Na manhã desta quinta-feira, Gabriel Araújo, o mineiro de 19 anos, conquistou sua segunda medalha de ouro nas Paralimpíadas de Tóquio ao triunfar nos 50m costas da classe S2 (para atletas com deficiências físicas). Com o pódio dourado, ele ajuda o Brasil a se aproximar do recorde das 21 medalhas de ouro obtidas nos Jogos de Londres 2012.
Aos 19 anos, Gabriel participou pela primeira vez dos Jogos Paralímpicos. Depois da boa participação na estreia, o nadador tem o horizonte aberto pela frente para tentar melhorar as marcas visando Paris 2024 e a sequência da carreira.
Gabriel Araújo fatura 2º ouro nas Paralimpíadas — Foto: Miriam Jeske CPB
Gabriel assumiu a dianteira logo na saída da disputa. Com uma fase submersa muito boa, o brasileiro se colocou à frente e apenas aumentou a distância para os demais, fechando com o tempo de 53s96. A prata ficou com o chileno Alberto Abarza, que anotou 57s76. O bronze foi para o russo Vladimir Danilenko, com 59s47.
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Virou hit. Sempre que tem medalha, o mineiro Gabriel Araújo sobe ao pódio e faz uma dancinha. Foi assim na prata nos 100m costas, nos 200m livre e, agora, nos 50m costas da classe S2. Além da irreverência, o comportamento descontraído faz parte da personalidade de Gabriel.
“Tem muitas músicas que me animam bastante, mas essa aqui eu queria pedir. É meu parceiro, cara que eu sou fã demais, que é o Thiaguinho. A música “Ousadia e Alegria”, mais ainda com um cara que eu sou muito fã, que é o Neymar, que tem parceria na música. Ela resume todo meu trabalho, tudo o que eu faço” afirmou Gabriel.
Gabriel é natural de Santa Luzia (MG). Ele nasceu com folicomia, condição que causa o encurtamento dos braços e pernas. Ingressou no esporte ainda na escola, por iniciativa de um professor, que o inscreveu numa competição sem que os pais dele soubessem.
Na madrugada desta quinta-feira, 2 de setembro, Gabriel Araújo encerrou a participação dele nos Jogos. Ao todo, a natação paralímpica brasileira já soma 22 medalhas no megaevento asiático, das quais oito são de ouro.
Foto destaque: Miriam Jeske/CPB/ Reprodução
