Luciano Szafir, de 52 anos, foi reinfectado pela Covid-19 em junho, está internado em estado grave no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio de Janeiro e vem chamando a atenção e a preocupação de fãs, amigos e familiares. O pai de Sasha Meneghel testou positivo no começo do ano e meses depois, no dia 22 de junho foi internado no Hospital Samaritano após contrair o vírus pela segunda vez, onde também passou por uma cirurgia de retirada de hematoma e segmento do cólon na última quarta-feira (7) desse mês.
(Xuxa Meneghel, ex-esposa de Luciano, torce por recuperação do ex-marido, Reprodução/Instagram)
O clinico geral Antonino Eduardo Neto, gerente médico do Hospital Badim da Zona Norte do Rio, esclareceu que o sangramento no abdômen do ator aconteceu devido a complicações na terapia anticoagulante, usadas em enfermos com Covid-19. “Em casos como o do Luciano Szafir, no pós-Covid, pode ocorrer sangramentos e formação de hematomas devido à necessidade do uso de anticoagulantes ou até mesmo à formação de trombos, o que é uma característica da doença que mantém o ambiente protrombótico no metabolismo humano“, explicou o médico.
O ator apresentou os primeiros sintomas do Coronavírus no dia 14 de junho, um dia antes da vacinação de sua faixa etária no Rio de Janeiro, contou Luhanna Szafir, esposa de Luciano, em entrevista. O Doutor Antonino Eduardo Neto também falou sobre como saber se a pessoa realmente foi reinfectada pela Covid.”A reinfecção pelo coronavírus é ainda um assunto bastante controverso. Até meados de abril deste ano, de acordo com o Ministério da Saúde, nós tivemos apenas oito casos confirmados de reinfecção no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Saúde Pública holandês, que controla este tipo de evento, houve apenas 69 casos no mundo, com dois óbitos. Então, muitas vezes as pessoas imaginam que se reinfectaram, mas isso não é verdade“, afirmou ele.
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De acordo com o médico, para se caracterizar uma reinfecção são necessários dois exames de RT-PCR positivos, com diferença maior do que 90 dias entre a realização dos dois exames. “Além disso, temos que avaliar também a estrutura genética desse vírus para saber se é realmente uma reinfecção. Dentro desse contexto, muito se fala nas novas variantes. É normal que o vírus faça mutações, isso acontece com todos os vírus. Por exemplo, o coronavírus, que é um RNA vírus: a partir do momento em que entra na célula, ele vai passar a sequência genética dele para a célula. Isso é uma sopa de letrinhas e vai sendo feito repetidamente, à medida em que ele vai replicando. Em algum momento, essa sequência muda, por um erro, gerando a mutação“, contou ele.
“Nós tivemos algumas mutações brasileiras, uma em Manaus, e também a chamada ‘mineira’. Temos agora a variante delta que é a variante indiana que tem um poder de contaminação, segundo o Instituto de Oxford, muito maior do que as variantes antecessoras dela. Entretanto, isso não significa que provoque uma forma mais grave da doença“, concluiu.
Além disso, o médico também falou sobre a ideia de que casos de reinfecção são menos perigosos para a população. “Já se viu que ela pode vir mais forte em alguns casos, entre eles alguns em que houve óbito, como foi descrito pelo Instituto Nacional de Saúde Pública holandês. Resumindo, para se ter reinfecção, é necessária a confirmação por RT-PCR e isso é um evento raro se considerarmos a quantidade de casos que tivemos no Brasil e no mundo. Até abril, desde quando temos os dados compilados, foram apenas 8 casos no Brasil e mais 69 casos confirmados no mundo. Há que se pensar também que há subnotificações e a dificuldade de se fazer o estudo genético do vírus. No Brasil, isso só é feito em 0,03% das amostras devido à falta de tecnologia para tanto e pode haver subnotificação de casos de reinfecção“, frisou Antonino Eduardo Neto.
(Foto destaque: Luciano Szafir em suas redes sociais falando sobre seu estado para seus seguidores, Reprodução/Instagram)