O colesterol é reconhecido como algo ruim, mas ele desempenha importantes funções no organismo humano. A substância é um tipo de gordura que é produzida pelo organismo e é necessária para desempenhar funções fundamentais como a produção de hormônios e vitamina D. O colesterol também forma substâncias que atuam na digestão, chamadas de ácidos biliares. O colesterol está presente em nosso cérebro, no coração, intestinos, fígado, músculos, nervos e pele.
Existem dois tipos de colesterol, o HDL, que é considerado o “colesterol bom” e o LDL, reconhecido como “colesterol ruim”. Em adultos com mais de 20 anos, o desejado é ter o colesterol abaixo de 200 mg/d1. LDL deve se manter abaixo dos 100 mg/d1 e o HDL maior que 60 mg/d1.
Quando as taxas estão alteradas ele pode causar um efeito dominó no funcionamento dos orgãos, o que pode provocar doenças cardiovasculares como infarto e AVC.
Em geral, o colesterol alto pode estar ligado ao estilo de vida como tabagismo, má alimentação, sedentarismo e obesidade. Mas existem casos de alterações familiares em que mesmo pacientes com bons hábitos alimentares e realizando atividades físicas podem apresentar alterações. Nesses casos, o paciente tem hipercolesterolemia familiar. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a hipercolesterolemia familiar acomete 10 milhões de pessoas no mundo e 300 mil no Brasil.
Alimentos processados ajudam a aumentar o colesterol (Foto: Reprodução/G1)
O Ministério da Saúde afirma que 4 em cada 10 brasileiros possuem colesterol alto. “O colesterol ruim é aquele que está associado ao aumento do risco de problemas do coração nos infartos e derrames. O colesterol bom é aquele que teoricamente protege nosso organismo contra isso”, explica o diretor da Unidade Clínica de Lípides do Incor, Raul Dias dos Santos Filho.
A pesquisadora da coordenação-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Ana Luisa Souza de Paiva Moura, alerta que o problema não está limitado a apenas uma faixa etária. “Pessoas de qualquer idade, até mesmo crianças, podem ter colesterol alto. Isso pode se dar por questões genéticas, mas em grande parte está ligado à inatividade física e à má alimentação”, afirma.
O tratamento para pacientes que tem o colesterol alto consiste em adotar mudanças no estilo de vida, como por exemplo, a prática de atividades físicas regulares. É importante também evitar alimentos ricos em gorduras, frituras, carnes gordurosas, assim como tabagismo e bebidas alcoólicas. Em alguns casos também se faz necessário o uso contínuo de medicamentos.
Foto destaque: Manter um colesterol equilibrado é importante para a saúde. Reprodução/G1