A primeira campeã mundial de ginástica artística brasileira é Rebeca Andrade, feito conquistado na última quinta-feira. A ginasta de 23 anos e atleta do Flamengo, foi campeã da prova mais nobre do esporte, o individual geral, e essa conquista pedia um fardamento especial e diferente, tão especial que foi desenvolvido por sua companheira de seleção, Jade Barbosa.
Rebeca Andrade se apresentando na trave. (Foto: Reprodução/istoe.com.br)
“Daqui a 20 anos, esse collant da Rebeca estará em algum lugar, em um quadro… Temos esse cuidado de escolher collants que chamem a atenção positivamente, que valorizem as meninas. Fiquei feliz que tenha dado sorte e entrado para a história do individual geral. Fiquei super emocionada que ela usou e se sentiu confortável”, contou Jade.
A atleta mais experiente da delegação não pôde estar presente em competição por conta de uma lesão no joelho, mas isso não impediu que tivesse junto de suas companheiras. Jade cursou dois anos a faculdade de Design e gosta de desenhar, por isso abraçou a ideia de criar os collants das meninas da delegação nas competições desse ano, com liberdade para brincar com as cores dentro dos modelos já existentes do fornecedor do Brasil. Depois de ter ganho o ouro, Rebeca era só elogios ao collant que a amiga desenhou, ainda mais por ter traços de azul sua cor preferida.
“A Jade ela gosta muito de desenhar. De mostrar que ela tem muito talento. Uma pessoa talentosa para desenhar é a Jade. Socorro (risos). Ela gosta. Tem um detalhe azul na manga, só que ela ficou subindo. A gente tem que dar uma forçadinha aqui que meu braço é grande, né!? Fica apertando (risos). Mas tem o detalhe azul, por isso que eu botei o azul no olho também, e ao mesmo tempo eu coloquei o douradinho aqui (na maquiagem) para chamar para Jesus, e deu certo, sabe? (risos) O collant ficou lindo demais, com detalhe maravilhoso, brilhou, me ajudou”, disse Rebeca.
A inspiração para o modelo veio de lá de trás com Daiane dos Santos, campeã mundial do solo também com um collant branco:
“A Rebeca fica extremamente elegante de branco. Quando a Daiane foi medalhista no Mundial, em 2003, ela estava de branco. Eu queria um collant elegante para a Rebeca. Durante a competição, traz um olhar diferente para os jurados. Quando estamos arrumadas, mostra respeito. Tem essa regra na ginástica. O cabelo… tudo conta nota. É um esporte subjetivo, porque cada detalhe faz a diferença. Pensei na Dai em 2003 e, também, nas Olimpíadas, quando a Rebeca estava de branco. Veio essa ideia com pedras brilhantes, manga azul. A gola parece um colar. Eu queria um collant de gala (risos). São cores que caem bem nela. Fiquei feliz que ela escolheu esse para a final do individual geral”, contou Jade.
Nesse fim de semana, a Rebeca volta ao ginásio em Liverpool, para três finais por aparelhos: barras assimétricas, trave e solo. E como da última vez, ela sobe ao palco com aquele toque de sua amiga Jade Barbosa.
Foto destaque: Rebeca Andrade comemorando com a bandeira do Brasil. Reprodução/Jovem Pan
