Pressão Alta: Estudo Brasileiro afirma que esse descontrole pode levar à demência

A hipertensão ou pressão alta, é uma doença que pode afetar a todos. Chega de repente e não tem parâmetro de idade e gênero para atingir alguém. Essa doença tem por relação a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo. E quando ocorre um estreitamento nas artérias, faz com que o coração bombeie com mais força para impulsionar o sangue e recebê-lo de volta. Entretanto, essa ação tem consequências, a pressão alta dilata o coração e pode chegar a danificar artérias.

“O maior problema é que as pessoas não consideram a hipertensão uma doença. Ela é o principal fator de risco das complicações cardiovasculares, do infarto e do AVC, sendo eles as principais causas de morte no nosso país”, afirma o Dr. Luiz Bortolotto, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O médico ressaltou que 90% das pessoas não apresentam sintomas. Porém, existem sintomas que podem surgir, como dores de cabeça, tontura, sangramento, falta de ar, e também dores no peito.  “Quando não diagnosticada e controlada, a doença pode provocar danos e até mesmo provocar a morte.”, explicou Luiz Bortolotto. 


Médica consultando a pressão de paciente (Foto: Reprodução/BoaConsulta)


A pressão alta pode ser silenciosa, traiçoeira mas também após alguns estudos pode desenvolver outras doenças. Após ser realizado um estudo brasileiro e colaborativo  entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), teve como resultado que idosos hipertensos têm 168% mais chance de desenvolver algum tipo de demência.

Além desse estudo, outro foi realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e também associou a pressão alta com a perda de cognição e memória acelerado em adultos de qualquer idade.

Caso receba o diagnóstico dessa doença, o recomendado é controlá-la ao máximo já que não tem cura. O melhor jeito para possuir esse controle e não ter que lidar com consequências mais graves é:

• Manter hábitos saudáveis ao máximo; 
• Eliminar o sedentarismo e obesidade fazendo atividades físicas recomendadas pelo médico;   
• Controlar o estresse; 
• Banir o tabagismo e consumo excessivo de álcool. 

 

Foto Destaque: Médico medindo a pressão de paciente/Reprodução/Laboratório Oswaldo Cruz

Trombose venosa fique atenta aos sinais e fatores de risco

A trombose venosa profunda (TVP) é causada pela formação de coágulos de sangue os chamados trombos no interior das veias profundas. Na grande maioria das vezes o trombo se forma na panturrilha, ou batata da perna, instalando se também nas coxas, e raramente nos membros superiores.

Apesar de ser uma doença grave, muitas pessoas desconhecem as principais causas, sintomas e maneiras de prevenção. Uma em cada quatro pessoas no mundo morre por condições causadas por trombose, segundo a Sociedade Internacional de Trombose e Homostasia.  


 

Foto: Moça  com dor nas suas pernas. Reprodução/ freepik.com


A trombose nas veias ocorre por causa da falta de movimentação dos membros inferiores por períodos prolongados, circunstância que pode ocorrer em pessoas que estão internadas ou se recuperando de cirurgias, durante viagens longas e até mesmo no ambiente de trabalho.

Também pode ser o resultado de doenças ou lesões nas veias das pernas, fratura, ou uso de certos medicamentos, obesidade e doenças hereditárias.

O grupo mais propenso para adquirir esta doença são pessoas sedentárias, obesas, tabagistas e mulheres que tomam anticoncepcionais. 

Os sintomas surgem repentinamente entre eles estão, edema, dor, calor, vermelhidão e rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo.

As principais opções de tratamento para trombose venosa profunda incluem:

O uso de anticoagulantes, como a heparina ou a varfarina, geralmente é indicado porque  diminuem a capacidade do sangue coagular, permitindo que o coágulo seja desfeito pelo corpo e evitando que se formem outros. Medicamentos trombolíticos, estes são injetáveis e geralmente indicados em casos mais graves de trombose e em pessoas mais jovens. E em casos mais graves quando não e possível diluir o coagulo e realizada cirurgia.

