabalho. 

Quando um homem realiza exames de check- up, ele consegue ter acesso ao diagnóstico de doenças que não apresentam sintomas. Além do acompanhamento médico, conhecer o próprio corpo pode contribuir para a identificação de possíveis alterações ou até mesmo sintomas. O médico Jorge explica como fazer o exame: “no chuveiro, durante o banho é possível apalpar cada testiculo, contra a superfície do escroto, e a mão direita vai palpando toda a estrutura do testiculo de cima para baixo”. Ainda, segundo o médico, com esse auto exame é importante observar irregularidades como mudança do tamanho dos testículos, verificar a presença de caroços e até mesmo alguma existência de dor. 

Foto Destaque: Homem no consultório médico Reprodução/medprev.online.

 

Especialistas apontam a importância da vacina HPV na prevenção de seis tipos de câncer

Recentemente, foi realizado o 19º Seminário Latino-Americano de Jornalismo em Ciência e Saúde, que aconteceu em Buenos Aires, na Argentina.  Especialistas em ginecologia infantil e adolescente de todo o mundo reuniram se para debater a importância da prevenção do HPV, através do uso da vacina. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o HPV é o maior responsável por alguns tipos de câncer dentre eles estão: colo de útero, vulva, vagina, peniano, anal e orofaringe. Segundo a entidade, cerca de quatro mulheres morrem por ano vítimas de câncer de útero e de colo do útero relacionados ao HPV. Mesmo a ciência tendo avançado na vacina, tratamento e prevenção, a quantidade de vítimas cresce vertiginosamente.


A importância da vacinação da HPV (Foto: Reprodução/Agência Brasil)


“É uma enfermidade oculta, que se esconde. As pessoas acham que tem a ver com promiscuidade, que o vírus passa de acordo com a quantidade de parceiros sexuais do paciente. Mas não é necessariamente assim, basta um parceiro infectado. Por essa vergonha, muitas mulheres deixam de fazer os exames preventivos e procurar atendimento quando percebem os primeiros sintomas”, afirma a médica Andrea Schilling, especialista em ginecologia infantil.

Um dos pontos debatidos no encontro foi a importância da imunização em adolescentes antes que tenham contato com o vírus, ou seja, antes de iniciar uma vida sexual ativa. Evitando que o vírus se multiplique quando os pacientes forem contaminados. De acordo com os dados expostos no congresso, estima-se que uma em cada duas pessoa já teve, tem ou terá contato com o vírus até o fim da vida. Apesar de a recomendação atual ser de imunizar apenas o grupo considerado de risco (meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos), os especialistas presentes neste encontro defendem que todas as mulheres recebem a vacina em qualquer momento de sua vida, mesmo não sendo um plano viável economicamente. Em junho, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) lançou um posicionamento onde defende que os ginecologistas brasileiros passem a recomendar a vacina a todas as mulheres com menos de 45 anos. Em pacientes que já tiveram lesões provocadas pelo HPV, o imunizante diminui em até 80% as chances do reaparecimento.

“Esse posicionamento da Febrasgo com uma recomendação ativa aos ginecologistas é um marco, já que a vacinação contra o HPV é importante, independentemente de a paciente já ter tido ou não algum contato ou infecção pelo vírus, para prevenir cânceres como o de colo de útero, vulva, vagina e ânus, além de verrugas genitais, a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo”, afirmou a médica Márcia Datz Abadi.

Causas e sintomas

O HPV é transmitido principalmente por contato sexual. A maioria das pessoas é infectada logo após o início da atividade sexual. Trata-se de uma infecção que causa verrugas em diversas partes do corpo, dependendo do tipo do vírus. Muitas vezes o uso camisinha não é o suficiente para prevenir a contaminação. Os sintomas podem incluir verrugas nos órgãos genitais ou na pele circundante. Os mais comuns são coceira, câncer cervical, verruga ou verruga genital. O vírus do HPV é o principal responsável pelo câncer de colo de útero em mulheres e de orofaringe em homens.

