Jucilei, ex-jogador do Corinthians e São Paulo, perde R$ 45 milhões em um esquema de criptomoedas

Fantástico forneceu informações sobre a investigação realizada pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos

Ana Carolina Piragibe Por Ana Carolina Piragibe
2 min de leitura
Jucilei foi vítima de um golpe bilionário (reprodução/Renato Pizzutto/BP Filmes)

O ex-volante Jucilei, se tornou uma das mais recentes vítimas de um esquema fraudulento de criptomoedas que prometia retornos exorbitantes para aqueles que decidissem investir suas economias em bitcoins. Esse golpe, que envolve cifras bilionárias, foi amplamente exposto em uma reportagem veiculada pelo programa Fantástico no último domingo.

De acordo com informações divulgadas pela polícia, o rombo nas finanças de Jucilei chega a impressionantes R$ 45 milhões. Com 36 anos e aposentado desde 2022, o ex-jogador possui um currículo que inclui passagens por clubes da China, Rússia e Emirados Árabes, onde conquistou diversos títulos e deixou sua marca no futebol internacional. Agora, ele enfrenta um dos maiores desafios de sua vida fora dos gramados, lidando com as consequências deste investimento malfadado.

O golpe

Um homem chamado Salvador Molina era apresentado nas redes sociais como CEO da Forcount, uma empresa de investimentos em criptomoedas e pagamentos digitais. Contudo, Salvador não existia; o verdadeiro responsável pela Forcount era Francisley Valdevino da Silva, o “Sheik do Bitcoin”, um brasileiro residente no Paraná.

A polícia americana solicitou apoio da Polícia Federal do Brasil para investigar Francisley, que tinha problemas com duas de suas empresas, Rental Coins e InterAg. Uma operação policial resultou em mandados de busca em 20 locais associados a ele. A investigação revelou que, em 2022, a estrutura criminosa movimentou cerca de R$ 4 bilhões, afetando aproximadamente 15 mil vítimas, que ainda esperam reaver parte de seus investimentos.


Salvador Molina, CEO da Forcount (reprodução/Youtube/Forcount)

Prisão

O “Sheik do Bitcoin” foi detido, mas não mudou seu comportamento. Evidências e gravações reunidas na investigação indicam que, apesar do escândalo, ele continuou a criar novos esquemas, utilizando os nomes de ex-funcionários para registrar novas empresas. No mês passado, ele foi novamente preso pela Polícia Federal.

Francisley enfrenta acusações no Brasil, incluindo lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e fraudes contra o sistema financeiro.