Especialistas alertam que embora não seja possível evitar alguns fatores de risco, é possível prevenir a trombose adotando algumas medidas como manter o peso dentro dos limites saudáveis, não fumar, restringir o uso de bebidas alcoólicas e praticar exercícios físicos.

 

FOTO DESTAQUE: medicaçao para trombose. REPRODUÇÃO/ freepik.com

Zolgensma: Saiba como a medicação pode ajudar uma criança com AME

A atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma doença rara degenerativa que acomete crianças de 0 a 4 anos de vida. Ela e passada de pais para filhos e interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais do corpo como respirar, engolir e se mover. Até o momento, não há cura para a atrofia muscular.


 

Foto: Bebe com Atrofia Muscular Espinhal Reprodução/ istockphoto.com


Na criança que tem AME falta a proteína principal responsável pelos neurônios motores, vai se degenerando e o paciente vai pouco a pouco, sentindo os sinais e sintomas da doença, que podem levar a morte.

Atualmente o tratamento e feito com três tipos de remédios para a doença um deles, já é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e se chama Spinraza. Outro é o Risdiplam, ainda não é fornecido pelo SUS. Estes são apenas de tratamentos paliativos o medicamento que trataria a degeneração e ajudaria no controle da perda de neurônio e o Zolgensma, conhecido como o remédio mais caro do mundo custa inacreditáveis 11 milhões de reais por paciente e não é disponibilizado pelo SUS. É uma medicação de alto custo, que muitas vezes para se conseguir é necessário acionar a justiça.

É um tipo de medicamento denominado “terapia gênica”. O mesmo contém um ingrediente ativo, chamado onasemnogeno abeparvoveque, que contém material genético humano. Ele atua fornecendo uma cópia totalmente funcional do gene SMN, que ajuda o corpo a produzir a proteína essencial para a sobrevivência do neurônio motor em quantidade suficiente. O gene é entregue nas células alvo, usando um vírus modificado (vetor viral) que não causa doenças em seres humanos.

A neuropediatra Karen Baldin explica que “A possibilidade de alterar o código genético abriu portas para o desenvolvimento de medicamentos que modificam ou modulam a decodificação e transcrição do DNA, alterando completamente o prognóstico e a qualidade de vida dessas crianças, quando iniciados de forma precoce: o Nusinersena que requer aplicações intratecal [pelo canal espinhal], e o Zolgensma em dose única intravenosa”.

O Zolgensma promete neutralizar em crianças de até dois anos os efeitos da atrofia muscular espinhal, doença rara que pode causar a morte antes dessa idade. Até 2017, a AME não tinha tratamento no Brasil.

Produzido pela farmacêutica Novartis, foi recentemente aprovado pela Anvisa e já conta com a isenção  de tributos para importação no Brasil.

A permissão da Anvisa contemplou o tratamento da forma mais grave da AME, o tipo 1, mas a autorização foi dada em caráter excepcional, o que implica a realização de estudos adicionais acerca de sua eficácia. Uma vez que a medicação apenas atende crianças com menos de dois anos de idade. Sem eficácia comprovada para pacientes acima de 2 anos.

 

FOTO DESTAQUE: Medicaçao zolgensma. REPRODUÇÃO/Iname

Câmara Federal aprova MP que destina recursos para hospitais filantrópicos

A Câmara dos Deputados aprovou por 383 votos favoráveis e 3 contrários, na última terça (11), o projeto complementar (PLP) 7/22, que destina até 2 milhões dos fundos de saúde e dá assistência social de estados, Distrito Federal e municípios para entidades privadas sem fins lucrativos conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o texto, os recursos originados de saldos de repasses da união constantes dos fundos de saúde e assistência social, poderão ser utilizados até final de 2023. Caso os saldos sejam insuficientes para o pagamento das Santas Casas, a União poderá transferir a diferença. Se houver sobra de recursos, eles poderão ser aplicados em outras ações de saúde.


