Uso de VPNs na China se mantém alto

O uso de redes privadas virtuais (VPNs) é muito disseminado na China, apesar de dificuldades e riscos. Essas ferramentas permitem que os usuários acessem sites bloqueados pelo governo, como redes sociais e serviços de empresas americanas. Contudo, a prática, embora tolerada até certo ponto pelas autoridades, tem se tornado mais arriscada. Um exemplo recente disso é o caso de Gong, um internauta chinês punido em julho de 2024 por utilizar VPN para acessar conteúdos estrangeiros.

Embora essas redes não sejam totalmente proibidas no país asiático, a regulamentação a respeito ainda é discutida. Grandes empresas estatais de telecomunicações podem utilizá-las, mas o governo impõe restrições a VPNs locais não autorizadas . Estima-se que cerca de 30 milhões de chineses façam uso dessas redes, principalmente para acessar serviços de streaming e plataformas de jogos, como a Netflix, que não está disponível no país.


O uso de VPN ainda é alto na China (Foto: Reprodução/GettyImages/Carlos Duarte)


Riscos crescentes para usuários

Apesar de serem bastante utilizadas, as VPNs pode levar a consequências sérias. O caso de Gong, ocorrido na província de Fujian, trouxe à tona os riscos enfrentados pelos usuários. Ele foi detido por acessar redes sociais e sites estrangeiros, o que é visto como uma violação das regras do “muro digital” da China. Embora as punições aplicadas ao usuário específico não tenham sido detalhadas, relatos indicam que multas significativas, como a aplicada a empresários que oferecem VPNs ilegais, não são incomuns.

Esse caso não é isolado. Durante os protestos contra a política de Covid Zero no final de 2022, vários chineses também foram advertidos por utilizar essas redes, mas sem penalidades severas. No entanto, o temor entre os internautas se intensifica à medida que o governo mostra maior vigilância em relação ao uso dessas tecnologias, criando um ambiente de incerteza.

Instabilidade e controle estatal sobre as VPNs

Outro fator que contribui para o aumento dos riscos é a instabilidade do serviço de VPN no país. Recentemente, plataformas como Astrill e ExpressVPN, amplamente utilizadas pelos chineses, passaram por lentidão e interrupções frequentes. A organização GreatFire, que monitora a internet chinesa com apoio de entidades internacionais, relatou quedas na velocidade de conexão nos últimos dois meses, o que afeta diretamente os usuários.

Apesar disso, os chineses continuam a buscar maneiras de contornar o controle estatal sobre a internet. A facilidade de ativar e desativar a VPN permite que a prática ainda seja comum, especialmente entre aqueles que querem acessar informações externas ou consumir conteúdos de empresas como Meta e Alphabet.

Uso de VPN para acessar o X pode comprometer sua privacidade e segurança digital

Desde a suspensão do X, antigo Twitter, muitos usuários começaram a procurar outros meios de acessar a rede social no Brasil. Entre as opções mais populares está o uso de VPNs (Redes Privadas Virtuais), que permitem contornar bloqueios geográficos digitais, podendo acessar conteúdos que não estão disponíveis no seu país, como catálogos de Streaming. No entanto, além da multa diária de R$ 50 mil estabelecida pela Justiça, especialistas alertam que o uso dessas ferramentas pode representar sérios riscos à cibersegurança, expondo dados pessoais e dispositivos a ameaças virtuais.

Segundo dados da NordVPN, uma das maiores fornecedoras de VPN no mundo, as buscas pelo serviço no Brasil cresceram 426% entre os dias 29 e 31 de agosto, em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Como funciona e quais são as desvantagens da VPN

Mesmo com as ameaças de multa, muitos usuários optaram por arriscar a privacidade e a segurança em busca de manter o acesso à plataforma utilizando VPNs.

O significado de VPN é “Virtual Private Network” ou “Rede Privada Virtual” em português, e servem para ultrapassar bloqueios geográficos ao mascarar o endereço IP do usuário. Embora o uso de VPN possa parecer uma solução rápida e eficiente para contornar o bloqueio do X, especialistas em cibersegurança alertam para os perigos que essa ferramenta pode representar. Wanderson Castilho, especialista em segurança digital, explica que o uso de VPNs pode expor os usuários a vulnerabilidades se o serviço escolhido não for confiável. “Se a VPN estiver mal configurada ou se o provedor não oferecer garantias de segurança, os dados do usuário podem ser interceptados por hackers ou terceiros mal-intencionados”, afirma Castilho.

