Com a morte da Rainha Elizabeth II surgiram várias especulações sobre a possibilidade de uma separação dos Estados que fazem parte do agrupamento político em que a monarquia britânica reina, mas não governa, hoje o novo rei Charles III atua como chefe de Estado do Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
Contudo, a população não parece muito satisfeita com a situação, visto que no dia em que o governo da Austrália realizou homenagens à rainha, diversos grupos minoritários se manifestaram, clamando por um fim do legado colonial britânico, que maltratou e tomou a posse de terras indígenas na região, além da compensação pelos crimes que a coroa cometeu.
Homenagem na Austrália à Rainha termina com protestos (Foto/Reprodução: UOL)
O movimento “abolir a monarquia” clama contra a perseguição dos grupos indígenas que se iniciou com a colonização britânica há dois séculos. O governador da Austrália se pronunciou sobre a atual situação, ao dizer: “Tenho consciência e respeito que a reação de muitos nas nações originárias da Austrália sejam influenciadas por nossa história colonial e nossa longa jornada pela reconciliação. Esta é uma jornada que nós, como nação, devemos completar.”
Mas as reações populares geraram efeitos, pois Anthony Albanese, governador da Austrália, prometeu realizar um referendo, buscando ouvir a opinião do povo sobre a situação atual.
As especulações sobre uma possível fragilização da coroa continuam fortes, tendo em vista a imagem fragilizada do novo Rei Chales III. O Commonwealth é um conjunto de 53 países, que possui cerca de um terço da população mundial, e todos eles fazem parte do Império Britânico, mas, após movimentos separatistas o número de países da Commonwealth caiu para 14 países. No Caribe esse movimento separatista é muito forte, sendo que na região o rei passa a ser monarca em oito paises e, destes, seis expressaram seu desejo de se tornarem repúblicas e remover a soberania da coroa britânica.
Essas movimentações irão gerar um forte movimento na conjuntura internacional, que poderá alterar a estrutura dos países.
Foto Destaque: Rainha Elizabeth II (Foto/Reprodução: Gettyimages)