Santa Casa de Porto Alegre (Foto: Reprodução/Setor Saúde)


Segundo o relator, o deputado Antonio Brito (PSD-BA), os saldos remanescentes das contas dos fundos de saúde que foram criadas antes de 2018 devem ser devolvidos à União, para que sejam usados como fonte de custeio do repasse às entidades privadas sem fins lucrativos. O montante que ultrapassar o limite de R$ 2 bilhões deverá ser transferido novamente aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, afirmou, no plenário da Câmara.

Conforme o texto aprovado, a medida tem o objetivo de “contribuir para a sustentabilidade econômica – financeira dessas instituições na manutenção dos atendimentos, sem solução de continuidade”.

O auxílio financeiro para as Santas Casas serão baseadas em parâmetros a serem definido pelo Poder Executivo Federal. O texto ainda determina que haja transparência nos repasses e obriga a transferência de créditos em 30 dias. Somente depois de atendidas a finalidade preferencial, é que as entidades privadas sem fins lucrativos poderão aplicar os recursos transferidos em outras finalidades em ações e serviços públicos de saúde. Existe uma grande expectativa que esse valor restante possa ser usado para pagamento do piso salarial da enfermagem, mesmo o valor restante não sendo informado.

O projeto aprovado nesta terça pelos deputados não cita o piso da enfermagem, mas, há deputados que esperam que os recursos possam trazer certo alívio fiscal para que Santas Casas e hospitais filantrópicos arquem com o piso, ainda que provisoriamente.

Foto destaque: Entrada da Santa Casa. Reprodução/Brasil de Fato

Dr. Fred Fortes, reconhecido internacionalmente, fala sobre consequência de excesso de procedimentos estéticos no rosto

Utilizando-se apenas de Ácido Hialurônico, o Cirurgião Dentista mineiro acredita que a quantidade moderada de material aplicada de forma correta e sensata é capaz de devolver quase que imediatamente a qualidade de pele e estruturação de toda face.

Afirma também que apenas manutenções anuais são capazes de rejuvenescer de forma gradual e natural suas pacientes mostrando que o benefício do Ácido Hialurônico vai muito além quando utilizado em toda face, daí o nome da técnica utilizada e aprimorada por ele: o Fullface (do inglês: rosto todo).

O que falta na visão do Dr. Fred, é o entendimento de que a face envelhece em vários pontos causando a queda ( ptose) tecidual e que por isso, devem  ser tratadas  como um todo. Com isso a sua sustentação se torna mais eficaz.

“A maioria dos profissionais realiza os procedimentos visando apenas áreas isoladas, ou seja, olheira, bigode chinês e outros pontos que se destacam com  o envelhecimento.”

Outra característica importante a ser considerada é a individualidade do tratamento, uma vez que cada pessoa possui determinada caraterística que deve ser mantida ou apenas  melhorada.

“Sou a favor da pessoa estar muito bem pra idade dela durante o tratamento comigo e não quero que ela queira parecer 30 anos mais nova. As características individuais devem ser respeitadas. As pessoas não querem parecer 20 anos mais nova ou mudar completamente sua face. Querem apenas estarem bem para suas idades” afirma o dentista.

Esse excesso acaba por deixar as pessoas com aparências artificiais e também de causar pós operatórios mais traumáticos.

Para ele, o segredo está no bom senso estético e no entendimento de que o  Fullface é um tratamento e não um procedimento único e definitivo. Por isso, se realizando as manutenções anuais em menores quantidades o seu efeito se mantém por praticamente toda vida.

Ele brinca: “uma mulher gasta hoje muito mais para se manter um cabelo loiro bonito do que seu rosto através do meu tratamento” , prova disso é o meu instagram no qual mostro toda evolução de cada uma delas com o passar dos anos.