Além disso, a segurança dos dispositivos pode ser comprometida caso a VPN utilizada contenha malwares ou outros tipos de ameaças. Mesmo com uma VPN ativa, clicar em links suspeitos ou baixar arquivos infectados pode expor o usuário a ataques cibernéticos. Vale ressaltar que, embora as VPNs ofereçam um grau de anonimato, elas não garantem proteção completa contra a instalação de vírus ou ataques de Pishing, quando criminosos tentam obter acesso a dados confidencias, como senhas e contas bancárias. A recomendação dos especialistas é escolher um serviço de VPN com reputação sólida no mercado, além de manter práticas seguras de navegação e proteção com antivírus.


Uso de VPNs aumentou exponencialmente após o bloqueio do X (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Aumento no uso de VPNs no Brasil após o bloqueio do X

Segundo dados da NordVPN, uma das maiores fornecedoras de VPN no mundo, as buscas pelo serviço no Brasil cresceram 426% entre os dias 29 e 31 de agosto, em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do X no país após a plataforma não cumprir ordens judiciais, incluindo a nomeação de um representante legal no Brasil. O uso de VPN para acessar a rede social pode acarretar uma multa diária de R$ 50 mil, conforme determina a ordem judicial. No entanto, ainda há incertezas sobre como essa penalidade será aplicada, já que a fiscalização de tantos usuários e o monitoramento das tentativas de acesso são desafios difíceis de controlar.

Starlink recua e bloqueia o X no Brasil após pressão judicial

A Starlink, provedor de internet via satélite de Elon Musk, decidiu cumprir a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) de bloquear o X no Brasil, voltando atrás nesta segunda-feira (3) em sua postura inicial. A mudança ocorre em meio a um impasse judicial que envolve o bloqueio de suas contas no país e pressões da Anatel.


Starlink, provedor de internet via satélite, muda de postura e segue ordem do STF (Foto: reprodução/Pinterest/@uncrate)

A Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk, anunciou nesta terça-feira (3) que irá seguir a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e suspender o acesso ao X, antigo Twitter, no Brasil. A decisão marca uma reviravolta em relação à postura inicial da companhia, que havia resistido ao cumprimento da ordem judicial. O bloqueio foi exigido pelo ministro Alexandre de Moraes, após o X, também controlado por Musk, não indicar um representante no país.

Mudança de postura  

No último domingo (1), a Starlink havia comunicado que só bloquearia o X se suas contas fossem desbloqueadas pela Justiça brasileira. Entretanto, o prazo para recorrer dessa decisão terminou na segunda-feira (2), sem manifestação formal por parte da empresa. 

Após alguns dias de tensão, a Starlink anunciou que está acatando a decisão do STF, mesmo que considere o tratamento ilegal. Em comunicado divulgado na própria rede X, a empresa afirmou que iniciou um processo legal na Suprema Corte dos Estados Unidos, onde está sediada, para questionar a legalidade da ordem brasileira. No entanto, a companhia também assegurou que está buscando soluções no Brasil e outros especialistas concordam que as ordens recentes violam a Constituição.

Entenda o bloqueio  


Starlink recua e bloqueia o acesso ao X no Brasil (Foto: reprodução/Instagram/@starlink)

A decisão de suspender o X no Brasil está relacionada a uma série de descumprimentos de ordens judiciais pela rede social. Desde o fechamento de seu escritório no Brasil e a saída de seu representante no país, o X vinha se recusando a restringir perfis acusados de atentarem contra instituições democráticas. Isso resultou em multas que somam R$ 18,3 milhões.

Sem um responsável local, a Justiça brasileira tomou medidas mais severas. Moraes determinou, no último dia 30, que as operadoras de telecomunicação suspendessem o acesso ao X até que a empresa se adequasse às exigências legais.

Implicações para a Starlink

A Starlink não escapou do foco judicial. Além da relação com o X, a empresa viu suas contas bloqueadas em R$ 2 milhões, em uma tentativa de forçar o cumprimento das ordens judiciais. O ministro Moraes argumentou que as duas empresas fazem parte de um “grupo econômico de fato” controlado por Elon Musk, e a Starlink passou a ser alvo das sanções aplicadas ao X.

A Anatel, advertiu que a recusa em cumprir a ordem poderia resultar na perda da autorização da Starlink para operar no Brasil, onde a companhia já conquistou cerca de 200 mil clientes, especialmente na região Norte.

