Keanu Reeves revela influência da tecnologia na criação de cláusula em seu contrato

Lucimara Artussa Por Lucimara Artussa
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O ator Keanu Reeves participou de uma entrevista para o Wired, ao lado do diretor do filme ‘John Wick 4: Baba Yaga’, Chad Stahelski. O longa, que tem previsão de estreia para março deste ano (2023), não é o primeiro trabalho da dupla. Quando o ator viveu o personagem Neo, na trilogia ‘Matrix’, Chad Stahelski trabalhou como seu dublê. 

O intérprete do ex-assassino de aluguel, John Wick, revelou se interessar por narrativas sobre as interações entre humanos e tecnologia, mas declarou também se assustar com alguns avanços. Em relação à tecnologia, Keanu Reeves foi questionado sobre uma cláusula em seu contrato que assegura que suas performances não sejam manipuladas sem o seu consentimento. “Sim, digitalmente. [..] Logo no início dos anos 2000, ou talvez nos anos 90, tive uma performance alterada. Eles adicionaram uma lágrima em meu rosto e eu fiquei tipo ‘Huh?! Eu nem preciso estar aqui”, explicou o ator.


Trailer do filme ‘John Wick 4: Baba Yaga’, da Paris Filmes (Reprodução/Youtube)


Ainda sobre as alterações feitas com o auxílio da tecnologia, o artista também deu sua opinião sobre o uso de deepfake, que usa a inteligência artifical para manipular vídeos já existentes, criando um falso, por meio da sobreposição de imagem, fala e criação de movimentos faciais e expressões.

“[…] Quando você atua em um filme, sabe que vai ser editado, mas está participando disso. Se você entrar na terra do deepfake, não terá nenhum dos seus pontos de vista. Isso é assustador. Vai ser interessante ver como os humanos lidam com essas tecnologias. Eles estão tendo tantos impactos culturais e sociológicos, e a espécie está sendo estudada. Há tantos “dados” sobre comportamentos agora. As tecnologias estão encontrando lugar em nossa educação, em nossa medicina, em nosso entretenimento, em nossa política e em como guerreamos e trabalhamos.”, refletiu Keanu Reeves.

O diretor Chad Stahelski também se posicionou sobre o excesso do uso da tecnologia na produção de filmes “Não somos anti-VFX [efeitos visuais]. Nosso problema surge quando você o usa em vez de ser criativo.”. O uso do ChatGPT para escrever roteiros também foi citado na conversa. Stahelski declarou ser a favor da ferramenta, mas ele e Reeves enfatizam que ela pode ajudar a sintetizar as ideias, mas a intenção e o controle ainda deve ser dos profissionais envolvidos. 

Foto Destaque: Keanu Reeves em cartaz de divulgação do filme ‘John Wick 4: Baba Yaga’ (Reprodução/Instagram)

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