Hoje o Dr. Fred Fortes presta mentorias para inúmeros profissionais mostrando que a não existe hoje no mercado algo tão eficaz para retardar o envelhecimento facial.

“Torço para que todos tenham acesso a esse tratamento pois estaríamos colaborando, e muito com a jovialidade das pessoas e consequentemente com seu bem estar” finalizou o Dr.

Dr. Fred Fortes possui hoje consultório em São Paulo capital e Balneário Camboriú.

Foto Destaque: Reprodução

Conheça os sintomas, tratamento e mitos da artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune crônica e é responsável por causar dor, inchaço e rigidez, além de reduzir a mobilidade nas articulações. O diagnóstico correto e o tratamento adequado são dois desafios enfrentados pelo paciente e a doença, quando não tratada corretamente e a tempo, pode levar a consequências indesejadas. Essas consequências podem ser até tarefas simples como se vestir, tomar banho ou se alimentar. Podendo até comprometer psicologicamente os pacientes, com quadros de ansiedade e depressão.

O dia 12 de outubro é marcado como o Dia Mundial de Conscientização da Artrite Reumatóide e tem como objetivo chamar a atenção para a doença e promover os direitos dos pacientes na sociedade.

Para um diagnóstico precoce é importante estar atento aos sintomas. Além dos sintomas já citados anteriormente, como dores intensas, inchaço e rigidez articular, pode ocorrer uma vermelhidão nas articulações, principalmente nas mãos. Também pode existir uma dificuldade em se mexer logo ao acordar ou após longa inatividade, fadiga, febre e perda de apetite. A tendência é que a artrite reumatoide afete primeiramente as articulações menores, como às das mãos e dos pés. Com o progressão da doença os sintomas costumam se espalhas para pulsos, tornozelos, joelhos, quadris, ombros e cotovelos.


Existem alguns mitos que podem atrapalhar o diagnóstico da AR (Reprodução:G1)


Existem alguns mitos sobre a doença, o que pode prejudicar o tratamento precoce. Por exemplo, alguns pacientes acham normal e acabam se acostumando com a dor.

“Isso acontece tanto com quem já teve o diagnóstico, quanto com quem ainda não foi sabe exatamente qual é o problema. Conviver com a dor é deixar de buscar qualidade de vida, arriscando a liberdade de movimento”, afirma o médico reumatologista Thiago Ferreira da Silva.

Outro mito da doença é que a artrite é uma doença de “velho”, mas na verdade ela pode atingir pessoas de qualquer idade. Até mesmo crianças. Nesse caso talvez seja uma confusão de nomes, já que a artrose é uma doença que é muito comum em idosos, decorrente do desgaste das articulações. Algumas pessoas também acreditam que artrite reumatoide é uma doença de juntas, mas ela é uma doença sistêmica, logo, afeta todo o corpo humano e causa efeitos variados.

Já para o tratamento existem diversas classes de medicamentos usadas para controlar a artrite. A doença não tem cura, mas tem tratamento para beneficiar a qualidade de vida. Nos últimos anos, os medicamentos biológicos revolucionaram o tratamento da AR.

“Felizmente, com a introdução das medicações imunobiológicas no arsenal terapêutico da AR, houve um grande avanço no tratamento da doença e uma redução significativa de casos graves e incapacitantes. São medicamentos aplicados por via venosa, subcutânea e oral em uso contínuo”, afirma a reumatologista Catarina, da clínica CV Reumatologia, em Brasília.

Para a prevenção da doença é importante que a pessoa mantenha o peso ideal e evitar o tabagismo. Já exercícios físicos que não tenham impacto nas articulações são importantes para fortalecer a musculatura e proteger as articulações.

