Flamengo se classifica com facilidades para a próxima fase da Copa do Brasil

Ainda com dificuldades de fazer gol, Rubro-Negro carioca não cede chances ao Bahia

Joao Pedro Santos Por Joao Pedro Santos
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Foto destaque: Tite comanda o time para a semifinal (Reprodução/Gilvan de Souza/Flamengo)

O Flamengo garantiu sua 17ª presença em uma semifinal de Copa do Brasil após eliminar o Bahia com duas vitórias por 1 a 0 nas quartas de final. Embora os resultados tenham sido apertados e sem atuações brilhantes, o Rubro-Negro sem dar muitas chances ao adversário.

Na partida de quinta-feira (12), no Maracanã, o Flamengo praticamente não deu oportunidades ao Bahia. A única exceção foi logo aos quatro minutos, quando Everaldo, após belo passe de Everton Ribeiro, desperdiçou uma grande chance ao chutar para fora na cara do goleiro Matheus Cunha. Após esse susto, o Flamengo assumiu o controle do jogo, não cedendo mais chances ao time baiano.

Como foi a partida

Assim como na primeira partida, o técnico do Flamengo, mais uma vez, povoou o meio de campo, tornando assim um jogo mais combativo. Tite apostou no menino Evertton Araújo, de 21 anos, e a aposta se mostrou correta. O jovem da base do Flamengo fez uma ótima partida, conseguindo desarmes e indo muito bem na marcação e saiu aplaudido de pé por um Maracanã lotado.

A vitória do Flamengo pode ser atribuída, em grande parte, ao desempenho do meio de campo. Evertton Araújo foi fundamental ao oferecer sólida proteção à zaga, enquanto Léo Ortiz, mais uma vez improvisado como volante, teve uma atuação destacada e foi o responsável por construir a jogada do gol.

Arrascaeta, embora discreto durante boa parte da partida, mostrou ser aquele tipo de jogador que pode decidir em um instante de genialidade. O uruguaio foi o autor do gol e já havia feito um ótimo passe para Bruno Henrique no primeiro tempo, mostrando sua capacidade de ser decisivo quando mais importa.

Recuperado de lesão, Arrascaeta surge como uma esperança de dias melhores para o Flamengo, que vinha apresentando pouca criatividade antes da pausa para a Data Fifa. Contra o Bahia, o uruguaio avançou mais, ocupando o espaço que normalmente seria de um centroavante e se tornando uma ameaça no ataque. No entanto, o desempenho ofensivo do Flamengo no Maracanã ainda deixou a desejar. Apesar de ter realizado 13 finalizações, com seis delas na direção do gol, o time criou apenas três chances claras.


Arrascaeta e Bruno Henrique comemoram o gol da vitória do Flamengo (Foto: Reprodução/Gilvan de Souza/CRF)

Dificuldade para o treinador

O jogo dessa quinta-feira (12), foi o primeiro jogo em que o Flamengo precisou lidar com a ausência definitiva de Pedro, e ficou claro que o artilheiro do Brasil fará falta. Bruno Henrique, improvisado novamente como falso 9, teve uma boa atuação, mas seus atributos são diferentes dos de Pedro, assim como os de Gabigol. Nenhum dos dois consegue realizar o estilo de jogo do camisa 9.

O jogador que mais se aproxima do perfil de Pedro é Carlinhos, porém ele não pode atuar na Copa do Brasil e, até agora, também não conseguiu se firmar como uma opção sólida no time. A ausência de um substituto à altura para Pedro pode complicar o sistema ofensivo do Flamengo em competições decisivas.

Sem um centroavante de ofício para fazer o pivô, o Flamengo tem sentido dificuldades nesse esquema que depende dos pontas para segurar a bola no ataque. A ausência de um jogador fixo na área afeta o desenvolvimento das jogadas ofensivas. No entanto, o sistema pode funcionar de maneira alternativa, como foi o caso com Bruno Henrique, que ao sair mais da área, abriu espaço para um jogador vindo de trás, como Arrascaeta, que aproveitou a oportunidade para marcar o gol.

Essa movimentação, com Bruno Henrique recuando para servir um companheiro que ocupe a posição de centroavante, pode ser uma solução temporária, mas a equipe ainda perde em presença física e poder de finalização sem um verdadeiro camisa 9.

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