Samsung inova e lança o Galaxy Quantum 5 com criptografia quântica

A Samsung acaba de lançar nesta terça-feira (3) o Galaxy Quantum 5, uma versão especial do Galaxy A55, exclusivamente para a Coreia do Sul. O destaque do novo modelo é seu chip de criptografia quântica, que promete uma segurança incomparável para proteger informações sensíveis. Essa tecnologia, torna o aparelho menos vulnerável a tentativas de quebra de criptografia, garantindo uma proteção extra para os usuários.


O novo smartphone da Samsung com segurança quântica.Foto: Reprodução/YouTube/Samsung

A Samsung acaba de revelar ao mercado sul-coreano o Galaxy Quantum 5, uma versão aprimorada do Galaxy A55, que vem equipada com uma tecnologia de segurança avançada. Este novo smartphone destaca-se pelo uso de um chip de criptografia quântica, uma inovação que promete oferecer uma camada adicional de proteção para os dados dos usuários.

Conheça a criptografia quântica

A criptografia quântica é uma tecnologia que utiliza conceitos da física quântica para criar chaves de segurança praticamente invioláveis. No Galaxy Quantum 5, o chip Quantum Random Number Generator (QRNG), fabricado pela ID Quantique, gera sequências numéricas verdadeiramente aleatórias. Esse processo é fundamental para criar chaves criptográficas seguras, tornando o smartphone menos vulnerável a ataques cibernéticos.

Impacto na segurança do usuário Samsung


Modelo A55 terá a nova tecnologia .Foto: Reprodução/Divulgação/Samsung

Com a criptografia quântica, o Galaxy Quantum 5 oferece uma segurança que vai além das soluções tradicionais, particularmente em situações que envolvem transações bancárias ou outras operações que requerem altos níveis de proteção. A Samsung aposta que essa tecnologia será um diferencial importante para usuários que priorizam a segurança de suas informações.

Além do chip de segurança, as especificações técnicas do Galaxy A55 se mantém, incluindo uma tela Super AMOLED de 6,6 polegadas, uma câmera traseira de 50 MP, e uma bateria de 5.000 mAh, proporcionando uma experiência completa e segura para os consumidores. Disponível em três cores — azul-gelo, lilás e azul-marinho — o modelo já está à venda na Coreia do Sul por 618.200 wons sul-coreanos, aproximadamente R$ 2.600,00.

Para os usuários sul-coreanos, o Galaxy Quantum 5 não é apenas mais um smartphone; é uma solução inovadora que combina segurança de ponta com a confiabilidade de um dispositivo Samsung.

Apple deve limitar uso de IA em seus próximos dispositivos

Mesmo com uma série de investimentos na área, a Apple deve surpreender o mercado e limitar o uso de inteligência artificial generativa em seus dispositivos, algo que vai na contramão de seus concorrentes, onde o uso já ocorre de forma ampla. A empresa deve mudar de direção e focar em seu compromisso com a segurança e a ética, limitando o uso de IA em seus dispositivos e concentrando-se em tecnologias mais assertivas e seguras.

A própria Apple já demonstrava uma tendência a frear o uso de IA em seus smartphones, não seguindo a tendência que começou em 2023, quando os primeiros aparelhos com IA foram lançados no mercado. No entanto, as IAs generativas vêm recentemente evidenciando seus riscos cada vez mais, e à medida que a tecnologia se aproxima do público geral, esses riscos se tornam ainda mais evidentes.

Apple demonstra cuidado com IAs

A Apple vem demonstrado um cuidado distinto em relação à implementação de inteligência artificial (IA) em seus produtos, destacando-se pela utilização de aprendizado de máquina em áreas como o FaceID, o processamento de imagens e as sugestões inteligentes.

Sendo que ao manter o processamento e os dados localizados no dispositivo, a empresa estabelece limites claros e definidos para proteger a privacidade do usuário.


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Apple intelligence era visto como parte essencial da marca no entanto foco deve mudar pelo menos por enquanto (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Diferente da abordagem que vem sendo amplamente adotada por outras concorrentes, a Apple vem parecendo relutante em se aventurar profundamente na IA generativa, considerando os possíveis riscos que essa tecnologia pode trazer.

CEO da marca esta dispostos a impor limites ao uso de IAs nos aparelhos da marca

Tim Cook CEO da marca têm mostrado disposição em impor limites para proteger seus usuários, mesmo que isso signifique isolar ou bloquear certas inovações até que as preocupações sejam resolvidas.

