Forence Pugh, a atriz britânica de 26 anos, revelou em entrevista ao podcast ‘Off Menu’ que abusou de si mesma para conseguir interpretar o papel de protagonista em Midsommar: O Mal Não Espera a Noite (2019). Dirigido por Ari Aster, o filme de terror psicológico acompanha a história de Dani, uma estudante que desmorona emocionalmente enfrentando o luto e decide viajar com o namorado para um misterioso festival de verão na Suécia.
Pugh admitiu que “definitivamente” abusou de si mesma para entrar no personagem de Dani. “Eu me coloquei em situações realmente ruins, que talvez outros atores não precisavam fazer, mas eu estava apenas imaginando as piores coisas”, disse ela. A atriz acrescentou que a cada dia, o conteúdo do filme ficava mais estranho e difícil de fazer. “Eu estava colocando coisas na minha cabeça que estavam ficando piores e mais sombrias. Acho que no final eu provavelmente, definitivamente, abusei de mim mesmo para conseguir essa performance”, afirmou.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Até eu abusei de mim mesma assistindo… Valeu a pena</p>— WILD (@wflowerwfire) <a href=”https://twitter.com/wflowerwfire/status/1641902710785204232?ref_src=twsrc%5Etfw”>March 31, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Fãs comentam sobre a declaração de Florence (Reprodução/Twitter)
O filme foi elogiado pela crítica por sua abordagem original e perturbadora, assim como pela atuação de Florence. O enredo se passa durante o solstício de verão em uma aldeia, onde um grupo de jovens busca celebrar as festividades locais. No entanto, eventos estranhos transformam o que seria um período de férias pacífico em um pesadelo perturbador.
Após terminar as filmagens de Midsommar, ela viajou imediatamente para o set de Adoráveis Mulheres (2020), dirigido por Greta Gerwig. “Lembro-me de olhar [para fora do avião] e sentir imensa culpa como se tivesse deixado [Dani] naquele estado [emocional]. Senti imensa culpa pelo que eu fiz, como se a tivesse deixado lá naquele campo para ser abusada… Quase como se eu tivesse criado essa pessoa e depois a deixei lá para ir fazer outro filme”, disse a atriz.
O aspecto interessante do filme é exatamente esse clima de tensão constante que se concentra no estado psicológico de Dani. A jovem se vê presa no culto que utiliza drogas ritualísticas para modificar a realidade, sendo cada vez mais manipulada e envolvida por aquela comunidade. O enredo ainda se passa em uma região onde o sol permanece iluminando a noite, criando uma sensação de atemporalidade e descolamento do fluxo do tempo.