Na última segunda-feira (11), a atriz Sharon Stone revelou o nome do produtor que a pressionou a fazer sexo com o ator Billy Baldwin durante as filmagens de “Invasão de Privacidade” (1993).
A história foi uma das revelações mais marcantes de sua autobiografia, “The Beauty of Living Twice”, lançada em 2021. No livro, Stone não cita nomes, porém três anos depois, durante sua participação no podcast Louis Theroux, ela detalha como Robert Evans a abordou.
Como aconteceu
“Ele me chamou ao escritório dele. Ele tinha sofás muito baixos do anos 70 e 80, então estava essencialmente sentada no chão, quando deveria estar no set“, conta a atriz.
Stone continua a contextualizar o comportamento do falecido produtor. Segundo ela, Evans dizia ter dormido com Ava Gardner e que a estrela de “Instinto Selvagem” deveria fazer o mesmo com Baldwin, sob a alegação de que isso daria ao casal uma melhor “química na tela”.
“[…] porque se eu transasse com Billy Baldwin, o desempenho dele melhoraria, e precisávamos que ele melhorasse no filme porque esse era o problema“.
Sharon Stone
Vale ressaltar que, na época, o ator já estava em um relacionamento com sua atual esposa, a atriz e cantora Chynna Phillips.
Frustração no set
“Ninguém é tão bom na cama. Senti que eles poderiam simplesmente ter contratado um colega protagonista com talento, alguém que pudesse fazer uma cena e recordar os seus diálogos“.
Sharon Stone escreve em sua autobiografia, “The Beauty of Living Twice”
Stone comenta que suas sugestões sobre quem deveria contracenar consigo no filme não foram ouvidas pelos cineastas, o que a deixou frustrada. “Eu não precisaria transar com Michael Douglas. Michael poderia vir, trabalhar e saber como atingir essas marcas, fazer aquela frase, ensaiar e aparecer“, desabafa a atriz.
“Agora, de repente, estou no negócio de ‘tenho que transar com as pessoas’.”
Sharon Stone
Ao final, Stone recusou a recomendação. “Era meu trabalho atuar e eu disse isso a ele“, relembra.
“Invasão de Privacidade” e Robert Evans
“Invasão de Privacidade” faturou US$280 milhões em bilheteria (aproximadamente R$1,3 bilhão na cotação atual do dólar), mas, segundo Stone o filme é considerado um grande fracasso.
Robert Evans faleceu em 2019, aos 89 anos e produziu outros títulos como “Chinatown”, “O Poderoso Chefão” (1972) e “Como Perder um Homem em 10 Dias”. O documentário “The Kid Stays in the Picture” conta sua trajetória da personalidade que, segundo críticos, é uma das mais controversas de Hollywood.