Segundo o jornal norte-americano The Telegraph, Bruce Willis se tornou o primeiro ator a vender seus direitos de imagem para uma empresa de produção de ‘deep fakes’. A tecnologia deep fake é baseada em inteligência artificial, utilizando os trejeitos e a aparência de uma pessoa para mimetiza-la, emulando sua voz e características para que seja empregado em qualquer contexto. Utilizada, por exemplo, no documentário que aborda a vida do falecido chef de cozinha, escritor e apresentador estadunidense Anthony Bourdain para emular sua voz, a tecnologia tem sido alvo de críticas em relação à ética de sua utilização.
Willis foi forçado a se afastar das telas em função de uma lesão cerebral denominada afasia, que afeta a capacidade cognitiva, incluindo a fala e a capacidade de compreensão de linguagem. Segundo relatos concedidos ao Los Angeles Times por profissionais que estiveram com o ator nos últimos anos, Willis já vinha sofrendo sintomas que ficavam perceptíveis nos sets de filmagem. Dentre os relatos, estão as afirmações de que o ator esquecia quase todas as falas e tinha que usar um ponto no ouvido para que ditassem seu texto.
Em comunicado o ator não poupou elogios à nova tecnologia:
Gostei da precisão com que meu personagem ficou. É um mini-filme no meu gênero usual de comédia de ação. Para mim, é uma grande oportunidade de voltar no tempo. Afirmou Willis.
Com o advento da tecnologia moderna, mesmo estando em outro continente pude me comunicar, trabalhar e participar das filmagens. É uma experiência muito nova e interessante, e agradeço a toda a nossa equipe. Continuou o ator.
Em 2021, Willis já havia participado por deepfake de um comercial de TV russo, em que foi usado um ator fisicamente semelhante a ele, onde foram adicionadas suas expressões faciais e voz através da tecnologia.
Confira o comercial de TV em que Willis aparece como deep fake. (Reprodução/Youtube)
Foto Destaque: Bruce Willis é o primeiro ator a vender seus direitos de imagem à uma empresa de ‘deepfake’. Reprodução/Youtube.