 

Foto destaque: Vacinação da HPV. Reprodução/Agência Brasil

Produtos capilares podem aumentar o risco de câncer uterino, diz pesquisadores

Pesquisadores apontam que substancias químicas usadas em alisamentos de cabelos podem aumentar o risco de câncer uterino. Um estudo publicado esta semana, revelou que mulheres que usam essa substância com freqüência, maior que quatro vezes por ano, têm o dobro da probabilidade de desenvolver câncer de útero, principalmente câncer de endométrio. O estudo foi publicado no site científico Journal of The National Cancer Institute, que se baseou em dados de 33.500 mulheres americanas, com idades entre 35 e 74 anos, que foram acompanhadas por 11 anos. Elas preencheram um questionário sobre o uso de certos produtos capilares, incluindo permanentes, tinturas, relaxantes e alisadores.


Mulher com produto de relaxamento no cabelo. (Foto: Reprodução/iStock)


Os pesquisadores não coletaram informações sobre produtos e marcas específicas, mas apontam que várias substâncias químicas presentes nesses tipos de produtos podem contribuir para o aumento do risco de câncer: parabenos, bisfenol A, metais ou até mesmo formaldeído. Este último, conhecido popularmente como formol, é usado para o chamado alisamento brasileiro.  De acordo com a pesquisa, entre as mulheres que não usaram produtos químicos para alisar o cabelo nos últimos 12 meses, 1,6% desenvolveram câncer uterino aos 70 anos, mas cerca de 4% das mulheres que frequentemente usaram esses produtos para alisamento do cabelo desenvolveram câncer uterino aos 70 anos.

Os dados do estudo também mostraram que a associação entre produtos de alisamento e casos de câncer uterino ocorreu mais em mulheres negras, que representavam apenas 7,4% das participantes do estudo, mas 59,9% das que relataram usar alisadores de cabelo.

“Com base no corpo da literatura nesta área, sabemos que os produtos capilares comercializados diretamente para crianças e mulheres negras contêm vários produtos químicos associados à desreguladores de hormônios, e esses produtos comercializados para mulheres negras também demonstraram ter formulações químicas mais fortes”, disse Chandra Jackson, autora do estudo e pesquisadora do Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental.

Alguns especialistas afirmam que embora este estudo seja bem feito e mostre uma associação entre os produtos químicos para alisamento de cabelo e o aumento do risco de câncer uterino, não é possível determinar se os produtos causam diretamente o câncer. E que o uso de vários produtos químicos simultaneamente, pode contribuir para que elas tenham concentrações mais altas desses produtos químicos desreguladores de hormônios em seu sistema.

Foto destaque: Mulher usando a chapinha no salão. Reprodução/taQI

FOTO DESTAQUE: Mulher em salão de beleza fazendo chapinha . REPRODUÇÃO/GETTY IMAGENS/Istockphoto.

Estudo revela que o sono influencia em doenças cardíacas

Nesta quarta-feira (19), foi publicada uma pesquisa de cientistas da Escola de Saúde Pública Mailman da Universidade de Columbia, no jornal científico da American Heart Association. Na pesquisa, foram mostradas que as diretrizes de saúde cardiovascular são mais eficazes para prever o risco de doença cardíaca de uma pessoa se incluírem o sono.

Os pesquisadores utilizaram os registros de sono de 2000 adultos de meia-idade ou mais velhos, em um estudo que ainda está em andamento nos EUA sobre doenças cardiovasculares e fatores de risco, que é chamado de Estudo Multiétnico de Aterosclerose, ou MESA em inglês.

Os participantes preencheram questionários de sono e utilizaram um dispositivo que avaliou o sono durante sete dias e foi feito um estudo noturno que os cientistas puderam observar a maneira como dormiam.

Segundo o estudo, os maus hábitos de sono estão sempre presentes entre os americanos. Entre os participantes, cerca de 63% dos voluntários dormiam menos de sete horas por noite e 30% dormiam menos de seis horas. Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, o ideal é que um adulto durma entre sete e nove horas por noite.

Pessoas que dormiam menos de sete horas por noite possuiam padrões irregulares de sono, sentiam bastante sono durante o dia e tinham apneia do sono. No estudo, quase metade das pessoas tinham apneia do sono de moderada a grave, sendo que mais de um terço relatou sintomas de insônia e 14% relataram sentir muito sono durante o dia.