Com isso, a empresa agora deve aguardar um pouco até que as possíveis inovações do setor sejam implementadas em seus dispositivos.

Redes de cérebros humanos estão sendo reprogramadas e conduzindo à era da pós-verdade

Ao longo da história, as civilizações humanas foram moldadas por abstrações mentais como ideologias e valores morais, que desempenharam papéis cruciais na formação de sociedades coesas. Recentemente, a neurociência tem investigado como a atividade cerebral coletiva, ou “Brainets”, contribui para a criação e manutenção dessas estruturas sociais.

A sincronização da atividade elétrica de múltiplos cérebros em um grupo social, como um time de futebol ou uma nação, permite a coordenação e o controle de comportamentos coletivos, funcionando como um “vírus informacional” que pode infectar e reprogramar essas redes de cérebros.


Os cientistas estão pesquisando sobre a era pós-verdade (Foto: reprodução/ Getty Images embed/BlackJack3D)


Brainets e a sincronização cerebral coletiva

A neurociência social tem mostrado que a sincronização da atividade cerebral entre os membros de um grupo social é a base para o comportamento coletivo. Em situações como a identificação de uma presa por um grupo de predadores ou a formação de um exército, a coordenação entre os cérebros individuais é essencial para o sucesso. No caso dos seres humanos, essa sincronização pode ser desencadeada por símbolos e estímulos auditivos, como hinos nacionais ou cânticos de torcida, que funcionam como potentes agentes de sincronização, controlando e direcionando o comportamento de grandes massas.

Por exemplo, em um estádio de futebol ou em um show de rock, o comportamento sincronizado da multidão reflete a influência desses estímulos sobre os cérebros dos indivíduos, criando uma espécie de “cérebro coletivo”. A propagação de abstrações mentais, como ideologias políticas ou crenças religiosas, também se dá através dessa sincronização, moldando a sociedade de maneira profunda e, muitas vezes, imperceptível. Essa dinâmica explica por que exércitos continuam a lutar em condições adversas, ou por que massas seguem líderes mesmo quando confrontados com informações falsas ou perigosas, como foi o caso durante a pandemia de COVID-19.

A era da pós-verdade e a fragmentação social

Com o advento da internet e das redes sociais, a capacidade de reprogramar Brainets humanas aumentou exponencialmente. A disseminação rápida e massiva de novas abstrações mentais, como fake news ou ideologias extremas, tem fragmentado a sociedade em “tribos digitais”, desafiando até mesmo a estrutura dos estados nacionais. Movimentos como o Terraplanismo, o Transhumanismo e o culto à tecnologia exemplificam como essas novas tribos digitais podem se afastar da realidade tangível e promover teorias sem base científica.

Essa fragmentação social ameaça destruir o consenso político, econômico e moral que sustentou as sociedades humanas ao longo da história. Na era da pós-verdade, a manipulação da informação para sincronizar e controlar Brainets humanas pode levar à erosão da noção de realidade, criando um cenário onde nada é considerado verdade. A proliferação desses vírus informacionais, controlados por aqueles que detêm o poder de disseminação, coloca em risco a própria estrutura da sociedade, conduzindo-nos a um futuro incerto, onde a verdade pode ser uma mera construção digital.

BlueSky atinge mais de 1 milhão de usuários após bloqueio do X no Brasil

Após a suspensão da rede social X no Brasil, muitos usuários foram para outras plataformas parecidas com a rede social, alguns usuários passaram a usar o Threads, rede pertencente ao Meta, e rival do X, e uma grande parte criou sua conta no BlueSky, rede criada pelo mesmo criador do Jack Dorsey, em 2019. Dessa forma a BlueSky atinge hoje cerca de 1 milhão de usuários.

Popularidade de BlueSky

A BlueSky, criada em 2019, tornou-se independente em 2021 e se tornou popular após Elon Musk que adquiriu o X (Antigo Twitter), limitar o número de tuítes diários para usuários não verificados, e criar a assinatura para se tornar verificado e obter mais suporte.

A plataforma, assim como o início do Orkut, exigia um convite para ingressar, contudo a restrição foi removida em fevereiro de 2024, facilitando assim a adesão de novos usuários. Atualmente a plataforma segue no comando de Jay Graber, e pela “equipe BlueSky”. Na rede pode fazer publicações com até 300 caracteres. E é possivel republicar postagens e compartilhar fotos e textos.