Foto destaque: Médicos alertam importância de diagnóstico da artrite para tratamento: Reprodução/Revista Galileu

Conheça 5 sintomas prévios de ataque cardíaco em mulheres

Doenças cardiovasculares são as principais causas de morte entre mulheres no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A Organização Mundial da Saúde(OMS) afirma que pessoas do gênero feminino têm 50% a mais de chances de morrer em decorrências de um ataque cardíaco do que os homens. Além de que as doenças cardiovasculares são responsáveis por 1/3 de todas as mortes de mulheres no mundo. No Brasil estima-se que todos os anos as doenças do coração sejam responsáveis por mais de 300 mil mortes.

Na revista científica Circulation foi publicada uma pesquisa em que cientistas da Universidade de Arkansas, nos Estados Unidos, realizaram um estudo que tinha como principal objetivo descobrir os sintomas mais comuns de um ataque cardíaco nas mulheres. Já que homens e mulheres podem apresentar sinais diferentes.

No estudo a equipe da Universidade de Arkansas entrevistou 515 mulheres de localidades diferentes que sofreram um ataque cardíaco. Elas foram monitoradas pelos cientistas de quatro a seis meses após a alta. Das 515 mulheres a equipe descobriu que 95% delas sentiram sintomas antes de sofrer o infarto. Os cientistas destacam que a lista é importante para o diagnóstico precoce.


Sintomas de doenças cardiovasculares variam dependendo do gênero (Foto: Reprodução/Fundação Oswaldo Cruz)


Entre esses sintomas, existiram cinco que mais se destacaram. Em primeiro, boa parte das mulheres lembravam-se ter sentido um cansaço incomum e sem explicação. Mais precisamente, 71% das mulheres que participaram da pesquisa sentiram essa fadiga incomum. 48% tiveram distúrbios do sono, 42% sentiram sua respiração mais curta, enquanto 39% e 36% das mulheres tiveram indigestão e ansiedade, respectivamente. Esses sintomas desapareceram após o ataque cardíaco.

Durante o estudo as mulheres também relataram aos pesquisadores alguns sintomas que ocorreram durante o ataque cardíaco. Sendo a falta de ar o sintoma mais comum, com 58% das mulheres sentindo. Já 55% relataram sentir fraqueza, 43% fadiga incomum e 39% suor frio. Tonturas também foram sentidas por 39% das mulheres participantes do estudo.

 

Foto Destaque: Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre mulheres no Brasil. Reprodução/G1

Como a ciência explica os superidosos com memória de 30 em corpos de 80 anos

Pessoa que ultrapassam os 80 anos com uma memória equiparável a indivíduos 20 a 30 anos mais jovens vêm sendo estudadas há décadas e ganharam um nome. Isto é, são os superidosos. Uma pesquisa recentemente publicada no The Journal of Neuroscience, demonstra alterações cerebrais em uma área do cérebro dos superidosos. Foi descoberto que os superidosos têm uma estrutura cerebral diferente e uma rede neural que se assemelha muito às dos mais jovens.


 

 

 Idosa de 70 anos com poderes cognitivos. (REPRODUÇÃO/ gettyimages).


Os pesquisadores estudam os cérebros de seis octogenários com “cognição mediana”, cinco pessoas com Alzheimer em estágio inicial e seis doadores mais jovens que morreram de doenças não relacionadas ao cérebro. Foi concluído que os superidosos tinham neurônios maiores e mais saudáveis naquela região do cérebro do que os demais.

De acordo com os pesquisadores os superidosos têm menos propensão a acumular depósitos anormais de proteínas, conhecidos como placas, tipicamente observados nos cérebros de pacientes com Alzheimer.

Segundo Rosa Sancho, da organização britânica Alzheimer’s Research UK, esta descoberta pode ajudar em novos tratamentos para demência. “Precisamos estudar sua genética, fatores de estilo de vida e seu nível educacional”, afirma ela. “Precisamos também observar seu histórico e suas narrativas pessoais”

A pesquisa levou em consideração exames realizados após a morte de alguns desses idosos, concentrando se em uma região do cérebro conhecida como córtex entorrinal, que esta relacionada à memória. Com esse resultado os pesquisadores planejam elaborar um quadro detalhado dos superidosos para compreender e aprofundar mais os estudos para garantir novos tratamentos para a doença neurológica mais temida pelas pessoas da terceira idade, o Alzheimer.