Essas pessoas também tiveram maior prevalência de fatores de risco para doenças cardíacas, como obesidade, pressão alta e diabetes tipo 2. 


Pessoas com sono desregulado posssuem tendência a doenças cardiovasculares (Foto: Reprodução/UOL)


“O sono ruim também está ligado a outros comportamentos de saúde ruins”, afirmou a autora do estudo Nour Makarem, professora assistente de epidemiologia da Escola de Saúde Pública Mailman.

É possível melhorar a qualidade do sono incluindo novos hábitos na rotina. Como por exemplo, praticar atividades físicas e evitar telas antes de dormir como celular, televisão e computador.

Ter uma boa noite de sono pode trazer benefícios como reduzir o risco de doenças cardiovasculares, fortalecer o sistema imune e melhorar a energia e o humor.

“Em poucas palavras, o sono está relacionado a fatores de risco clínicos ou psicológicos e relacionados ao estilo de vida para doenças cardíacas. Portanto, não é uma surpresa que o sono ruim aumente o risco futuro de doenças cardíacas”, acrescentou Nour.

Por isso é importante cuidar bem do seu coração, mantendo uma rotina de horários para acordar e dormir, praticar atividades físicas, dormir em locais confortáveis e também ter uma alimentação saudável.

Foto destaque: Qualidade do sono é importante para a saúde. Reprodução/G1

Osteoporose: entenda por que mulheres são mais suscetíveis a doença

Doença crônica caracterizada pela redução na densidade e na qualidade óssea, tem como consequência mais grave, a ocorrência de fraturas por fragilidade, particularmente no antebraço, coluna e no quadril. A osteoporose é lembrada todo dia 20 de outubro, como o Dia Mundial da Osteoporose, a data tem o objetivo de conscientizar, prevenir e diagnosticar precocemente sobre a doença, além de alertar a população sobre o seu tratamento que pode ser entendida como uma patologia osteometabólica.


Homem sendo atendido pela médica (Foto: Reprodução/Clínica de Imagem)


A doença é silenciosa, acontece em uma a cada três mulheres e de um a cada cinco homens, ou seja, para cada homem que sofre com a osteoporose, três mulheres apresentam a doença. Isso ocorre devido a vários fatores, destacando-se mudanças hormonais ocorridas na menopausa, pela parada de produção do hormônio esteróide sexuais pelos ovários. Este hormônio por sua vez é um dos responsáveis pela reabsorção óssea, o que acarreta a maior perda óssea, predispondo a osteoporose e fratura por fragilidade na maior parte do público feminino.

As complicações clínicas da osteoporose incluem não só fraturas, mas também dor crônica, depressão, deformidade, perda da independência e aumento da mortalidade. A perda da massa óssea ocorre devido à redução da absorção de minerais e cálcio, o que gera uma deterioração da microestrutura do tecido ósseo. Um terço de todas as fraturas no mundo ocorre no quadril e a doença divide em dois tipos marcada por alterações do nosso corpo que acontecem com o envelhecimento natural. Também conhecida como tipo I, a osteoporose pós-menopausa, que atinge principalmente as mulheres, devido à rápida perda óssea que ocorre após a menopausa.

O tipo II, descrita como osteoporose senil, onde a perda óssea ocorre lenta e gradativamente com o passar dos anos, torna-se grave após os 70 anos. Esta por sua vez acontece tanto em homens e mulheres, onde o principal fator esta relacionado à diminuição da produção de vitamina D pelo rim e pelo aumento na produção de paratormônio, na tireóide, sendo um dos principais hormônios que controlam os níveis sanguíneos do cálcio e fósforo no organismo. O diagnostico é feito através de investigação clínica e de exame como densitometria óssea. Segundo ortopedistas, o tratamento é feito com a ingestão de cálcio regularmente e vitamina D, ajuste na dieta, atividade física e uso de medicamentos apropriados. Para as mulheres, é importante ter um bom acompanhamento ginecológico que a ajude a promover uma boa saúde óssea em todas as fases da vida dela. Ainda de acordo com os especialistas, a prevenção precoce ainda é o melhor caminho e deve começar na infância com uma boa ingestão de cálcio, vitamina D, vitamina K e o magnésio completam as fontes necessárias para a saúde dos ossos.

