Kate Winslet fala sobre o impacto negativo das cenas de nudez em Titanic

Marcela Pacheco Martin Por Marcela Pacheco Martin
5 min de leitura
Foto destaque: Kate Winslet, como Rose, em Titanic. (Reprodução/10wallpaper/Wallpaperset)

Kate Winslet, a Rose de Titanic, revelou ao The New York Times nesta semana, o quanto um coordenador de intimidade fez falta a ela nas filmagens do grande sucesso, Titanic.

O fenômeno Titanic

Que Titanic foi um sucesso estrondoso e marcador de gerações, todo mundo sabe. Lançado em 1997, e chegando em 1998 no Brasil, o filme faturou US$ 2,245 bilhões mundialmente, sendo US$70,46 milhões no Brasil.

Titanic foi baseado em fatos reais, abordando a história do naufrágio do navio de mesmo nome em 1912, onde mil e quinhentas pessoas morreram. Junto a esta trágica história, o filme relata a história de amor entre Jack, personagem de Leonardo DiCaprio e Rose, interpretada por Kate Winslet, que eram passageiros do Titanic.


Pôster do filme Titanic (Foto: reprodução/Pinterest)

Porém, apesar do sucesso de Titanic, recentemente Kate Winslet (Rose), deu uma entrevista ao The New York Times, lamentando sobre os impactos que as cenas de nudez e sexo causaram a sua vida.


Cena do filme Titanic (Vídeo: reprodução/YouTube)

Em 2016, a indústria cinematográfica de Hollywood, aderiu aos famosos coordenadores de intimidade nos estúdios de produção. O papel destes coordenadores consiste em fazer com que as cenas de sexo/nudez em filmes e séries, se tornem algo menos constrangedor para os artistas, como se fosse “uma dança”, além de mediar o diálogo entre os artistas do elenco, produção e direção. A importância de tais coordenadores ficou ainda mais clara após a entrevista de Kate ao The New York Times, quando a mesma explica:

“Eu teria me beneficiado de um coordenador de intimidade toda vez que tivesse que fazer uma cena de sexo, ficar parcialmente nua ou, até mesmo, uma cena de beijo. Teria sido bom ter alguém ao meu lado, porque sempre tive que me defender.”

Kate Winslet ao The New York Times.

Apesar de na época do filme Titanic Kate já ter estrelado o filme “Almas gêmeas” (1994), do diretor Peter Jackson, o qual foi indicado ao Oscar de melhor roteiro, a mesma conta sobre seus medos nas gravações de Titanic.

“‘Não gosto desse ângulo de câmera’, ‘Não quero ficar aqui totalmente nua’, ‘Não quero tantas pessoas na sala’, ‘Quero que meu roupão fique mais perto’… Quando você é jovem, você tem muito medo de irritar as pessoas, parecer rude ou patética, porque pode precisar dessas coisas. Portanto, aprender a ter voz nesses ambientes foi muito, muito difícil.”

Kate Winslet ao The New York Times.

Vale lembrar que, em 2021, Kate deu uma entrevista ao podcast How I Found My Voice, do site Intelligence Squared, onde ela já havia pontuado a falta que sentiu dos coordenadores de intimidade no set, e que alguns colegas teriam feito o uso de mãos bobas com ela, onde a mesma teve que se indispor, pedindo aos tais para não encostarem em determinados locais de seu corpo.

“Eu poderia ter contado com a ajuda de uma pessoa para quem eu pudesse falar: ‘Você pode pedir para ele não colocar a mão aqui?’ Aí eu não teria precisado pedir: ‘Você pode tirar essa mão daí’, o que era constrangedor.”

Kate Winslet ao podcast How I Found My Voice

A consequência: transtorno alimentar

“Foi quase ridículo como os jornalistas de tabloide foram críticos e cruéis comigo. Eu ainda estava descobrindo quem eu era enquanto eles ficavam supondo o meu peso, minhas medidas e possíveis dietas para eu fazer.”

Kate em entrevista ao The Guardian em 2021.

A atriz revelou ao The New York Times que, após o filme Titanic, começou a receber diversas críticas da própria mídia sobre seu corpo, o que a levou a desenvolver um transtorno alimentar. O comentário mais comum era que, se ela perdesse cinco quilos, Jack caberia na porta.

“Nunca contei isso a ninguém. Porque, adivinhe só, as pessoas ao seu redor dizem: ‘Ei, você está ótima! Você perdeu peso!’. Até mesmo o elogio sobre a boa aparência está ligado ao peso. E isso é algo que não deixarei as pessoas falarem.”

Kate em entrevista ao The New York Times.

Em uma entrevista para o tabloide The Sun, em 2017, Kate revelou que não se pesava há 12 anos, e que era uma forma de se sentir melhor.

“Ler é viver mil vidas diferentes em uma única existência.” - André William Segalla Cursando jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo com previsão de formação em dezembro de 2025, moradora do litoral paulista, com 24 anos, estagiando como redatora no IN Magazine e dirigindo uma escola de cursos.
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