Os idosos de alta performance apresentam maior nível de “relações positivas com outros” em uma escala de bem-estar psicológico, o que significa manter relacionamentos acolhedores, seguros, íntimos e satisfatórios com outras pessoas. E apresentaram menor frequência de sintomas depressivos do que o restante da amostra de idosos saudáveis.

Enquanto as pesquisas seguem tentando desvendar os segredos dos superidosos, alguns hábitos cotidianos podem ajudar bastante em um processo de envelhecimento mais saudável:

Movimente-se, a prática de atividade física, independentemente da intensidade, aumenta o volume da substância cinzenta do cérebro e o fluxo sanguíneo em regiões cerebrais;

Alimente-se bem, o bom controle dos níveis de pressão arterial e de glicose também colaboram para um envelhecimento cerebral saudável;

Ponha a cabeça para funcionar, seja por meio de voluntariado, cruzadinhas, ou outras atividades, isso pode contribuir para o aumento da reserva cognitiva;

Relaxe, exercícios de meditação e ioga estão associados à diminuição de substâncias inflamatórias no cérebro.

Seja saudável, não fumar e parar com bebidas alcoólicas protege os neurônios contra as toxinas desses hábitos.

FOTO DESTAQUE: Pesquisador analisando exame de tomografia. REPRODUÇÃO/ gettyimages.

Entenda o impacto da colonoscopia no rastreamento de câncer coloretal

Um estudo publicado no ultimo domingo (10) de outubro, no The New England Journal Medicine, aponta que os benefícios do exame de colonoscopias para o rastreamento de câncer coloretal podem ser subestimados.

O grupo de estudo da Universidade de Oslo, na Noruega, liderado pelo pesquisador e gastroenterologista Michael Bretthauer, disse ter achado os resultados decepcionantes.  


 

Foto: Câncer coloretal. Reprodução/ gettyimages


O estudo informa que as colonoscopias foram comparadas diretamente com a ausência de rastreamento de câncer em um estudo randomizado. Foi encontrando apenas benefícios escassos para o grupo de pessoas convidadas a fazer o procedimento: um risco 18% menor de contrair câncer colorretal e nenhuma redução significativa no risco de morte por câncer.

Com base em seus resultados, ele espera que a colonoscopia de triagem provavelmente reduza as chances de câncer colorretal de uma pessoa em 18% a 31%, e seu risco de morte de 0% a 50%. Mas, ele disse, até 50% está “no limite inferior do que eu acho que todo mundo pensava que seria”

É podemos ter vendido demais a mensagem nos últimos 10 anos ou mais, e temos que recuar um pouco”. Questiona o pesquisador.

Outro especialista como diretor científico da American Cancer Society, William Dahut, diz que, por melhor que este estudo tenha sido ele tem limitações importantes, e esses resultados não devem impedir as pessoas de fazer colonoscopias.

Para ele menos da metade das pessoas convidadas a realizar o exame de colonosccopia no estudo não o fizeram. E que quando os autores do estudo restringiram os resultados apenas para as pessoas que realmente fizeram a colonoscopia, cerca de 12 mil das 28 mil que foram convidadas para o procedimento foi que estes estudo tornou se eficaz. Reduzindo se o risco de câncer coloretal em 31% e o risco de morte dessa doença em 50%.

Segundo ele este estudo foi realizado em homens e mulheres com idades entre 55 e 64 anos da Polônia, Noruega e Suécia. As colonoscopias não são tão comuns nos países envolvidos no estudo quanto nos Estados Unidos. Na Noruega, disse ele, as recomendações oficiais de rastreamento do câncer colorretal não chegaram até o ano passado. Nos EUA, de acordo com dados dos  Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, cerca de 1 em cada 5 adultos entre 50 e 75 anos nunca foi rastreado para câncer colorretal.