 

Foto destaque: Mulher sendo atendida pelo médico. Reprodução/Ossos Fortes

A importância do controle do colesterol para a saúde

O colesterol é reconhecido como algo ruim, mas ele desempenha importantes funções no organismo humano. A substância é um tipo de gordura que é produzida pelo organismo e é necessária para desempenhar funções fundamentais como a produção de hormônios e vitamina D. O colesterol também forma substâncias que atuam na digestão, chamadas de ácidos biliares. O colesterol está presente em nosso cérebro, no coração, intestinos, fígado, músculos, nervos e pele.

Existem dois tipos de colesterol, o HDL, que é considerado o “colesterol bom” e o LDL, reconhecido como “colesterol ruim”. Em adultos com mais de 20 anos, o desejado é ter o colesterol abaixo de 200 mg/d1. LDL deve se manter abaixo dos 100 mg/d1 e o HDL maior que 60 mg/d1.

Quando as taxas estão alteradas ele pode causar um efeito dominó no funcionamento dos orgãos, o que pode provocar doenças cardiovasculares como infarto e AVC.

Em geral, o colesterol alto pode estar ligado ao estilo de vida como tabagismo, má alimentação, sedentarismo e obesidade. Mas existem casos de alterações familiares em que mesmo pacientes com bons hábitos alimentares e realizando atividades físicas podem apresentar alterações. Nesses casos, o paciente tem hipercolesterolemia familiar. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a hipercolesterolemia familiar acomete 10 milhões de pessoas no mundo e 300 mil no Brasil.


Alimentos processados ajudam a aumentar o colesterol (Foto: Reprodução/G1)


O Ministério da Saúde afirma que 4 em cada 10 brasileiros possuem colesterol alto. “O colesterol ruim é aquele que está associado ao aumento do risco de problemas do coração nos infartos e derrames. O colesterol bom é aquele que teoricamente protege nosso organismo contra isso”, explica o diretor da Unidade Clínica de Lípides do Incor, Raul Dias dos Santos Filho.

A pesquisadora da coordenação-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Ana Luisa Souza de Paiva Moura, alerta que o problema não está limitado a apenas uma faixa etária. “Pessoas de qualquer idade, até mesmo crianças, podem ter colesterol alto. Isso pode se dar por questões genéticas, mas em grande parte está ligado à inatividade física e à má alimentação”, afirma.

O tratamento para pacientes que tem o colesterol alto consiste em adotar mudanças no estilo de vida, como por exemplo, a prática de atividades físicas regulares. É importante também evitar alimentos ricos em gorduras, frituras, carnes gordurosas, assim como tabagismo e bebidas alcoólicas. Em alguns casos também se faz necessário o uso contínuo de medicamentos.

Foto destaque: Manter um colesterol equilibrado é importante para a saúde. Reprodução/G1

Conscientização ao câncer de mama e exames

No próximo dia 22 de outubro acontece no Morumbi o UNADAY, criado com o intuito de promover informações e conscientização da população de São Paulo sobre a prevenção ao câncer de mama. 

Essa atividade contará com cerca de 40 comerciantes locais, que irão promover ações para falar da importância do diagnóstico precoce com os residentes do bairro. Serão oferecidas palestras, atividades, rodas de conversa e exames para aferir pressão e glicose. Durante o evento, as pessoas poderão se inscrever para fazer exames de diagnóstico, como ultrassom de mama e mamografia, junto à UNACCAM,  que durante o ano todo, distribui gratuitamente, os exames que são realizados em laboratórios. 

O UNADAY tem o objetivo de alcançar mais de 500 pessoas, entre as quais, comerciantes, residentes, pacientes, familiares de pacientes, no bairro onde a ação é realizada

Foto Destaque: Reprodução

Novo estudo aponta que exame de sangue pode ajudar a diagnosticar transtornos mentais

O exame de sangue é um dos tipos de exames mais conhecidos, populares e fáceis de serem realizados, já ajudam a detectar uma série de doenças como diabetes, infecções, HIV, avaliar os rins, o fígado e etc.

