O destino de Dorival Júnior à frente da Seleção Brasileira será definido nesta sexta-feira (28), em uma reunião com Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. O técnico enfrenta forte pressão após a goleada histórica por 4 a 1 para a Argentina, a pior derrota do Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo. O desempenho da equipe sob seu comando tem sido questionado, e seu futuro é incerto.
Aproveitamento modesto e desempenho irregular
Desde que assumiu a Seleção Brasileira em janeiro de 2024, substituindo Fernando Diniz, Dorival Júnior comandou a equipe por 16 jogos, com um aproveitamento de 58,3%. Foram seis vitórias, sete empates e duas derrotas. O desempenho ofensivo da equipe tem sido discreto, com 25 gols marcados, enquanto a defesa preocupa, tendo sofrido 17 gols no período.
A Copa América de 2024 foi a única competição oficial disputada pela Seleção Brasileira sob o comando de Dorival. O Brasil avançou às quartas de final com apenas cinco pontos conquistados na fase de grupos e acabou eliminado pelo Uruguai nos pênaltis, após empate sem gols no tempo normal. O revés foi ainda mais frustrante porque a equipe jogou os últimos 20 minutos com um jogador a mais devido à expulsão de Nández.
Nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, o rendimento da Seleção tem sido abaixo das expectativas. O Brasil conquistou apenas 21 dos 42 pontos disputados, com um aproveitamento de 50%. A equipe ocupa a quarta colocação na tabela, dez pontos atrás da líder Argentina, que já garantiu sua vaga no torneio mundial. Ao longo de sua campanha, foram 20 gols marcados e 16 sofridos, números que evidenciam a instabilidade da equipe.
Matheus Cunha e Dorival Júnior durante partida contra a Argentina, em Buenos Aires (Foto: reprodução/Juan Mabromata/AFP/Getty Images Embed)
Convocações e renovação da equipe
Durante seus 15 meses à frente da Seleção Brasileira, Dorival Júnior convocou 58 jogadores e promoveu a estreia de 19 atletas. Além disso, ele precisou lidar com 21 cortes devido a lesões e outras questões.
Confira os nomes que foram convocados por Dorival
Goleiros
- Alisson (Liverpool)
- Bento (Al-Nassr)
- Ederson (Manchester City)
- Léo Jardim (Vasco)
- Lucas Perri (Lyon)
- Rafael (São Paulo)
- Weverton (Palmeiras)
Laterais-direitos
- Danilo (Flamengo)
- Dodô (Florentina)
- Vanderson (Monaco)
- Wesley (Flamengo)
- Willian (Cruzeiro)
- Yan Couto (Borussia Dortmund)
Laterais-esquerdos
- Abner (Lyon)
- Alex Sandro (Flamengo)
- Alex Telles (Botafogo)
- Ayrton Lucas (Flamengo)
- Guilherme Arana (Atlético-MG)
- Wendell (São Paulo)
Zagueiros
- Beraldo (PSG)
- Bremer (Juventus)
- Éder Militão (Real Madrid)
- Fabrício Bruno (Cruzeiro)
- Gabriel Magalhães (Arsenal)
- Léo Ortiz (Flamengo)
- Marquinhos (PSG)
- Murillo (Nottingham Forest)
- Murilo (Palmeiras)
Volantes
- André (Wolverhampton)
- Bruno Guimarães (Newcastle)
- Casemiro (Manchester United)
- Douglas Luiz (Juventus)
- Ederson (Atalanta)
- Gerson (Flamengo)
- João Gomes (Wolverhampton)
- Joelinton (Newcastle)
- Pablo Maia (São Paulo)
Meias
- Andreas Pereira (Fulham)
- Lucas Moura (São Paulo)
- Lucas Paquetá (West Ham)
- Matheus Pereira (Cruzeiro)
- Neymar Jr (Santos)
- Pepê (Porto)
- Rodrygo (Real Madrid)
Atacantes
- Endrick (Real Madrid)
- Estêvão (Palmeiras)
- Evanilson (Bournemouth)
- Gabriel Martinelli (Arsenal)
- Galeno (Al-Ahli)
- Igor Jesus (Botafogo)
- João Pedro (Brighton)
- Luiz Henrique (Zenit)
- Matheus Cunha (Wolverhampton)
- Pedro (Flamengo)
- Raphinha (Barcelona)
- Richarlison (Tottenham)
- Savinho (Manchester City)
- Vini Jr (Real Madrid)
Diante dos resultados inconsistentes e da pressão crescente, Dorival Júnior pode ter seu ciclo interrompido antes da Copa do Mundo de 2026. A reunião com Ednaldo Rodrigues será decisiva para definir se a CBF manterá o treinador no cargo ou buscará um novo nome para comandar a Seleção.