Elon Musk (Reprodução/Blommberg/Getty Images Embed)


Suspensão do X no Brasil

O X foi suspenso no Brasil, após descumprimento das ordens exigidas por Moraes. O Ministro do STF, solicitou que Musk, indicasse um representante legal no Brasil para a empresa no prazo de 24 horas. O empresário não cumpriu a ordem, dizendo que enfrentaria o bloqueio no território brasileiro. Com o prazo limite sendo atingido, Moraes determina o bloqueio no país, até que sejam cumpridas todas as ordens judiciais, e as multas devidamente pagas e seja indicado, uma pessoa física ou jurídica como representante em território nacional.

Moraes, afirma que as redes sociais não são uma terra sem lei, criticando as postagens de Musk que segundo o ministro do STF, fazem parte de uma “campanha de desinformação”, estimulando a desobediência e obstrução à justiça.

Vale lembrar que o X encerrou as atividades e escritórios no Brasil, após alegarem que Moraes ameaçou prender a representante legal da empresa no Brasil. Desde esse momento o X tem ignorado as ordens judiciais para remover conteúdos considerados golpistas ou que atacam as instituições.

Novo telescópio da NASA promete identificar asteroides que ameaçam a Terra

A NASA está prestes a lançar um novo telescópio espacial de infravermelho, projetado especificamente para detectar asteroides e cometas que possam representar uma ameaça para a Terra. Nomeado NEO Surveyor, o telescópio está previsto para lançamento no final de 2027 e ficará posicionado em uma região entre a Terra e o Sol. Seu objetivo é identificar objetos celestes difíceis de observar, como asteroides e cometas escuros, que não refletem muita luz visível.

Tecnologia avançada

Desenvolvido no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia, o NEO Surveyor será o primeiro telescópio espacial da agência dedicado à defesa planetária. Segundo Amy Mainzer, diretora de pesquisa do NEO Surveyor, “Nosso objetivo é construir uma espaçonave que possa encontrar, rastrear e caracterizar os objetos com maior chance de atingir a Terra. No processo, aprenderemos muito sobre suas origens e evolução.”, explicou ela.

O novo telescópio foi equipado para detectar duas faixas de luz infravermelha, invisíveis ao olho humano, o NEO Surveyor poderá identificar até mesmo os corpos celestes mais escuros. Esse tipo de radiação é emitido por todos os asteroides e cometas, permitindo que o telescópio os localize com precisão. Além disso, o telescópio terá a capacidade de medir esses objetos, uma tarefa desafiadora para outros instrumentos espaciais.


Última foto capturada pelo satélite NEOWISE, mostrando parte da constelação da Fornalha (Foto: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)

Fim de uma missão e começo de outra

Recentemente, a NASA anunciou o fim de outra importante missão de caça a asteroides, o NEOWISE, após quase 15 anos de operação. Lançado em 2009, o NEOWISE foi inicialmente projetado para mapear o céu em infravermelho e, após sofrer uma falha em seu refrigerador, foi adaptado para estudar asteroides e cometas próximos à Terra. Desde então, a sonda identificou mais de 3.000 objetos próximos e descobriu 25 cometas, incluindo o famoso cometa NEOWISE (C/2020 F3).

Nicola Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da NASA, destacou o sucesso da missão: “A missão NEOWISE foi um sucesso extraordinário”, ressaltando seu papel crucial na defesa planetária e sua importância no entendimento do nosso lugar no Universo.

Um aumento na atividade solar acelerou o fim da missão NEOWISE, fazendo com que a espaçonave entrasse na atmosfera terrestre e se desintegrasse. A NASA celebrou as conquistas da missão e o legado que ela deixou para futuras explorações e defesas contra possíveis ameaças espaciais. A chegada do novo NEO Surveyor marca uma etapa na pesquisa de cometas e ameaças espaciais.

Decisão da Meta encerra era de criatividade de terceiros nos filtros do Instagram

Meta anuncia que, a partir de janeiro de 2025, os filtros de realidade aumentada no Instagram serão limitados aos efeitos criados pela própria empresa. A medida, que entrará em vigor no dia 14 de janeiro, marca o fim da era dos filtros desenvolvidos por criadores independentes e outras marcas na plataforma.

Em uma decisão que pegou muitos de surpresa, a Meta anunciou uma mudança radical no Instagram: a plataforma não suportará mais filtros de realidade aumentada (RA) criados por terceiros. Isso significa que todos os efeitos desenvolvidos por criadores independentes, marcas e até mesmo influenciadores deixarão de existir, restando apenas aqueles desenvolvidos pela própria Meta.