Quando se trata de câncer colorretal os testes só podem ser eficazes se as pessoas estiverem dispostas a realizá-los. Se a pessoa se sente envergonhada em fazer uma colonoscopia, existe uma série de métodos que podem detectar o câncer coloretal entre elas estão: Triagem com testes que verificam sangue e/ou células cancerígenas nas fezes, uma tomografia computadorizada do cólon a cada cinco anos, uma sigmoidoscopia flexível a cada cinco anos, uma sigmoidoscopia flexível a cada 10 anos combinada com exames de fezes para verificar se há sangue anualmente ou uma colonoscopia a cada 10 anos.

Foto Destaque: Medico gastroenterologista realizando colonoscopia  Reprodução/GETTY IMAGENS.

Ministério da Agricultura descarta óbitos na Bahia serem por doença da vaca louca

No ultimo dia (6) de outubro, o centro de informações estratégicas em vigilância em saúde da Bahia (Cievs- BA), comunicou dois casos da doença de Creutzfeld-jakob, também conhecida como doença da vaca louca. Trata se de uma doença degenerativa, que tem variantes causadas pelo consumo de carne contaminada pela encefalite espongiforme bovina.


Foto:  Cérebro acometido com  doença da vaca louca. Reprodução/gstatic.com


 A doença que ficou mundialmente conhecida após surto entre as décadas de 80 e 90, no Reino Unido, teve seu auge entre 1992 e 1993, quando foram confirmados quase 100 mil casos.

O tema voltou novamente a ser notícia esta semana no Brasil após Sesab (secretaria da saúde do Estado da Bahia), confirmar dois óbitos e três casos em investigação. Conforme divulgações de boletim epidemiológico são cinco os casos registrados da doença na capital este ano, e todos moram na capital. A secretaria não informou se eles consumiram carne contaminada.

“O Cievs Bahia segue acompanhando sistematicamente a situação epidemiológica da doença no Estado, diz a Sesab. 

Até o momento, as autoridades de saúde não detalham a idade dos pacientes que foram diagnosticados e nem a dos que morrem em decorrência do quadro.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), responsável pela inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal na Bahia, afirma que está acompanhando o caso e verificou que não há relação com consumo de carne bovina ou subprodutos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da ‘Vaca Louca’.

“A Doença de Creutzfeldt-Jakob (DJC) ocorre, na maioria dos casos, de forma esporádica e tem causa e fonte infecciosas desconhecidas”, ressalta. 

“O ministério reforça ainda que o consumo de carne e produtos derivados de bovinos no Brasil é considerado seguro, não representando risco para a saúde pública”, completou.

Mas afinal, o que é a doença “vaca louca”?

Doença conhecida como Creutzfeld-Jakob, de quadro degenerativo provocando alterações neurológicas e tremores, sendo potencialmente fatal onde 90% dos infectados vem a óbito em menos de um ano. Apesar do termo popular “vaca louca ” ou encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ser uma doença crônica que afeta apenas os bovinos.

Ela pode ser causada pela presença de partículas protéicas infecciosas, conhecidas como príos. Essas partículas podem se manifestar geneticamente, através do consumo de carne contaminada de um animal já doente ou de forma espontânea desconhecida.  O príon já é presente no cérebro de vários mamíferos, inclusive no ser humano, podendo se tornar patogênico ao adotar uma forma anormal multiplicando se demasiadamente. Quando isso acontece mata os neurônios do cérebro levando o indivíduo à morte.

A doença de Creutzfeldt-Jakob é diagnosticada a partir de exames de sangue e também por meio de exame neuropatológico de fragmentos do cérebro. A principal forma de tratamento são drogas antivirais e corticóides. Não havendo maneira efetiva de alterar a evolução da doença.

Foto Destaque: Ministerio da agricultura e pecuaria. Reprodução/Ministerio-da-Agricultura