No entanto, essa lista está prestes a ser estendida devido a uma nova descoberta que pode revolucionar o diagnóstico de transtornos psiquiátricos, incluindo-os no hall de condições que podem ser detectadas pelo exame de sangue.

Novo tipo de diagnóstico

A equipe de pesquisadores da Universidade de Newcastle, na Austrália, descobriram uma relação entre a presença de distúrbios psiquiátricos e alguns biomarcadores que podem ser identificados pelos exames de sangue tradicionais, o que pode ser um grande avanço no diagnóstico de transtornos mentais como depressão, esquizofrenia e transtornos bipolares.

De acordo com os cientistas há “fortes evidências de um efeito causal” entre os transtornos psiquiátricos e os biomarcadores encontrados pela pesquisa, o que indica que direcionar o tratamento das doenças para os traços bioquímicos.

Uma descoberta nova

Apesar de ser uma importante descoberta para o diagnóstico e tratamento de doenças psiquiátricas, já haviam indicadores de que esses transtornos poderiam ser detectados através de exames de sangue.


Dr. Fabiano de Abreu (Foto: Arquivo Pessoal)


Em 2020, o Pós – PhD em neurociências luso-brasileiro, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, realizou um estudo que abordava o tratamento de doenças psiquiátricas através de exames de sangue e/ou genéticos intitulado ‘Psicoconstrução – A arquitetura da mente humana: da memória, passando pela hipófise protegida pelo esfenóide, até o eva mitocondrial’.

“Você alivia o problema através da consciência [com os tratamentos tradicionais], mas não o resolve se já há cicatrizes resultantes das disfunções traçadas por nossos mensageiros químicos que controlam nossos sentimentos e emoções […] traçar todo o necessário para que o paciente tenha o conforto necessário para conduzir a sua vida da melhor maneira possível num tratamento que envolva todas as nuances do problema”.

Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu  

Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela  Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro de 4 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa International e a mais restrita do mundo Triple Nine Society.

Foto Destaque: Reprodução

Número de mamografias está abaixo da média dos últimos anos

A mamografia é o exame mais importante para diagnóstico de câncer de mama em nosso país. Atualmente è a principal forma de rastrear a doença, ele é indicado para mulheres com idades entre 40 e 69 anos, no SUS (sistema único de saúde). Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) constatou que as mulheres com idades de 40 e 49 anos são responsáveis por cerca de 15 a 20% dos casos de câncer de mama no Brasil. Quanto  as mulheres com idades entre 50 e 69 anos representam 16% dos casos. E que menos de 10% delas se tratam no SUS pelas mamografias.


Foto: Médico Mastologista avaliandoresultado de uma mamografia. Reprodução GETTY IMAGENS/Istockphoto


De acordo com Instituto Nacional do Câncer (Inca), foram realizados em todo Brasil 3.145.390 exames de rastreamento em 2021. Considerando que a população feminina geral seja de aproximadamente 212,7 milhões de brasileiras, calcula se que apenas 9% tenham feito a mamografia preventiva para câncer de mama no ano passado.  Ainda de acordo com o inca, há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresenta um bom prognóstico. E que o rastreamento para essa população deve ser feito a cada dois anos de acordo com as diretrizes do nosso país. Ainda segundo o levantamento as quantidades de mamografias realizadas estão  abaixo da média apenas 24,1% do total esperado.  Esse e menor índice dos últimos anos e esta abaixo dos 70% recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esperava se que 76,9 mil mulheres se submetessem a esse exame.  De acordo com a SBM reforça que valorizar o diagnóstico precoce torna o tratamento mais eficaz e barato. Segundo o inca o medo do tratamento e a dor causada pela compressão das mamas durante o exame são motivos que afastam as mulheres da mamografia. O incômodo do exame, não dá pra negar que eles existem. Acontece que a compressão garante muito mais nitidez ao resultado. É uma dor que passa e que pode evitar um problemão mais pra frente.

FOTO DESTAQUE: Mulher de 42 anos realizando exame de mamografia. REPRODUÇÃO/GETTY IMAGENS/Istockphoto.