Instagram anuncia mudanças nos filtros (Foto: reprodução/X/@instagram)

Essa mudança, conforme detalhado pela empresa em seu blog oficial, faz parte de um esforço maior para centralizar a criação de conteúdo na própria Meta. “Após uma avaliação completa, tomamos a decisão de encerrar a plataforma de ferramentas e conteúdo de terceiros do Meta Spark”, declarou a empresa em nota. Segundo ela, essa decisão busca atender melhor às futuras necessidades dos consumidores e dos clientes empresariais.

A era dos filtros de terceiros chega ao fim

Os filtros de terceiros foram uma parte essencial da experiência no Instagram, permitindo um nível de criatividade e personalização que cativou milhões de usuários ao redor do mundo. No entanto, com a nova política da Meta, essa era de criatividade externa parece estar chegando ao fim.


Filtro do Instagram (Foto: reprodução/Instagram/@filtros.d_instagran)

Ainda não está claro o que motivou exatamente essa decisão, mas a Meta indicou que faz parte de um movimento para “priorizar produtos que atendam melhor às necessidades futuras“. Essa decisão pode estar relacionada a questão de controle de qualidade, segurança e monetização, áreas no qual a Meta pode querer ter mais controle direto.

Transição suave com impactos significativos

Apesar da notícia repentina, a Meta garantiu que está comprometida em tornar essa transição o mais suave possível. No entanto, essa mudança certamente causará um impacto significativo na comunidade de criadores de filtros, que agora terão que se adaptar a um novo cenário no qual a criação de efeitos no Instagram está restrita às equipes internas da Meta.


Filtro criado por terceiros (Foto: reprodução/Instagram/@filtros.d_instagran)

Para marcas e influenciadores que dependiam desses filtros para engajamento e marketing, a mudança representa um desafio. A falta de detalhes sobre as razões específicas por trás da decisão deixa muitos questionando qual o futuro do Instagram e como a plataforma continuará a evoluir sob a liderança da Meta.

Rio de Janeiro e outras cidades podem ter elevações expressivas no nível do mar até 2050

Um novo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), na última segunda-feira (26), traz uma previsão alarmante para o futuro das cidades costeiras, incluindo o Rio de Janeiro e o distrito de Atafona, no mesmo estado. No documento, o nível do mar nessas regiões pode subir até 21 centímetros até 2050. A projeção, baseada em um estudo sobre o nível médio global do oceano Atlântico nos últimos 3.000 anos, coloca em evidência os riscos iminentes de inundações que podem afetar milhões de pessoas.

Aumento mais rápido do que o esperado

O relatório da ONU, intitulado “Mares em elevação em um mundo em aquecimento: a ciência mais recente sobre os impactos atuais e as projeções futuras da elevação do nível do mar”, destaca que a taxa de aumento do nível do mar mais que dobrou na última década em comparação à anterior. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que contribuiu com os dados para o relatório, entre 1990 e 2020, o nível do mar subiu 13 centímetros no Rio de Janeiro e em Atafona.


Cidades costeiras podem enfrentar grandes inundações (Foto: reprodução/Daniel Halseth/Unsplash)

O fenômeno não se limita ao Brasil. Cidades costeiras ao redor do mundo, de Bangkok a Nova York, estão enfrentando desafios similares. O relatório aponta que, sem ações climáticas decisivas, os impactos do aumento do nível do mar podem se tornar devastadores, afetando não apenas a infraestrutura urbana, mas também os ecossistemas costeiros e a economia global.

Causas e consequências da mudança climática

Segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres, o principal fator para essa elevação do nível do mar é a emissão de gases de efeito estufa, gerada predominantemente pela queima de combustíveis fósseis. “Estamos cozinhando nosso planeta. E o mar está levando o calor”, afirmou Guterres no relatório. 


Com a crise climática, as geleiras começam a derreter (Foto: reprodução/Orla/iStock)

As consequências desse aumento incluem inundações costeiras, afundamento de terras e até mesmo a entrada de água salgada em aquíferos e rios, afetando diretamente a vida de milhões de pessoas que vivem em regiões costeiras. O relatório também aponta para um futuro preocupante e, mesmo que as emissões globais sejam reduzidas a zero, o nível do mar continuará a subir devido ao aquecimento dos oceanos e ao derretimento do gelo terrestre. Isso significa que as cidades costeiras devem se preparar a longo prazo contra as inundações e a erosão.